Quando tudo começou a dar errado

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🔴Aviso: vou colocar no topo dos capítulos narrados por personagens que estão em dois tempos o período em que se passam pra não confundir vocês
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Pov: Sakura (passado)

Hoje é o meu primeiro dia de folga em meses depois da guerra, guerras deixam hospitais puro caos, tudo que eu queria era dormir até tarde, e depois quem sabe treinar um pouco, mas a minha querida auto-intitulada melhor amiga, Ino, disse que eu precisava sair, ver pessoas, andar pela vila, e principalmente, fazer compras.

Então aqui estou eu, extremamente cansada, dentro de um provador, me recusando a sair dele porque a porquinha me obrigou a experimentar um vestido preto com um decote enorme.

- Vamos logo Sakura, eu estou morrendo de fome, depois daqui vamos pra uma casa de chá. - disse ela me apressando.

- Eu não vou sair daqui com esse vestido, ele mostra meus peitos Ino! - falei sussurando a última parte.

- Que peitos? Eu sempre achei que a parte boa de não ter nada aí em cima fosse poder usar decotes generosos! - ela nem se preocupou em falar baixo, apenas disse no mesmo tom de sempre, ou seja, quase gritando.

- Espera só um minuto que eu vou botar a minha roupa, e já te dou uma resposta apropriada pra isso! - falei brava, já perdi toda a minha paciência!

- Calma testa, estou só brincando, se veste logo! Estou morrendo de tédio e fome - implorou.

Depois que me vesti, fui repreendida pela Ino por não ter gostado de nada, e com isso desperdiçado o precioso tempo dela, então para poupar a minha paciência e "compensa-la" decidimos ir a casa de chá favorita dela - que por ironia do destino é a minha favorita também - que fica um pouco longe daqui, mas mesmo sendo uma caminhada um pouco mais longa, vale à pena.

Além disso, vamos passar pelo lugar onde as famílias costumam se reunir para um almoço ao ar livre, da pra ver as crianças brincando, e as famílias interagindo tranquilas, e isso depois de tempos tão tempestuosos, me fazem lembrar porque me tornei ninja, pra que momentos assim fossem possíveis.

Fizemos o caminho até esse lugar conversando sobre o hospital, e sobre os exames chuunin que estão próximos, até Ino mudar de assunto.

- Eu super imagino nós duas vindo aqui almoçar junto com as nossas outras amigas enquanto nossos filhos brincam, discutindo que criança é mais bonita, e qual é mais inteligente, mas no final, sempre decidimos que todos são especiais - Ino disse contemplativa.

- Eu também consigo ver isso, espero que não demore muito pra termos nossas famílias, meu coração sempre se aquece quando vejo as crianças brincando assim, tão tranquilas, nossos filhos vão crescer em tempos de paz Ino, você consegue acreditar?- respondi.

- Eu vou fazer de tudo por isso, e espero que meus filhos nunca saibam como é perder um ente querido pra guerra - a voz dela embarga nas últimas palavras, e eu seguro sua mão e a aperto, dando meu melhor sorriso reconfortador.

Eu não consigo nem imaginar como foi difícil pra ela ter perdido o pai, mas ela está melhorando, ela já sorri de novo, e já voltou com as maluquices, e isso me reconforta, tanto quanto o sorriso que ela me devolve, que significa que já não é insuportável falar disso.

- Eu aposto... - eu comecei, mas não cheguei a terminar, porque nós duas vemos uma luz que veio do meio das árvores próximas daqui, nenhuma das outras pessoas pareceu notar, foi de certa forma muito discreto sob a luz do sol, mas ninjas devem estar sempre atentos.

Nós nos olhamos, e entramos em um consenso silencioso de ir até lá o mais rápido que fosse possível sem chamar atenção.

Até porque, não é porque a minha folga corre o risco de ser arruinada, que eu devo tirar o momento de paz e alegria dessas pessoas.

Então andamos a passos rápidos, como quem está atrasado para algo, até onde a luz estava mais intensa.

Conforme nos aproximavamos, notamos que tinha algumas coisas nos chão, nos olhamos preocupadas e aceleramos mais, já que agora não estavamos nas vistas de ninguém.

Subi em uma árvore pra ter uma visão melhor da área, com Ino subindo logo atrás de mim.

Foi aí que vimos de fato o que era.

4 crianças, aparentemente desacordadas, não senti o chakra de mais ninguém por perto, olhei pra Ino e ela fez que não com a cabeça como se imaginasse meus pensamentos.

Então como nada indicava que poderia ser um genjutso, eu pulei da árvore e parei ao lado de uma menininha de cabelos pretos, Ino me seguiu e foi verificar uma das outras crianças.

Tudo aparentava estar perfeito com os 4, era como se estivessem apenas dormindo, em um sono que não se podia acordar, então restava a dúvida, eles iam acordar em algum momento, ou estavam em um tipo de sono eterno?

Minha resposta veio mais rápido do que eu poderia imaginar, com a meninha de cabelos pretos levantando lentamente da grama e esfregando os olhinhos.

Quando notou que não estava em seu quarto e sim em um lugar desconhecido se sobressaltou e olhou ao redor nervosa, então seus olhos pousaram em mim e ela relaxou no mesmo instante.

Ela levantou e correu até mim com os braços erguidos.

- Mama! - gritou abraçando as minhas pernas e começando a pular como se quisesse que eu a pegasse.

Eu a peguei no colo, e ela se agarrou a mim como se eu de fato fosse mãe dela, encarei Ino com os olhos arregalados.

- Mamãe você não vai acreditar! Nós só queriamos ser amigos do gatinho! - disse um dos menininhos loiros, olhando em direção a Ino, ele acordou enquanto eu prestava atenção na menina.

- Onde está a minha mãe tia Sakura? - perguntou o outro menino loiro, este se parecia muito com o Naruto, só que fofo.

E ótimo, ele sabe o meu nome, o que significa que essa menina fofa não me confundiu com a mãe dela, a não ser que exista duas Sakuras que são parecedas o suficiente pra própria filha às confundir.

Parando pra observar agora, o menino que chamou Ino de mãe e agora estava pedindo colo pra ela, de fato era a cara dela, e o outro garotinho que ainda dormia me lembra muito o Shikamaru, mas com alguns traços de alguém que eu conheço, mas não sei dizer exatamente quem é.

- Sakura, me diz que eu não to ficando maluca - disse Ino

Como fazer meus pais entenderem que se amam?Onde histórias criam vida. Descubra agora