Capítulo 115-"Propostas"

1 1 0
                                    

Após alguns minutos de espera, a arena finalmente estava pronta para a próxima luta. Agora o espaço para os gladiadores lutar está diminuído, sendo cercado por agua. Cair não desclassificará o gladiador, mas com certeza será um problema para sua derrota.

Enquanto a plateia se prepara para o anuncio dos próximos lutadores, um grupo olhava tudo isso de longe. Os Conquistadores de Rubruv, no caso Vaeskia e Mavmarir, recebem uma visita um tanto quanto inesperada. No mesmo momento que percebem a presença dessa pessoa, Vaeskia coloca a mão da espada em reação natural. Um arrepio percorre a espinha de Mavmarir.

"Oi!" Era a garota que tinha falado com Mavmarir na sala do conquistador a algum tempo atrás. "Olá! Lembra de mim?"

"Se eu não lembrasse, meu amigo. Nossa senhora. É claro, é aquela lá. Aquela lá." Vaeskia olha confuso para o bardo, que continua. "Sim, essa mesmo. Essa ai."

"Aelia. Aelia Venatios." Diz ela, inconformada com a memoria do bardo. "Eu te encontrei no museu do conquistador, lembra?"

"Hmmm, tá, tá, lembro."

"Eu tenho uma proposta pra vocês."

"Qual seria?"

"Então, como vocês já bem perceberam, tem umas pessoas bem importantes aqui, né?"

"É meio obvio, mas sim." Responde Mav, já sem paciência.

"E vocês já perceberam que tem uma pessoa aqui que seria muito interessante se, sei lá, tropeçasse, batesse a cabeça e morresse?"

"Não quero nem saber." Vaeskia se vira, ignorando a garota.

"Quem seria?" Pergunta Mav.

Aelia tamborila os dedos um no outro e olha para a sacada dos nobres, onde Dillinger Cultello acaba de voltar de algum lugar, sentando de novo em sua cadeira.

"Imagina se um rei morre. Que legal que seria, não é mesmo? Seria um grande entretenimento, não é mesmo?"

"Não tenho interesse." Responde Vaeskia, de forma ríspida.

"É, ia ser interessante." Mav finalmente começa a ver esse acordo com bons olhos. "Mas o que eu ganho com isso?"

"O que você quer?" Pergunta Aelia.

"Perai, você veio fazer um acordo sem ter uma proposta?"

"Eu não sei do que você gosta, porra."

"Eu gosto de entretenimento, é só isso que eu gosto."

"Isso vai ser entretenimento." Responde Aelia, que pensa em outra coisa. "Também posso te dar um instrumento."

"Tá bom..." Diz Mav, meio recluso.

"E pra você, homem lagarto." Aelia olha para Vaeskia com um sorriso no rosto. "Posso te dar sua liberdade condicional. Você não vai ser mais perseguido aqui, o que acha?"

"Eu não confio nesse seu tipo de nobre. Na primeira oportunidade você me enganaria."

"Que cara chato, Porque eu faria isso? Eu sou uma pessoa boa, olha pra mim."

"Se fosse boa não precisaria falar isso."

"Que? Isso nem faz sentido." Aelia desiste de Vaeskia e olhar para Mavmarir. "Enfim, minha conversa é com você, Skamenos. Eu posso até, quem sabe, te dar uma biblioteca inteira de presente. Tomos arcanos perdidos."

"Olha, eu gosto de confusão e tudo mais, mas também não sou idiota. Não vou me arriscar só pra ganhar umas coisinhas que posso roubar."

"O rei está sem o guardinha dele, caso não tenha percebido. E ele não é tão forte assim, é só um nobre bundão. Você consegue matar ele fácil, e com a ajuda do homem lagarto mesmo, mais fácil ainda."

Old Dragon: Torneio da Conquista Onde histórias criam vida. Descubra agora