Capítulo 2-"O chamado do Campeão"

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Sangue, gritos, um grande coliseu, longos cabelos loiros, um olhar frio, asas negras e um monastério. Essas eram algumas das visões que Linnor Sherwood tinha enquanto dormia. Essas visões começaram a algumas semanas e se intensificaram nos últimos dias. O herói do povo estava em exilo depois de todos os problemas burocráticos de Helísia, então já estava bem distante quando finalmente decidiu ter uma conversa com a única pessoa que poderia ajudá-lo: o deus da ordem, Albalor.

A oeste de Helísia Linnor e seus seguidores se instalaram em um castelo abandonado a um certo tempo. O paladino ajeita um altar pequeno para Albalor e decide chamá-lo. O altar é simples e confortável, um tapete vermelho já velho se estende até uma pequena escada, levando a uma mesa de madeira bem feita, um acolchoado vermelho e uma balança bem no centro da mesa, balança essa que não tem nada em nenhum prato. Linnor se ajoelha no acolchoado e se concentra para abrir o canal divino entre ele e Albalor. Subitamente o paladino sente que não está sozinho no local. Após alguns segundos, ele ouve uma voz:

"Saudações meu nobre Linnor. Seus pressentimentos anteriores não eram meras ilusões, mas algo real e concreto acontecendo a quilômetros de você, no local que chamam de Ilha de Flavia. Mais uma vez, assim como na aurora dos tempos, nos deuses estamos sendo ameaçados por forças exteriores a nossa alçada, e mais uma vez necessitamos da ajuda de você, fiel seguidor, para completar essa missão para mim.

É necessário que junte mais três fieis seguidores junto a ti e parta rumo a ilha de Flavia em duas semanas. Lá o monarca do local, Ciceros Venatios, estará esperando por sua chegada. Você deve participar do Torneio da Conquista, o maior torneio desta era apadrinhado por nos, deuses primários. Anuncie a seus seguidores que os vencedores serão merecedores de nossas vontades divinas e terão direito a um desejo para cada, qualquer que seja ele, será feito contanto que não ultrapasse nossos poderes.

Mas não pense que essa cruzada será fácil, caro Linnor. Lembre-se: sua missão é identificar a ameaça aos deuses e eliminá-la. Tenha cuidado com qualquer um que não seja dos seus. A ordem acima de tudo."

Após isso o canal parece se fechar e Linnor sente que está sozinho de novo na sala, mas de alguma forma ainda sente uma leve energia no ar. Ele se levanta, arruma o altar e decide chamar seus seguidores.

Rhastiel e Nym estavam em um pátio esverdeado de um castelo abandonado esperando seu mestre voltar do que parecia ser um ritual. Ambos pairam de pé no local, mas Rhastiel rapidamente vê que Nym, agitado como sempre, não se contentará apenas parado. O meio orc sorri, já esperando o confronto.

"Então Rhastiel, enquanto o Senhor Linnor não volta que tal lutarmos um pouco? Só pra aquecer." Diz Nym, já levando sua mão a uma arma na cintura.

Rhastiel saca sua Vorka e aponta na direção do companheiro, a lâmina negra reluzindo com a luz do sol que bate na área onde estão.

"Claro, por que não. Mas não ache que vou pegar leve com você."

Nym avança na direção de Rhastiel com sua clássica arma, a Lâmina da Lua. O meio orc se concentra na investida de Nym pois sabe que deve tomar cuidado ao enfrentar um item mágico tão poderoso quanto aquele.

A distância entre os dois rapidamente some e Nym ataca com a Lâmina da Lua, mas Rhastiel dá um passo para trás e já prepara sua Vorka para o contra ataque. Com dois golpes diretos, um passando de raspão em seu braço e outro em seu nariz, Nym fica desnorteado e recua de mau jeito, com a guarda aberta e pronto para levar mais um golpe de Rhastiel, que é impedido por uma voz no ambiente.

"Eu tiro o olho de vocês por alguns minutos e já estão lutando..." Diz Linnor, enquanto Rhastiel e Nym guardam suas armas e tomam postura. "Vamos logo, meus companheiros, nossa próxima parada é a Ilha de Flávia."

Old Dragon: Torneio da Conquista Onde histórias criam vida. Descubra agora