28 Maya

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Antes estava apagada, tentei acender mas parece que a lâmpada queimou. A lua cheia clareava apenas uma parte do sótão, o que aumentava e muito o meu medo.

Desci vagarosamente alguns degraus, olhei para baixo e não vi a escultura, acelerei a descida e fui procurar a capinha do meu celular. Olhei pelo chão empoeirado onde estava os destroços do meu antigo celular mas não achei. Tirei alguns lençóis que estavam no chão mas também não achei.

-Será que a idiota dá Louise pegou a capa do meu celular? - Perguntei olhando para o chão.

-Será que é isso que a Duquesa está procurando?

Ouvi uma voz saída da escuridão e olhei em direção de onde ela vinha.

- Ow mon Dieu.

Um gárgula com um lindo rosto ,porém orelhas pontudas, um corpo escultural ,com roupas extremamente antigas e asas de piteranodon.

-Desculpa seu gárgula eu não queria atrapalhar o seu sono , não me coma por favor. - Falei a primeira coisa que veio a minha cabeça.

-Perdão a duquesa perdeu a memória?

- Não se aproxime por favor ou irei gritar.- Falei dando alguns passos para trás o que me fez ficar encurralada entre a parede e o gárgula.

-Sei que escolheu o duque de Leroy mas nunca deixei de pensar em você .

Ah pronto! levei um spoiler no meio da fuça . E por que esse louco está me chamando de Duquesa?

-Maya você não se lembra de mim?

Ah pronto o gárgula deve ter batido a cabeça com muita força em alguma árvore ele pensa que eu sou a Maya.

-Desculpa eu não sei quem você é. -Menti.

- Como não sabe quem eu sou ? Sou Pierre Durand. Nos conhecemos em 1327 quando te salvei da nevasca , não lembras de quando fizemos amor em meio as videiras ou na cachoeira. - O gárgula se aproximava devagar.

Alguém tem que colocar um alerta de spoiler nesse gárgula eu ainda não cheguei nessa parte.

-Eu não sou a Maya, sou apenas uma escritora de romance e fantasia me chamo Emma . Falei tentando puxar o celular do meu bolso mas quando Pierre notou deu um rugido . Tem certeza que Senti algumas mechas do meu cabelo mexer.

- Sem retrato. - O gárgula esbravejou .

- Ok , ok, apenas não quebre ele acabei de comprar.

-Desculpe não precisa ter medo, mas não tire nenhum retrato.

Segurei a risada.

-Por que caçoa de mim ?

-Perdão, é que ninguém mais fala retrato, falam foto. - Falei guardando celular.

-Pelo visto o meu amigo arcebispo é tão démodé quanto eu. Sabe alguma coisa sobre meu amigo ? Ja há vários dias que não o vejo, ele costumava estar sempre aqui quando eu acordava. - Pierre falou-me devolvendo a capa do celular.

- O arcebispo foi internado , ele passou mal , ainda não voltou do hospital.

-O ruim de não morrer é que você vê todos os seus amigos morrerem.

-Para com isso é que não morreu ainda. Desculpa, a conversa está boa mas eu só queria abrir a porta e ir para minha casa, você sabe como posso fazer isso?

-A chave do arcebispo está em cima da cristaleira. Você estava com ela , ele a emprestou?

- Sim. -Menti.

Gárgula ( +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora