Brincando de casinha

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Pov: Temari (passado)

Isso só pode ser um pesadelo.

Nesse momento eu estou com uma criança de 4 anos dormindo no meu colo, e essa criança diz ser meu filho, e nada é tão que não pode piorar, não é mesmo? Além disso o pai dele é o Preguiçoso.

E meu filho é o Preguicinha.

Ele dormiu o caminho todo da Torre até a casa do Shikamaru, extremamente agarrado em mim.

Ainda não acredito que perdi uma discução pra uma criança, e agora vou ter que dividir o teto com o Bebê chorão aqui, e eu não me refiro a criança.

Confesso que não gostei de ver Shikadai chorar, me despertou coisas, e quando ele falou que eu estava viajando e por isso ficou com saudade e me queria por perto, me lembrei da minha mãe, de como foi difícil não tê-la mais, e eu simplismente não posso ser a causa do mesmo sentimento.

E é por causa disso que agora me encontro na sala do Shikamaru, sentada no sofá dele, tentando acordar a criança, porque ele nos disse que tinha fome antes de cair no sono.

- Você precisa acordar - falei calma pra ele.

- Vai ter que se esforçar mais. - declarou Shikamaru - Eu conheço esse sono, é o sono Nara, isso não vai ser o suficiente.

Ele ainda ri.

Decidi deixá-lo no sofá e ir comer alguma coisa.

E não é que assim ele acorda!

- Mama, não vai - fala Shikadai segurando a minha mão.

- Vem, vamos comer alguma coisa,  você disse que estava com fome - digo pegando ele no colo de novo, ele deita a cabeça no meu ombro e brinca com uma mecha de cabelo.

- Fiz chá, e sanduíches pra vocês - fala Shikamaru quando adentramos a cozinha.

Tento deixar Shikadai em uma das cadeiras, mas ele continua agarrado ao meu pescoço, então sento ele no meu colo para comermos.

Shikadai escolhe um dos sanduíches e começa a comer bem animado, já não tem resquícios de que ele acabou de acordar.

- Está bem gostoso papai! - diz depois de engolir.

- Obrigado - Shikamaru agradece sorrindo e faz um carinho na cabeça de Shikadai.

Shikamaru está risonho, não faço idéia do que ele acha tão engraçado.

- Qual a graça Preguiçoso? - pergunto quando termino de comer, confesso que estava bom.

- Você, - responde simplismente, faço uma careta pela resposta - nunca te imaginei mãe, e ao que parece, você encheu ele de manhas - ele só pode estar me provocando.

- Não sou manhoso! - retruca Shikadai franzindo as sobrancelhas.

- É sim - retruca Shikamaru apoiando parte do corpo em cima da mesa para ficar mais próximo de Shikadai, e ele está sorrindo.

Não acredito que ele está discutindo com uma criança.

- Só diz isso por que está com ciúmes! - acusa Shikadai imitando a posição na mesa de Shikamaru, ficando de joelhos em cima do meu colo.

Agora eu quero ver onde isso vai chegar.

- E por que eu teria ciúmes de você? - perguntou Shikamaru.

- Você está com ciumes da mamãe, não de mim - disse Shikadai.

Não estou gostando do rumo dessa discução.

- E por que eu teria ciúmes da Temari? - pergunta Shikamaru, ele diz com a mesma entonação de antes, mas reparei que seu rosto ficou mais corado.

- Porque ela me da carinho, mas só briga com você! - disse Shikadai deixando o pai sem palavras.

Como fazer meus pais entenderem que se amam?Onde histórias criam vida. Descubra agora