Pov: Sasuke (presente)
Todo o nosso trajeto até em casa foi em silêncio.
Sakura não é de ficar em silêncio.
Normalmente ela fala por nós dois, mas nas circunstâncias atuais, eu entendo que ela não queira falar comigo.
Nossa filha sumiu.
E já se passaram 5 dias e eu não pude fazer nada.
Nunca me senti tão fraco, tão pequeno.
Tudo que eu faço é por elas, e agora parece que nada faz sentido, não consigo descrever o que sinto, nem consigo olhar para Sakura direito, não aguento ver o sofrimento nos olhos dela.
Quando chegamos em casa, eu destranco a porta e entro, mas Sakura não, ela para de andar, e me espera abrir, mas quando entro, ela não me segue, e como se estivesse paralisada.
Mas só esta perdida em pensamentos.
A observo, ela olha para o chão, e é como se o tempo não passasse pra ela. Ela esta sentindo, sentindo aquilo que todos nós temos sentido nós últimos dias, e eu queria tirar essa dor dela, mas eu sei que não posso.
Saio do transe quando vejo uma lágrima escorrer por sua bochecha, odeio quando Sakura chora, a tristeza dela me é mais dolorosa do que a minha própria.
- Sakura, - chamo, e minha própria voz me parece estranha - vamos pra casa.
Ela levanta o rosto, e pisca, fazendo com que mais uma lágrima caisse, solta o ar que estava prendendo, e então vem em direção a porta.
Abro espaço pra ela entrar, e a acompanho, nenhum de nós para pra comer alguma coisa, a última coisa que eu sinto é fome, e acredito que com Sakura seja o mesmo.
Vamos direto para o quarto, onde trocamos de roupa e sentamos os dois encostados na cabeceira da cama.
Estamos olhando pra frente, para nada em específico, até que olho para ela, e vejo que ainda chora.
Passo meu braço pelos ombros dela, Sakura deita no meu peito, e se entrega às lágrimas, enquanto eu acaricio o cabelo dela.
Encosto meu rosto em seu cabelo, e deixo os sentimentos virem.
E eles vem mais forte do que um soco.
Pela primeira vez permito que as lágrimas caiam, choro porque me sinto impotente, porque Sakura está sofrendo e eu não posso aliviar sua dor, e principalmente, porque não sei onde o meu amendoinzinho está.
Choro em silêncio, sentindo tudo que não me permiti sentir, até que sinto uma mão em meu rosto.
- Me desculpa, - Sakura pede com a voz trêmula - eu não cuidei dela o suficiente, não a protegi, e agora levaram ela de nós, - ela soluça antes de continuar - eu sinto tanto, levaram ela de nós, Sasuke.
Odeio que ela se sinta culpada, odeio que enquanto estamos sofrendo duas das três pessoas responsáveis pela nossa dor estão livres, e odeio a quantidade absurda de sentimentos que tudo isso disperta.
- Não é sua culpa, - digo encostando a minha testa na dela - nós vamos trazer ela pra casa, - prometo mesmo sem saber se vou conseguir cumprir - agora vamos descansar, porque assim que acordarmos, vamos fazer aquele cara falar.
Ela concorda com a cabeça, e nós dois deitamos na cama, Sakura me abraça em busca de consolo, e eu puxo ela para mais perto.
Afinal, ela não é a única que precisa de consolo.
❤
Pov: Sakura (presente)
Acordo me sentindo um pouco mais leve.
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Como fazer meus pais entenderem que se amam?
FanfictionDurante um piquenique no parque, 4 crianças de em média 4 anos, filhos de grandes heróis de konoha, são atraídos até uma emboscada e acabam sendo vítimas de um jutso de viagem no tempo. Depois de serem transportados para o passado, em um tempo em qu...