Noah Urrea
Hoje faz três dias que eu to aqui, é horrível não saber o que tá acontecendo no morro, não ver meus amigos então, tá sendo um puta castigo.
Me remexo no colchão da cela e escuto passos vindo até a nossa cela.
- Tem visita pra você. - Olhou pra mim.
Me levantei rápido e ela me algemou, sai da cela e caminhamos por um corredor extenso.
Ela abriu a porta e a Jo estava sentada na mesa batendo as unhas na mesma, ela parecia nervosa.
Sorri.
Quando ela me viu se levantou rápido.
- Vocês tem 15 minutos. - A moça falou e depois de soltar minhas algemas, fechou a porta.
- Nonô. - Ela me abraçou apertado.
- Eu sinto muito por te submeter a essa situação. - Falei e ela sorriu.
- Eu faço isso quantas vezes precisar. - Falou me abraçando novamente. - Como você tá? - olhou pra mim se sentando de frente pra mim na mesa.
- Com saudade de todos vocês. - Disse e ela sorriu.
- Estão todos com muita saudade, o morro não é o mesmo sem você. - Falou meio tristonha.
- Como o Sorriso tá? - Perguntei.
- Ele ficou muito mal quando ficou sabendo que você foi preso. - Falou. - Mas ele tá cuidando de tudo, tá sendo forte.
- E o JB... ? - Perguntei.
- Ele surtou quando soube que você foi preso. - Me deixou surpreso com essa. - Ele tá fissurado em te tirar daqui... - se aproximou de mim. - Eles vão te tirar daqui de um jeito ou de outro. - Sussurrou.
Me aproximei dela.
- Estamos fazendo um plano de fuga... - Tentei explicar. - Estamos pagando um guardinha pra ele fazer umas coisas pra gente, a fuga vai ser a noite, daqui três dias se tudo ocorrer de acordo com o planejado. - Falei. - Pede pro JB deixar dois carros com as chaves presas em baixo do capô, duas quadras depois do presídio. - Falei
- Ele vai surtar quando souber disso. - Falou.
- Não alarma muito ele. - Falei. - Pode não dar certo, então não fica toda alegrinha tá legal. - Ela sorriu.
- Você vai sair daqui. - Ela falou.
- Vou, não aguento mais ficar aqui. - revirei os olhos.
- O que é isso nos seus braços. - Puxou as mangas da minha blusa.
Meus braços estavam todos roxos, puxei os mesmos colocando em baixo da mesa.
- Quando a gente descumpri regras, a gente apanha. - Falei.
- O que você fez? - Ela perguntou.
- Um deles me mandou... - Não consegui falar.
- Te mandou...? - Me olhou esperando que eu falasse.
- Mandou que eu pagasse um boquete pra ele, eu cuspi na cara dele é ele me bateu com uma mangueira. - Falei.
Ela colocou as mãos na boca.
- Eles não podem fazer isso com você. - Ela falou.
- A visita acabou. - A moça entrou.
- Escuta, faz o que eu te pedi, fala que eu to com saudade, de todos eles. - Pedi tocando em sua mão.
Ela me abraçou
- Eu vou falar, não se preocupa. - Disse com a voz meio chorosa.
Josh Beauchamp
Engoli o choro e passei pela porta da sala voltando a minha cela.
Fumei mais algumas coisas e relaxei por completo.
- Para de se drogar. - Jaden entrou. - A mamãe voltou pra Inglaterra com a tia Nanda, mas eu ainda tô aqui, to cuidando de você seu mala. - Tirou o cigarro de maconha da minha mão e atirou no meio da rua.
- Me deixa em paz. - Fiz careta.
- Vou é enfiar minha mão na sua cara, o Noah tá lá, tá sendo forte dentro daquela porra de cadeia, você tem que ser forte aqui. - Ele falou batendo na minha mesa.
Joalin entrou na boca visívelmente abalada.
- Como ele tá? - Perguntei me levantando da mesa.
- Se fazendo de forte. - Deu um sorrisinho meio triste. - Bateram nele. - Seus olhos se encheram de lágrimas.
- O QUE? - Gritei.
- Calma mano, não faz merda. - Bailey disse.
- Porque bateram nele? - Perguntei tentando me acalmar.
- Porque ele se recusou a pagar um boquete pro filho da puta de um dos policias. - Ela falou com nojo.
Bati na mesa com raiva e sai de perto deles antes que eu fizesse alguma merda.
Entrei na minha sala e tranquei a porta, gritei de raiva e comecei a quebrar tudo.
Tudo nesse morro me lembra ele, sinto falta do seu sorriso logo quando chegava na boca, mesmo com meu mal humor ele dava um sorriso que me derretia por dentro.
Sinto falta das gargalhadas que ele dava e do quanto era atencioso comigo mesmo quando devia estar tão bravo.
Com seu Naipe de Chefia ele me desmoronou por completo, talvez ele não saiba nem de um terço de sentimentos que ele causa em mim.
Porque ele é tão diferente dos outros? Ele não podia ser só mais um?
Droga!
O que ele fez comigo?
Pau no meu cu mermo.
CABOO
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Chief's suit - Nosh (concluída)
FanfictionSinopse Noah Urrea é um garoto comum de 17 anos, Mora no morro do alemão com seu pai um bêbado e drogado Desde pequeno ele aprendeu a se cuidar sozinho, Nunca precisou de ninguém e acha que nunca vai precisar. "Eu posso controlar a minha vida, eu es...