Capítulo 176-"Dez dias em Dominicia"

0 1 0
                                    

O primeiro a ser revivido é Otan Veller, e por um motivo bem específico. O nefilin, assim como Linnor, também podia reviver outras pessoas seguindo as mesmas condições que o paladino, pois ambos tinham acesso a mesma magia de reviver os mortos. Mesmo assim rapidamente os gladiadores perceberam que eles não conseguiriam reviver todos os mortos naquele caos, pois o numero cresceu ainda mais desde a primeira curadoria e ultrapassou a marca de sessenta pessoas, o máximo que ambos conseguiam reviver juntos em dez dias.

As prioridades para serem revividas são os gladiadores que morreram durante o Torneio da Conquista, ou seja, Azon, Mímir Martelongo, Otan Veller, Elerd Qinlar, Miz'ri Finrod e Vaeskia, todos eles trazidos de volta por Linnor e pelo próprio Otan quando ele acordou.

E então dez dias se passam, depois de boa parte dos mortos ter sido revivido, apesar de não todos. Cícero sugere um grande banquete para comemorar a realização do Torneio da Conquista, assim como seu grande final e seu vencedor, onde a maioria dos gladiadores da conquista participam. Durante o banquete além dos gladiadores comparecem Cícero, Dominic e Savios, o minotauro que era guarda pessoal do Imperador, revivido por Linnor. Savios se levanta para fazer um grande discurso em honra de Cícero, e nesse momento Linnor se lembra de quando o reviveu.

O minotauro acordava com seus ferimentos ainda bem abertos da batalha, especialmente os cortes em seu peito dilacerado. Linnor havia estranhado os ferimentos dele, afinal eram bem brutais, além do lugar onde seu corpo estava, no topo do coliseu.

"Mas... Seu foco de luta, quem matou você? Syllael? Akash?"

"Foi o homem lagarto." Diz Savios, se levantando. "Aquele homem é um bárbaro. Mas bom, agora vocês são heróis de Flávia."

Linnor esboça uma clara cara de decepção e desconforto.

"Não acredito nisso..." Resmunga o paladino.

Savios bate em seu ombro e diz para Linnor não se preocupar com esse tipo de coisa. Agora o minotauro tinha gratidão eterna com o paladino, que optou revive-lo e por isso ele conseguiria continuar exercendo a função de seus sonhos: ser o guarda pessoal do Imperador de Flávia.

Após reviver Savios, Linnor parte para conversar com Vaeskia, tanto para rever seu antigo companheiro quanto para interroga-lo justamente de suas atitudes um tanto quanto duvidosas. O homem lagarto estava na ala medica, ajudando os feridos da batalha. Após ser revivido ele descobriu o que aconteceu depois de morrer, no caso a morte de Karna, a derrota de Lansios e o desejo de Linnor como o campeão do Torneio da Conquista.

Linnor entra na ala medica e faz um sinal com a cabeça para os curandeiros que estavam lá, que então saem deixando os dois a sós.

"Bem, Vaeskia, a quanto tempo."

"Linnor."

"Que pena termos nos encontrado nessas circunstancias." Diz o paladino. "Bom, nós nunca nos demos tão bem quanto eu esperava, mas eu ainda te considerava um companheiro. Mas você fez algumas coisas que são realmente questionáveis. Eu encontrei o capitão da guarda, Savios. Tem algo a dizer sobre isso?"

Vaeskia parece ficar surpreso inicialmente e depois coça sua cabeça.

"Bem... Se perguntasse ao meu eu do passado, eu diria que ele mereceu. Sabe, se meteu comigo, me atrapalhou, foi contra mim, tá no meu direito. Mas atualmente, talvez eu teria feito algumas coisas diferentes, não sei."

Linnor sorri de leve.

"Eu sei que nada importa mais que sua liberdade e agora você a conquistou. Vou fazer de tudo para que o povo de Flávia te liberte, você pode voltar a ser livre como era antes."

Old Dragon: Torneio da Conquista Onde histórias criam vida. Descubra agora