Pov: Sakura (passado)
Depois que Sarada dormiu antes mesmo do jantar, ficamos só eu e Sasuke.
Nós dois, sozinhos, de novo.
Mesmo com a conversa que tive hoje mais cedo com as meninas, insegurança toma conta de mim.
Começo a pensar sobre o que ele deve estar pensando de mim, sobre como ele se sente em relação a nós, em que patamar estamos agora, e em todas as variadas respostas dessas perguntas.
Nunca odiei tanto o fato de Sasuke conseguir esconder bem as emoções, mesmo o conhecendo a anos, não faço a menor ideia do que se passa na cabeça dele.
Sua expressão é indecifrável, até mesmo seus olhos, mesmo me olhando com intensidade, não me dão respostas conclusivas.
Acabamos nosso jantar. Desde que Sarada foi pra cama, não falamos mais do que o essencial, e agora estou lavando a louça, enquanto Sasuke prepara chá para nós.
- O que está acontecendo? - pergunta Sasuke quebrando o silêncio.
- Como assim? - digo na defensiva, ainda sem olha-lo.
- Você está... diferente - ele insiste, e serve o chá em duas xícaras.
- É só que... - começo, mas paro pra pensar em como me expreçar - ontem... eu nunca tinha feito nada disso antes - minha resposta soa como se ele estivesse me acusando de algum crime, do qual eu sou completamente culpada.
Ficamos em silêncio de novo, termino de lavar a louça, mas antes que eu saia dali, Sasuke quebra o silêncio.
- Fiz algo que não gostou? - pergunta.
- Não! - digo exasperada - Você não fez nada de errado Sasuke-kun, é só que...
- Diga Sakura - incentiva.
- Fui impulsiva, e agora estou com vergonha - respondo, e minha fala é quase um sussurro.
- Se arrepende? - pergunta.
- Claro que não! - digo firme, finalmente olhando para ele.
- Que bom, porque eu também não - responde sorrindo de lado.
Sorrio de volta, e ele me estende uma das xícaras de chá.
Vamos para a sala, onde nos sentamos de frente um para o outro e tomamos o chá.
O silêncio dessa vez é confortável, e agora também sinto que sei o que os olhos de Sasuke querem me dizer.
Eles me transmitem afeto, uma espécie de paz e segurança, é uma sensação doce.
Quando terminamos o chá deixamos as xícaras em cima da mesa de centro, então como se fosse algo que já faz parte da nossa rotina damos um selinho.
Nos olhamos um pouco confusos com o beijo, então trocamos um sorriso e desviamos o olhar.
Ainda não me sinto preparada para algo mais intenso do que um selinho, não hoje, não tão cedo depois de ontem, então apenas vamos para o quarto, ficar junto de Sarada, onde nos deitamos com ela no meio.
Deitamos tão próximos quanto ontem, com Sarada praticamente esmagada entre nós, assim, mesmo com a pequena entre nós, ainda podemos sentir um ao outro.
Pego no sono pensando sobre o futuro, sobre como estou ansiosa pra essa ser de fato a minha realidade, para ter essa rotina com eles.
~🌸~
- Mama, - chama Sarada me empurrando - mama, acorda!
Solto um resmungo, apenas pra que ela saiba que estou acordada.
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Como fazer meus pais entenderem que se amam?
Fiksi PenggemarDurante um piquenique no parque, 4 crianças de em média 4 anos, filhos de grandes heróis de konoha, são atraídos até uma emboscada e acabam sendo vítimas de um jutso de viagem no tempo. Depois de serem transportados para o passado, em um tempo em qu...