Pesadelo

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Pov: Ino (passado)

Apesar dos protestos, Inojin dormiu no meu colo durante o caminho de casa.

- Como vai Ino? - pergunta Sai surgindo do meu lado.

- Não me assusta desse jeito! - digo brava, mas baixo pra não acordar meu alecrim dourado.

- Perdão, não queria assustar você - ele diz sorrindo.

- Tudo bem, - digo - mas respondendo a sua pergunta, eu estou bem, e você?

- Bem também, e Inojin? - pergunta indicando o pequeno no meu colo.

- Está bem, é um pouco difícil, - respondo - acho que mudei muito com o tempo, com certeza ganhei muita paciência no futuro - resmungo a ultima parte.

- Ele está dando muito trabalho? - pergunta inclinando a cabeça para o lado.

- É, e tem reclamado bastante - respondo.

- Sobre o quê? - insiste

- Ele sempre quer atenção, e fica super chatiado toda vez que brigo com ele, além disso ele sentiu muito sua falta ontem - respondo.

Eu omito a parte em que eu também senti a falta dele ontem, é estranho, mas fiquei um pouco decepcionada por ele não ter ido ficar um pouco de noite com a gente.

- Desculpa, de verdade, Ino, - ele começa - ontem foi um dia difícil, é bem cansativo e estressante trabalhar com Naruto e Sasuke na mesma sala. - se explica - Além disso, eu não sabia se você ia me querer lá, não quis invadir seu espaço.

Ele parece um tanto inseguro e tímido em sua confissão.

- Você pode ir hoje? - pergunto sem pensar duas vezes - Pode jantar com a gente, Inojin vai ficar bem feliz quando acordar.

Estamos quase chegando na minha casa, fizemos o caminho a passos bem lentos, eu não queria que a conversa acabasse, e fiquei um pouco insegura sobre convidar ele pra entrar antes.

- Adoraria - ele responde, e meu coração erra uma batida.

Pareço uma adolecente apaixonada!

Subimos as escadas do prédio e quando chegamos na entrada Sai pega Inojin do meu colo para que eu pudesse abrir a porta.

Assim que entramos Sai pergunta:

- Onde deixo ele?

- No meu quarto - o guio até lá.

Sai deposita Inojin delicadamente no colchão, e o pequeno solta um leve resmungo, ficamos o olhando por alguns segundos, pra ver se ele acordaria, mas não, continuou no soninho dele.

Saímos do quarto e Sai me seguiu até a cozinha.

- Com fome? - pergunto.

- Um pouco - ele responde.

Então faço alguns sanduíches para nós.

Sentamos à mesa, e comemos em silêncio, quando terminamos, Sai tira a mesa, e começa a lavar a louça.

Apenas observo ele lavar a louça, tudo isso é tão esquisito, nós mal nos conhecemos, mas esse silêncio em que estamos, é completamente confortável, não é constrangedor, como eu esperava que fosse.

- Quero desenhar você - Sai fala me tirando dos meus pensamentos.

- Pensei que você já tivesse me desenhado - respondo.

- Não gosto mais daquele desenho, ele não é preciso, - reponde - mesmo com as cores vibrantes, ele não representa nem o que você é, nem o que eu sinto em relação a você.

Como fazer meus pais entenderem que se amam?Onde histórias criam vida. Descubra agora