XLIX

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Quando deu o horário, eu me vesti para ir pra boate assim como eu me vestia para ir nas missões da comissão, jaqueta preta cobrindo tudo, óculos escuros, chapéu preto, botas pretas, luvas de couro preta, bolsa da Chanel preta e gravata preta, as pessoas que me conheciam visualmente sem eu revelar a minha identidade me chamavam de "Dama de Preto" enquanto eu trabalhava na comissão.

Ao chegar no local fui para o meu camarim e vi que havia algumas roupas estendidas no cabide.

Eu comecei a olha-las, mas não era meu estilo e eu não gostei, então eu terei que dar alguns ajustes nelas.

S/N: Prontinho!-Disse olhando para a roupa feita em minha frente.-Agora é só vestir.

Eu permaneci com as minhas botas pretas nos meus pés, não as tirei, elas são lindas e combina com a roupa, preto combina com tudo

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Eu permaneci com as minhas botas pretas nos meus pés, não as tirei, elas são lindas e combina com a roupa, preto combina com tudo.

Eu coloquei vários grampos no canto no meu cabelo, coloquei uma máscara nos olhos e um pano preto, daqueles que rodeia a cabeça e esperei a minha vez.

Antes de sair eu havia pegado uma faca e colocado no pequeno bolsinho em minha perna, caso algum engraçadinho começar a fazer piadinhas machistas ou sexuais eu rasgo a garganta dele

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Antes de sair eu havia pegado uma faca e colocado no pequeno bolsinho em minha perna, caso algum engraçadinho começar a fazer piadinhas machistas ou sexuais eu rasgo a garganta dele.

──Agora para finalizar, nós temos uma dançarina nova, ela se chama...-Ela falava no microfone.-Como você se chama mesmo?-Sussurrou para mim que estava atrás da cortina.

S/N: Eu não me chamo de jeito nenhum, os outros que me chamam de...-Eu pensei em um nome.-Cher! Os outros me chamam de Cher.

──Ok! Você vai dançar com essa roupa assim mesmo?-Perguntou olhando pro meu figurino.

S/N: É, algum problema?

──Não, imagina.-Ela voltou a falar no microfone.-A nossa estrela da noite, dama de preto, CHER!

Ela foi para dentro e eu fui para fora da cortina, eu estava nervosa, eu respirei fundo e a música começou a tocar eu deixei meu corpo comandar tudo, os passos que eu fazia era de acordo com o meu sentimento. Não tinha uma coreografia pronta, todos os movimentos que eu fazia eram improvisados, e acredite, ficaram bons.

Aos poucos a confiança tomou conta de mim, não me levem a mal, mas eu me sentia uma puta gostosa que não deve nada a ninguém e só cair exausta de tanto dançar

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Aos poucos a confiança tomou conta de mim, não me levem a mal, mas eu me sentia uma puta gostosa que não deve nada a ninguém e só cair exausta de tanto dançar.

{...}

──E a nossa noite termina por aqui, obrigada a todos e tenham uma boa noite!-A moça falou no microfone.

Eu voltei pro meu camarim mas sou interrompida por um rapaz.

S/N: O que você quer?

──Cher, não é?

S/N: Não, o papai Noel que veio te presentear por ser um bom menino.

──E eu posso saber que presente é esse?-Ele agarrou a minha cintura e ele deslizou a sua mão pela minha bunda.

Eu tirei a faca da minha perna e cravei na sua garganta.

S/N: Uma facada na sua garganta!-Eu saí de lá e fui pro meu camarim, tranquei a porta e tirei as máscaras.

Eu me olhei no espelho, eu via uma mulher que comandava tudo e a vadia chefe do rolê, acho que eu sou muito iludida ou tenho muita autoestima.

Eu tiro aquele figurino e guardo, eu me visto com a roupa que eu cheguei aqui e saío pela janela.

As ruas estavam escuras mas eu não ligo, eu sou o perigo em chamas.

Passo por um grupo de homens bebendo e eles me olham, eu decidi ignorar mas eles que começaram.

Eu não consegui achar nenhum táxi então teria que ir para casa a pé.

-O que faz aqui tão tarde, hein bonitinha?-Um me perguntou.

S/N: Eu acho que isso não é da sua conta.-Respondi.

-Você não sabe que é perigoso uma moça andar por aí a essas horas da noite?-O outro me perguntou enquanto tirava o cigarro da boca.

S/N: Eu sou o perigo. Não temo mal algum, eu não posso dizer o mesmo de vocês. Agora me deem licença.-Eu tento passar mas o terceiro rapaz pega no meu pulso.-Me solta!

-Não, você vem com a gente!

S/N: Me solta!-Ele estava começando a me machucar.

-Você não banca a de mulher maravilha? Então, se defende aí pra a gente vê!

S/N: Eu não tenho que mostrar nada a vocês! Agora me soltem!

Eles começaram a rir de mim e a fazer comentários totalmente machistas e sexuais, até que eu dei uma joelhada no saco dele e ele caiu no chão gemendo de dor.

-Sua...

S/N: Sua linda? Sua gostosa? Sua diva? Ah, eu tenho tantos adjetivos que fica até difícil escolher apenas um pra mim.

O quarto rapaz tenta me segurar mas eu pego uma bandeja de alumínio ali perto e começo a bater na cabeça dele, depois eu o chuto e o mesmo caiu em uma lata de lixo.

O rapaz que falou primeiro comigo puxou o meu cabelo.

S/N:Não toque no meu cabelo, sua desgraça de Chernobyl!-Ele começou a me machucar então o meu poder se descontrolou e eu fui com tudo pra cima deles.

Dois eu queimei as roupas, um eu o joguei na parede e ele ficou desacordado e dois eu acabei matando. Quando todos estavam desacordados, eu parei de queimar em chamas e eu percebi que estava sem roupa já que o fogo tomou conta de mim e queimou as minhas roupas.

S/N: Aí meu Deus!-Gritei desesperada. Em uma tentativa inútil de me tampar com as mãos, eu saí correndo para o beco.-Merda, merda, merda.-Resmunguei. Eu tentei procurar algo para me vestir. Eu até pensei em pegar as roupas dos rapazes, mas eu não queria encostar nesses monte de merda, então eu peguei um saco plástico bem grande e utilizei para cobrir o meu corpo, então eu saí.

Quebra de tempo

Eu chego em casa, mas entro pela janela para ninguém me notar, eu vou tomar um banho e tirar todo aquele cheiro de mim.

O Amor de Décadas•°•Five Hargreeves Onde histórias criam vida. Descubra agora