Capítulo 140-"O pânico replicante"

2 1 0
                                        

Os Fardream eram uma família nobre de Flávia, apesar de não serem Venationes. Assim era definida a casta da ilha, onde os nobres legítimos, aqueles que tinham o sangue de Flávio, o Conquistador, eram os Venationes, enquanto outras famílias nobres, com apenas relevância econômica em sua maioria, se mantinham afastadas da maioria das politicagens.

Sendo um Fardream, Dominic nasceu fadado a um destino comum assim como toda sua linhagem. Mesmo assim, graças a influencia de seus pais, ele comumente visitava outras famílias nobres, até mesmo entre os Venationes, e foi lá que encontrou o jovem Cícero Venatios, formando uma amizade com ele ainda quando jovens.

Já naquela idade Dominic tinha a noção que era um replicante, assim como também o que significava ser um. Seus pais haviam lhe ensinado a sempre manter uma aparência humana comum para não causar problemas, então o jovem carregava esse segredo consigo.

De acordo com seus pais, o sangue replicante já estava em Flávia a muitas e muitas gerações, mas se mantinha escondido para evitar problemas maiores, principalmente com os Venationes. Naquela época Dominic apenas vivia tranquilamente com sua família, se encontrando regularmente com seu amigo Cícero.

Foi em um desses encontros que tudo mudou.

Cícero já havia sido escolhido pelo Cetro do Conquistador. Sendo um Venatione, ele foi o escolhido pelo sangue de Flávio, o Conquistador, para guiar Flávia ao futuro. Quando ele e Dominic começavam suas conversas, Cícero gostava de mostrar o que podia fazer.

O jovem garoto de cabelos loiros curtos faz um gesto com a mão e um pequeno portal surge em sua frente, da onde o Cetro do Conquistador aparece.

"Olha." Dizia o garoto ao exibir o cetro. "É bonito, não é?"

"Você já me mostrou isso umas cinco vezes." Diz Dominic, emburrado. Ele nota algo no cetro. "Sabe por que essas joias estão apagadas?"

Cícero olha para as cinco joias encrustadas na parte de cima com uma cara de confuso.

"Elas não estão apagadas. Elas são assim." Responde o garoto.

"Não são não." Diz Dominic.

"É claro que são. Você não sabe nada sobre o cetro." Responde Cícero, já nervoso.

"Olha, as minhas não são assim."

Dominic faz um gesto no ar e puxa o seu Tesouro Sagrado do Conquistador, o que faz Cícero cair imediatamente.

"Viu? A minha tem algumas acessas."

De fato, o cetro de Dominic tinha duas joias acesas, mais especificamente a verde, de Prasinui, e a branca, de Albalor.

"Co- Como?!" Diz Cícero, surpreso. "Vo- Você também?!"

"Hm... Sim." Diz Dominic, calmo. "Meus pais falaram pra manter isso em segredo, mas acho que tá tudo bem se eu falar só pra você."

"Você tem noção do quão importante é isso?!"

"É, deve ser. Eu acho."

Cícero respira rápido algumas vezes, tentando assimilar o choque. Logo depois ele olha para o brilho das joias que Dominic tinha.

"Mas o que isso faz, ein?"

"Eu consigo invocar umas coisas."

"Tipo...?"

Dominic abre um leve sorriso e se prepara para demonstrar sua habilidades. Um pequeno portal se forma na sua frente, da onde ele guarda o cetro, coloca sua mão e puxa com bastante dificuldade um grande escudo branco.

"Caramba!" Diz o jovem Cícero, surpreso. "Você invocou isso aí?!"

"Pois é..." Diz Dominic, tentando inutilmente levantar o pesado escudo. "Mas não consigo usar."

Old Dragon: Torneio da Conquista Onde histórias criam vida. Descubra agora