CORAÇÃO DE PORCELANA

Casualidade

Isadora

Escolhi a melhor roupa que eu trouxe na mala para ir ao Luau com o Miguel. Não quero parecer deslocada no meio dessa galera jovem que, com certeza vai estar em peso lá na praia. Durante o banho passei o meu óleo de amêndoas francês da L'ocitane, que deixa a minha pele bem macia, coloquei uma lingerie branca de renda e vesti um vestido preto da Farm com estampa floral e modelo ciganinha, com os ombros de fora. Calcei uma sandália rasteira da Arezzo preta, com detalhes em pedraria. Deixei as minhas tranças soltas, devidamente lavadas e secas, para emoldurar o meu rosto. Passei um gloss nude e deixei os olhos bem marcados com sombra marrom bem esfumaçada, delineador, rímel e lápis de olho. No rosto somente um blush, para deixar as maças do rosto coradas. Para fechar com chave de ouro, uso o meu perfume favorito. Coloco o pacote de preservativos, que eu comprei na farmácia ontem, dentro da bolsa. Essa noite tudo pode acontecer e eu quero estar prevenida. Só espero que a coragem não me abandone. Desço no elevador do hotel confiante, pronta para o que der e vier. Depois do beijo de ontem eu estou ansiosa para provar a boca dele outra vez. Caminho pelo saguão do hotel cinco minutos depois do horário marcado e encontro Miguel me aguardando. O cheiro do seu perfume está por toda a parte e o sorriso que ele dá quando me vê é lindo demais, parece um menino travesso. Ele está todo estiloso com camisa azul floral de botão, bermuda branca e tênis Vans azul com detalhes branco. Ainda não consigo acreditar que um cara lindo e jovem como ele está realmente interessado em mim! Resolvemos ir andando até a Praia dos Anjos pois seria um transtorno para estacionar perto do evento. A cidade estava cheia e movimentada. Muitos jovens circulavam pelas ruas e isso me fez lembrar dos meus filhos. Eles se divertiriam num lugar como esse, cheio de gente jovem e descontraída. Estar ao lado do Miguel fez com que eu me sentisse mais jovem. Foi uma grata surpresa descobrir que teria um show do Vitor Kley. Gosto de algumas músicas dele e do seu estilo musical. Seu talento é indiscutível. O clima estava diferente, o céu estava fechado e com muitas nuvens e de vez em quando ouço uma trovoada. Miguel e eu estávamos bebendo água de coco. Hoje eu não quis beber nada alcoólico, pois queria ficar ligada em tudo o que acontece ao meu redor. Eu estou no meio de uma multidão, então é melhor se manter atenta, pois eu morro de medo de confusão e correria. Estamos curtindo a companhia um do outro ao som gostoso do Vitor Kley. Durante todo o show as mãos do Miguel tocavam a minha cintura, o meu ombro e a minha mão. Ele parecia querer me tocar o tempo todo, parecia uma necessidade. Seu foco era todo direcionado para mim. Eu me sentia desejada por ele. Quando a música "Morena" começou a ser cantada, me empolguei um pouco e comecei a cantar junto com a galera, porque eu adoro essa música:

"Morena, me encantei com o seu jeito de olhar...Paralisei o tempo só pra lembrar...Daquela cena que eu tirava a tua saia...E você beijava a minha boca."

Senti o olhar do Miguel sobre mim e fui atraída pelo seu magnetismo. Até agora ele não tentou em nenhum momento me beijar. Não resisti a atração que sentia por ele e o beijei. Suas mãos foram parar na minha cintura e deslizavam para cima e para baixo, me
acariciando suavemente. Nosso beijo tinha línguas se enroscando e explorando o céu da boca. Perdi totalmente a timidez quando passei a língua e mordi de leve seu lábio inferior. Meu sangue esquentou quando sua mão apertou a minha cintura e juntou nossos corpos. Senti sua ereção quando ele aprofundou o beijo, devorando a minha boca com tanta vontade que nem parecia que estávamos num show, rodeado de pessoas. Miguel interrompeu o beijo e me puxou pela mão, me levando para longe do Luau. Eu sabia que o clima tinha esquentado ao ponto da gente transar quando ele me chamou para ir até a sua cobertura. Eu preferi não ir, pois estava começando a chover e eu não queria ficar presa por lá caso a chuva ficasse mais forte. E também porque eu queria estar em um ambiente controlado por mim. Ele aceitou ir para o hotel onde eu estou hospedada. Fomos para a área da piscina que tem uma varanda com vista para a praia e estava completamente vazia. Miguel me encostou na sacada da varanda e começou a me beijar. Sua língua urgente invadiu a minha boca e eu a chupei com vontade. Seu gemido reverberou por todo o meu corpo, e foi o som mais estimulante que eu já provoquei em um homem. Meu sexo pulsou furiosamente. Seu toque com mãos seguras e talentosas me incendiou, provocando um tesão avassalador. Sua boca foi parar no meu pescoço, deixando um rastro de calor onde seus lábios tocavam. Meus mamilos endurecidos imploravam por atenção. Soltei um gemido baixo e ele investiu com mais ímpeto, usando a língua para lamber do meu ombro até o meu pescoço e, mordiscando de leve o lóbulo da minha orelha. Suas mãos tocaram os meus seios pela primeira vez, apertando os meus mamilos por cima do vestido. Minha respiração estava pesada e a vontade de gozar era enorme. Eu poderia, inclusive, gozar agora mesmo, só com ele esfregando a sua ereção em mim, apertando os meus mamilos e me beijando na boca ao mesmo tempo. Miguel despertou sensações em meu corpo que eu já tinha esquecido que poderia sentir. Minhas mãos estavam em seu peito, sua barriga, e arranhando de leve as suas costas e seus braços. Sua ereção pulsava encostada em mim. Eu me vi em um dilema: meu corpo implorando por sexo e minha mente me implorando para fugir dali. Meu corpo venceu a batalha interna quando eu desci a minha mão e encostei no pau dele. Fique acariciando toda a sua extensão por cima da roupa. Era grande e estava bem duro. Estou com muita vontade de me abaixar aqui mesmo e chupá-lo. Estou sentindo tanto tesão que a minha calcinha está encharcada. Miguel passou a mão na minha coxa, levantando o meu vestido. Depois colocou a mão por baixo dele, apertou a minha bunda e esfregou seu membro duro em mim, me instigando. Eu já perdi o controle, me sinto uma marionete em suas mãos e, não estou nem me importando com o fato da gente estar em um local aberto, embora não tenha mais ninguém aqui. Estávamos prestes a transar na varanda da área da piscina do hotel quando ele parou de me beijar: