Old Dragon: Torneio da Conquista

Capítulo 1-"O Torneio da Conquista"

Na aurora dos tempos uma terra de trevas era dominada por uma revoada de dragões cromáticos chamada "Faalok Dovaar" ou a Grande Revoada Dracônica. O poder das criaturas era tamanho que até os próprios deuses se sentiram ameaçados. Os poucos mortais dessa terra viveram em meio a destruição, angustia, medo e tirania que as criaturas traziam consigo, isso até um homem chegar, um enviado dos Cinco Deuses para acabar com as trevas e trazer a luz. O homem conhecido como Flávio, o Conquistador expurgou a Grande Revoada Dracônica e terminou a Era dos Dragões com o bater de seu cajado. Dizem as lendas que sua força colapsou o que era conhecida como a terra das trevas e formou o evento do Grande Cataclisma, uma onda de terremotos que deu origem a três grandes ilhas: a Ilha de Kefala, a Ilha de Edoizu e a Ilha de Flávia. Após salvar os mortais da Era dos Dragões, o Enviado das Divindades fundou uma vila na Ilha de Flávia e ajudou os mortais a se reerguerem, se tornando o primeiro imperador dessa terra e tendo seu nome marcado na historia da ilha em homenagem.

Seu sangue foi passado de geração em geração na Ilha de Flavia e hoje ela é honrada pelos lideres do senado flaviano: os Venationes. O Imperador atual de Flavia é Cícero Venatios, um descendente direto do Enviado das Divindades. Mais uma vez uma ameaça aos deuses se instaura e mais uma vez eles agem, dessa vez por meio de Cícero, que em seu sonho teve o chamado dos cinco deuses anunciando o maior torneio da história de Flávia: O Torneio da Conquista. Sem questionar, Cícero preparou o maior campeonato da historia da Ilha de Flavia no maior coliseu da capital, a cidade de Dominicia, para recepcionar aqueles que serão os cinco Enviados Divinos que participarão do Torneio da Conquista e representarão o desejo dos deuses. Em prol do funcionamento do torneio, cada Enviado Divino deve juntar três guerreiros ao seu lado e rumar até a capital em duas semanas. Os cinco times, formados por um capitão e três seguidores, duelarão conforme as regras do Torneio da Conquista. O time que vencer terá o direito a um desejo cumprido pelo seu deus patrono e poderá ascender ao posto que uma vez foi do herói da ilha: Flávio, O Conquistador.

O dia do grande torneio havia chegado, onde os maiores guerreiros que pisam nessa terra se encontrarão e se enfrentarão em uma batalha épica, a maior batalha da ilha das batalhas. Como grande anfitrião desse evento, imbuído de grande responsabilidade e dever, está o atual Imperador do local, Cícero Venatios.

O grande coliseu da capital de Flávia, a cidade de Dominicia, comporta milhares de pessoas em sua volta. A cidade inteira se mobilizou para esse evento, para esse momento. Acima de todos no coliseu se estende uma pequena bancada onde apenas os mais ilustres estão, apenas aqueles da mais alta classe na ilha.

Entre vários nobres e ricos sentados no canto, uma cadeira se destaca: a cadeira de um imperador, no meio da sala. A frente dos que lá estavam sentados se apresenta a arena, um local circular onde ocorrerão as batalhas. Finalmente o grande anúncio chegara, a onda de excitação na plateia é automaticamente calada no momento em que ele se levanta. Ele, Cícero Venatios, se ergue e encosta suas mãos na mureta a sua frente, tocando nas estatuetas de dragões em bronze.

Um homem com estatura mediana, longos cabelos loiros, uma face nobre e belos e expressivos olhos azuis olha para a plateia, que espera pelo seu grande discurso.

"Povo de Flávia, cidadãos, companheiros, nobres, lutadores, saúdo a todos vocês pela presença nesse grande dia. O dia de hoje será lembrado até a aurora dos tempos, até os últimos resquícios da humanidade contarão de quando os mais fortes se juntaram nesse local a pedido dos deuses.

Eu, Cícero Venatios, regente dessa ilha, tenho o dever de recepciona-los nesse combate, o maior torneio de todos: o Torneio da Conquista. Cabe a todos nós que aproveitemos do espetáculo e façamos nossa parte para agradar aos deuses. Hoje veremos lutas gloriosas, banhos de sangue, grandes heróis e cruéis vilões. Mas antes de mais nada, que tal conhecermos os gladiadores que lutarão nessa arena?"

Quase duas semanas atrás, a incontáveis quilômetros da Ilha de Flávia, um homem se encontrava mais uma vez em um altar. Ultimamente ele veio recebendo visões estranhas que mostravam um lugar distante e por isso rumou até um lugar isolado para que possa se concentrar em entende-las. Aquele é Linnor Sherwood, o Campeão de Albalor.