Como fazer meus pais entenderem que se amam?

Conhecendo

Pov: Ino (passado)

Mesmo depois de ter aprontado tanto, quando Inojin pediu para Sai vir pra casa conosco não consegui negar.

Ele me tem nas mãozinhas, espero que no futuro eu seja uma mãe mais firme, porque assim não dá, eu faço tudo que ele pede!

Mas é que ele é tão fofo!

Enfim, Sai e eu decidimos que seria melhor se ele ficasse aqui e jantasse com a gente, e depois fosse para a casa dele.

Então foi o que planejavamos fazer, assim que chegamos dei banho em Inojin, depois Sai me ajudou a fazer o jantar, ao mesmo tempo que ajudava Inojin em um desenho, depois que comemos ele se ofereceu pra lavar a louça, enquanto eu preparava Inojin pra dormir.

Depois de tudo pronto, nós dois colocariamos Inojin na cama, e ele vai embora, certo?

Errado.

- Mas mamãe! O papai precisa ficar! - declara Inojin chorando.

Inojin está sentado na minha cama em baixo do cobertor, bem no meio dela, eu estou sentada bem perto dele, mas sem estar coberta, e Sai também está aqui, sentado na beirada da cama, um pouco distante de nós.

- Ele tem a casa dele, vai ficar mais confortável lá meu bem - explico.

- Mas vocês vão ficar ocupados amanhã o dia todo, e eu só vou ver o papai outro dia! - retrucou Inojin.

Afinal, era a mais pura verdade,eu e Sai ficamos em equipes diferentes nessa missão de ajudar as crianças, então como Inojin vai ficar comigo, é quase certeza que ele não vai ver Sai amanhã.

- Mesmo assim, ele precisa voltar pra casa dele - tento de novo.

Enquanto eu tento negociar com Inojin, Sai não diz nada, ele apenas nos observa, como se quisesse aprender como se faz antes de tentar.

Isso me deixa brava, por que eu tenho que fazer sozinha? Eu também não sei fazer isso!

- Sai, pode ma ajudar aqui? - pergunto brava.

Sai se aproxima mais, parece pensar por um segundo, então sorri.

- Está tudo bem, eu vou pra casa depois que você dormir, e volto no café da manhã pra ficarmos juntos - Sai fala.

É uma solução bem diplomática, mas gostaria que ele tivesse combinado comigo antes, é a minha casa afinal.

- Mas eu vou sentir saudade! - insiste Inojin mais uma vez, mas da pra ver que ele está aceitando a ideia.

Coloco minha mão no rostinho de Inojin, iniciando um carinho, e Sai põe a mão no cabelo dele, também fazendo carinho.

Inojin se acalma, e começa a bocejar, o soninho está chegando.

- Podem contar uma historinha pra mim? - Inojin pergunta se deitando na cama.

Nós dois confirmamos com a cabeça.

Inojin diz que quer que os dois contem a história, então eu começo.

- Era uma vez um menino muito pobre, o nome dele é João, ele morava em uma pequena fazenda, e para comprar comida, sua mãe pede que ele vá até a cidade e venda a vaquinha que eles tinham - conto o início de João e o pé de feijão

- Vez do papai! - declara Inojin.

- Bem, - ele para um segundo pra pensar em como continuar a história - espere um segundo.

Ele volta rapidamente na sala e busca um caderno e um pincel.

- O garoto então, pega vaquinha e vai em direção a cidade, onde pretendia vende-la, mas no caminho ele encontra um ladrão que quer roubar o animal - conta Sai, e enquanto fala desenha uma vaca sendo carregada por um bandido, e o desenho sai da folha, o que deixa Inojin muito animado com a história.