Capítulo 91-"Consequências da derrota"

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Um sentimento de apreensão toma conta do corpo de Vaeskia, que caminha inquieto ao lado de Tomoki e Karna. Ele definitivamente não quer voltar a ficar enjaulado que nem estava antes, mas sente que cada momento que passa dentro daquele coliseu o leva mais perto desse destino. Em contra medida, Karna constantemente diz para Vaeskia não se preocupar, ele nunca será capturado enquanto ela estivesse lá.

Inicialmente o homem lagarto não sabe dizer para onde estavam indo, mas rapidamente reconhece o caminho pois já esteve lá uma vez no torneio. O grupo chega e vê Mavmarir deitado na cama da ala medica com algumas bandagens, mas quase sem nenhum ferimento. A única coisa que ficou foi a cicatriz em seu peito, mas o tiefling ignora isso enquanto assovia para se pagar de fortão. Karna se aproxima enquanto sorri de leve.

"É uma pena que tenhamos perdido, companheiros, mas vocês todos foram muito bem. Estou orgulhosa de vocês." Ela da um tapinha no ombro de Tomoki, Vaeskia e um mais leve ainda em Mav. "Bom, apesar disso, como vocês devem bem imaginar que a gente vai ter alguns problemas. Eu meio que me deixei levar e acabei pegando a Besta do Deserto como um de nossos companheiros e... Você tem alguns probleminhas com a galera aqui de Flávia, não é?"

"Eles que tem problema comigo." Responde Vaeskia.

"O que quer que seja, não é bom a gente ficar aqui por muito tempo." Karna olha para Mavmarir. "Você parece bem, tiefling. Vamos zarpar."

Karna vira as costas e sai. Mav se levanta prontamente da cama e rola para frente na tentativa de fazer uma saída espetacular, mas tropeça na cabeceira e cai. Vaeskia e Tomoki ignoram o esquisito.

Os quatro caminham por um corredor do coliseu que leva até a saída, mas Karna olha de um lado para o outro em toda a curva enquanto acelera o passo.

"Que merda... Talvez não de tempo."

"Karna, onde você está nos levando?" Pergunta Vaeskia.

"Pra fora daqui, de preferencia."

Mavmarir olha para ela e faz um sinal para que ela elabore.

"Pra fora é pra fora." Argumenta a capitã. "Pra fora do coliseu. Eu acabei trazendo três procurados pro time, eu deveria ter pensado melhor nisso mas eu tava sem tempo. Cê sabe, o Rubruv não foi muito legal comigo, ele me chamou e eu tinha pouco tempo pra chamar as pessoas, então tive que recorrer a vocês. Agora temos que resolver esse problema pois não quero comprar guerra com uma ilha inteira. Se vocês concordam comigo, é melhor sairmos logo antes que alguém convenientemente aparece na nossa frente e nos impeça de andar..."

Convenientemente, três pessoas estão na frente dos Conquistadores de Rubruv, impedindo-os de andar. Era Dominic Fardream, o diplomata de Flávia e responsável pela captura de Vaeskia. Ao seu lado estava o rei de Aurelor, Dillinger Cultello, e seu fiel escudeiro, Galahed Pasqual, com as mãos no cabo da espada.

Karna abre um sorriso satisfeito.

"Hm, eles são três, nós somos quatro. A gente consegue..."

Logo atrás dos Conquistadores de Rubruv, uma quantidade gigante de guardas armadurados em trajes dourados aparecem. São tantos que é até difícil contar, mas se fosse pra chutar teria pelo menos uma dúzia inteira ali.

"Vocês estão cercados." Diz Dominic.

"Sim, estamos cercados." Vaeskia estufa o peito. "Cercados por homens mortos."

"Calma, calma, calma." Karna segura o homem lagarto e faz um gesto para os três se aproximarem. "Olha só, em situações normais nós poderíamos ganhar, mas o verdadeiro problema é aquele cara ali na frente."

Karna aponta para Dominic com a cabeça.

"Nós realmente vamos deixar eles bolarem um plano tão descaradamente na nossa frente?" Pergunta Galahed.

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