sad day.

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Todos fizeram um silêncio que durou cerca de 5 minutos, e San foi o primeiro a se pronunciar.

- Eu não quero deixá-la aí. - Disse com a voz baixa e fungando pelo choro.

- O que quer fazer? - Mingi olhou para o amigo, também estava abalado pelo ocorrido.

- Enterra-la, fazer um túmulo pra ela. - Colocou a mão no rosto. - Eu realmente não estava esperando por isso agora. - Voltou a chorar.

- Nem a gente... - Wooyoung tentou conforta-lo.

- Isso foi culpa minha. - As lágrimas desciam do rostinho vermelho de San, já estava sensível demais com toda situação, e sua mente o sabotava afirmando que ele era o culpado, de alguma forma.

- Ei! nada disso, não sabíamos que isso ia acontecer. - Jongho falou.

- Ela se incomoda com barulho em janela ou em porta, eu deveria ter checado tudo antes de dormir, ela sempre se preocupava em fechar as janelas por causa do frio. - Já estava soluçando novamente, os garotos olharam pra ele e entenderam a sua dor, e estavam sentindo o mesmo, mas não na mesma intensidade.

- Me digam que isso é um pesadelo, POR FAVOR! - Em um ato rápido o moreno começa a se beliscar para "acordar" do "pesadelo" em que pensava estar.

- SAN! - Wooyoung o parou na mesma hora.

- Não é um pesadelo... né? - San tirou a franja da testa e respirou fundo, limpando as próprias lágrimas.

- Infelizmente não é, mas vamos te ajudar com isso, é pra isso que estamos aqui. - Wooyoung arrumou o seu cabelo que estava bagunçado porquê o mais velho bagunçava as próprias madeixas mesmo sem querer.

- Eu quero a minha vó de volta... - San ia socar a parede que estava logo ao seu lado, mas por sorte Wooyoung tem um ótimo reflexo, e segurou o seu braço com força.

- Eu sei que não vai me escutar, mas primeiro...se acalma. - Wooyoung era o mais paciente dali.

Ele estava sendo cauteloso em usar as palavras com o Choi, enquanto os outros estavam abalados e chocados com o acontecido.

Yunho chorava no ombro de Mingi e o mesmo fungava tentando cessar as próprias lágrimas.

Yeosang consolava Jongho que estava igual um bebê, e Hongjoong e Seonghwa estavam parados olhando para o chão, ainda sem acreditar no que aconteceu.

Os últimos citados não tiveram tempo de conhecer melhor a senhora Chae, mas sabiam que ela era uma vó incrível e uma pessoa maravilhosa, e não deixaram de sentir uma dor imensa ao vê-la naquele estado.

Wooyoung tentava se manter forte, mas por dentro estava acabado, e por fora queria ser o porto seguro de San, ou pelo menos por esse momento, já que foi um dos pedidos da senhora Chae antes de virar zumbi.

Um celular começa a vibrar e Yeosang é o primeiro a ver.

Era um aviso que ele mesmo tinha colocado, agora faltava exatamente 25 horas para as bombas explodirem toda a cidade.

E ainda teriam que sair dali com vida.

- Gente... - Yeosang fala olhando para a tela do celular.

Todos olham para o garoto.

- Falta 25 horas pra sairmos daqui, temos que ser rápidos! - Yeosang fala.

- Precisamos enterrar a sua vó o quanto antes, Sannie. - Disse Yunho enxugando as lágrimas e com a voz falha.

- Mas... vamos enterra-la como zumbi? - Jongho pergunta.

Se enterrasse ela assim, seria arriscado para o grupo, e seria meio inútil, uma hora ou outra ela poderia acabar saindo da terra.

- Então, teríamos que fazer com ela o que fazemos com os outros? - San pergunta.

- Na teoria, sim... - Mingi diz receoso pela reação do Choi.

San respira fundo e da uma pausa antes de falar - Eu prefiro que seja assim, ela vai descansar em paz e... acho que ficarei aliviado em saber que ela foi enterrada pelo menos. - Desabafou.

- Mas... quem vai fazer isso? - Hongjoong perguntou.

A velhinha já estava em forma de zumbi, ou seja, metade morta, mas terminar de mata-la não seria tão fácil, levando em questão os vínculos que os garotos tinham com ela.

- Eu não consigo... - San disse se referindo a terminar de matar a mais velha.

- Só um tiro basta San, ninguém vai ter coragem de fazer isso, mas sendo sincero e direto, ela não vai sentir. - Seonghwa disse e ele não estava errado, já estava em forma de zumbi então não iria sentir dor.

- Ela vai descansar em paz com isso! - Hongjoong concordou e continuou a fala do mais velho.

- Eu não sei se consigo fazer isso mesmo com ela sendo um monstro agora. - San abaixou a cabeça.

- Tive uma idéia, eu e o San ficamos na sala enquanto um de vocês faz esse trabalho, ele realmente não vai conseguir. - Wooyoung disse passando a mão pelas costas do moreno. - O que acha, San?

- Pode ser, será menos doloroso. - San concordou.

Foi uma tragédia rápida, e eles não queriam fazer isso, mas teriam que mata-la para poder fazer um enterro como San queria.

- E temos que ser rápidos, já que a hora está voando e estamos sem tempo. - Jongho falou, e Mingi concordou.

Os seis garotos saíram da sala e pegaram uma pistola para fazer o trabalho.

Wooyoung e San ficaram na sala esperando, e conversando para distrair a mente.

- Acho que vamos ter que fazer um trabalho rápido cavando o buraco dela. - San disse.

- Verdade, mas não se preocupe, nós vamos conseguir!

E então ouviram um tiro e o barulho do corpo caindo no chão.

A senhora Chae estava completamente morta agora.

San deixou que as lágrimas caíssem novamente, e Wooyoung chorou o choro que estava segurando.

Os garotos voltaram para a sala.

- Sinto muito, San. - Os garotos falavam para o moreno.

- Obrigado pessoal, eu realmente não sei como vou seguir em frente sem ela. - San voltou a chorar, parecia que o calmante não fazia efeito.

- Eu, Mingi e o Jongho vamos cavar a cova dela. - Yunho explicou como iriam fazer. – O restante vai ficar de guarda.

O trio pegou os materiais que iam ajudar a cavar, e o restante pegou as armas para matar qualquer zumbi que chegasse perto.

Foram lá fora onde tinha parte com gramado, bem do lado da casa, cavaram o buraco do tamanho e profundidade que julgaram ser correto.

Seonghwa e Hongjoong ficaram de guardas o momento todo, Yeosang, Wooyoung e San arrumaram um lençol para cobrir a senhora Chae, e assim carregaram o corpo até lá fora, onde ficaria a cova.

Os garotos estavam em silêncio em respeito ao luto, colocaram o corpo na cova e cavaram novamente.

Yunho deixou algumas flores em cima da terra.

E o silêncio continuou.



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