Capítulo 30🥀

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Noah Urrea

Me remexo na cama e me levanto de saco cheio da vida, já faz uns dias que não vou na escola, preciso ir hoje.

Me arrumei e peguei a mochila saindo de casa.

Entrei na escola e algumas pessoas me encaravam com um olhar feio.

Ignorei e entrei na sala, a professora já estava nela e me encarou surpresa.

- Quem é vivo sempre aparece. - Ela sorriu.

- Desculpe o atraso. - Disse e ela sorriu.

- Tudo bem, entre querido. - caminhei devagar pro meu lugar e me sentei.

- Como eu estava dizendo vocês tem que trazer o trabalho pra mim, amanhã sem falta. - Ela falou, levantei a mão. - Sim? - Olhou pra mim.

- Pode me explicar sobre o que é o trabalho? - Ela perguntou.

- Sobre o quão importante a família é em nossas vidas. - Disse e eu engoli seco.

- Quanto vale? - Perguntei.

- 25 pontos, no máximo uma folha de redação. - Explicou.

- Tudo bem. - Assenti.

Como eu poderia falar da importância de uma família se eu nem tinha experiências boas com a minha.

Não conheci minha mãe, e meu pai, ah, ele é um bêbado drogado que me batia e me maltratava desde sempre.

Como eu poderia falar disso?

Suspirei e comecei a anotar as coisas que ela passava no quadro, respondi umas questões sobre dois textos que ela havia passado e ganhei três vistos.

Os horários passaram voando e eu sai da escola rápido, desci o morro correndo e larguei minha mochila com Lamar na porta da boca.

Chegam uns armamentos hoje e eu preciso tá na entrada do morro agora mesmo, já estou atrasado.

- Cheguei. - Respirei rápido por ter corrido bastante pra chegar.

- Tá atrasado. - Sorriso falou olhando a prancheta.

- Mas aqui. - Respondi.

Ele revirou os olhos e me entregou a prancheta.

- Termina de conferir e entrega pro JB assinar. - Olhei em volta.

- E onde o JB está? - Perguntei.

- Sei lá, não vi ele hoje. - Falou.

Bailey desceu o morro devagar mais sem o JB.

- Qual foi, tá tudo aí? - Pegou a prancheta da minha mão.

- Tá sim. - Respondi enquanto ele assinava. - Cadê o JB? - Perguntei.

- Ele tá em casa. - Bailey falou meio chateado.

- E não tá aqui porque? - Perguntei.

- Vamo terminar isso aqui né? - Tentou mudar de assunto.

Revirei os olhos.

Terminamos de arrumar tudo e eu liguei pro JB, chamou uma, duas, três vezes e nada dele atender.

Grudei Bailey na parede e encarei ele.

- O que o JB tem, ele não é de ficar sem vir. - Falei.

Ele bufou

- Ele tá atacado hoje, melhor você deixar ele quieto, se não sobra pra gente. - Ele me alertou.

Fiquei com aquilo martelando na minha cabeça e resolvi ir até lá.

Subi o morro "P" da vida e me aproximei de sua casa, ouvi barulhos horríveis como se tudo estivesse se quebrando e excitei antes de entrar.

Abri a porta e ele quebrava tudo na sala, coloquei a mão na boca sem acreditar no que eu via e ele parou por um momento me encarando com os olhos vermelhos.

Caboo

Chief's suit - Nosh (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora