XLVIII

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S/N: Klaus, eu tenho que voltar pra casa.-Disse vendo a rua escura.-Você tem algum lugar pra ficar?

Ben: Esse daí apossou-se de uma velha rica e agora tá nadando na grana.

S/N: Sério? Que demais!

Klaus: É. Por que você não vem com a gente?

S/N: Eu preciso voltar pra casa, é que a Celine, uma senhora bem simpática me adotou, e ela está cuidando tão bem de mim desde que eu cheguei aqui, não quero deixá-la sozinha.

Ben: Como eu queria que o Klaus tivesse esse pensamento.

Klaus: Cala boca Ben! S/N quer que eu te leve até em casa?

S/N: Quero sim. Obrigada.

Klaus: De nada, vamos Ben, levar a S/N em casa.

{...}

S/N: Klaus, obrigada mais uma vez.

Klaus: De nada, maninha, eu sou o irmão mais velho e me preocupo com a tua segurança.-Ele deu um beijo na minha testa.-Boa noite, docinho.

S/N: Boa noite, Klaudinho.-Abraço ele.-Boa noite, Ben.-Chego perto dele mas não consigo toca-lo.

Ben: Boa noite, S/N. Cuidado que a qualquer momento eu posso aparecer no seu quarto, hein?

S/N: Apareça.-Eu sorri, entrei e eles foram embora.

Celine: Querida, onde estava? Fiquei preocupada.

S/N: Mãe, me desculpa é que eu...-Eu não queria dizer pra ela que eu perdi meu emprego, ela ficaria muito decepcionada comigo e essa é a última coisa que eu quero que alguém fique comigo.-Eu saí um pouco, pra esfriar a cabeça.

Celine: Tudo bem, o jantar já está pronto.

S/N: Obrigada, mãe.

Eu subi pro meu quarto, tomei um banho, vesti meu pijama e fui jantar sozinha já que a mamãe estava dormindo.

{...}

Estava sentado próximo a janela olhando para Lua, ela é tão linda. Eu amo a Lua porquê ela me mostra que ficar sozinha não é tão ruim assim, mas eu só queria minha família unida novamente.

E o Five?

Toda vez que eu penso nele as borboletas no meu estômago ficam agitadas e lembro das batidas do meu coração, só de pensar nele já me bate um desespero em saber que eu perdi ele novamente, mas da mesma forma que eu o encontrei, tive que passar por vários desafios mas ainda o encontrei, eu o encontrarei novamente.

Onde você está?

Cinco passou a ser o meu número preferido desde que eu comecei a deseja-lo.

Eu queria muito pode fazer algo, mas não sei o que fazer. Se ele ao menos estivesse do meu lado pra me ajudar com isso.

Por que eu me sinto tão inútil? Eu não deveria ficar tão perturbada com situações que eu não posso controlar.

Eu não sou uma deusa ou algo do tipo.

O tempo se passa e eu ainda não consegui fazer merda nenhuma pra achar os meus irmãos.

Eu não sei de onde eu vim, não sei o que eu errei, nem sequer o que eu acertei, mas eu quero muito minha família de volta, eles sim são os meus acertos.

No dia seguinte...

Ontem eu fui dormir com a cabeça na Lua, literalmente.

Pensando em mil e uma coisas.

Eu acordei um pouco tarde, fiz minhas higienes pessoais, tomei café da manhã, peguei meu chapéu, óculos e fui atrás de um emprego. 

Até que eu avistei uma boate, eu sempre quis dançar, sempre amei dançar, eu sei que terei que passar por situações vergonhosas, mas eu sempre amei a dança e ela alivia a minha mente.

S/N: Olá, eu queria falar com a dona desse lugar.-Disse a atendente.

──Ok, irei chamá-la. Aguarde um instante.

S/N: Tudo bem.-Eu direcionei os meus olhos até o palco.

As mulheres usavam figurinos brilhantes e extravagantes, é a década de 60, essa é a coisa mais sexy e elegante que uma mulher pode vestir pra seduzir um homem.

Mas eu irei fazer o meu próprio estilo.

──Sim?-Uma mulher alta, com cabelos ondulados e um tom de pele escuro e bronzeado.-Eu sou a dona daqui. Queria falar comigo?

S/N: Sim.

──Vamos para a minha sala.

Eu segui ela até o camarim.

──Pode tirar os óculos e o chapéu.-Eu tirei e ela me olhou.

──Então, o que te trouxe até aqui?

S/N: As pernas.

──Diga logo benção, o que você quer na minha boate?

S/N: Eu quero trabalhar aqui como dançarina. Como é que funciona o esquema aqui.

──Que bom que veio, uma de nossas dançarinas está de licença médica mas agora que encontramos você, será perfeita.-Ela me olhou.-S/N, não é?

S/N: Sim. Por favor, não diz a ninguém que eu estou trabalhando aqui, ok.

──Eu não sei não, você está sendo perseguida pela a polícia.

S/N: Por favor, eu te pago 5,000, pra você não dizer nada à ninguém.

──Você vai pro inferno por chantagear.

S/N: Te dou 12.000.-Tirei uma quantia de dinheiro da minha bolsa.

──Com 12.000 eu não falo mais nada e você ainda vai pro céu.

S/N: Então, eu posso trabalhar aqui?

──Pode, eu irei te explicar tudo.-Guardou o dinheiro entre os seios.

{...}

──Entendeu?

S/N: Ok.

──Ótimo, você começa hoje de noite às 08:00 e saí de 10:00.

S/N: Por mim, tudo bem.

──Agora não deixe ninguém saber que é você.

S/N: Tá bom. Obrigada.-Coloquei meu chapéu e meus óculos novamente.

──Eu que agradeço.

Eu saí feliz da vida por finalmente ter um emprego, agora eu preciso me esconder daqui pra frente.

O Amor de Décadas•°•Five Hargreeves Onde histórias criam vida. Descubra agora