Capítulo 167-"A guerra civil de Belpaze"

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A missão ao sul de Helísia havia sido um sucesso, e agora Linnor e o resto dos Exilados voltavam triunfantes a Belpaze para descansar da viagem. Já antes de chegarem na cidade, o grupo notou luzes vermelhes que pareciam ser de alguma festa, mas quando chegaram mais perto perceberam que na realidade estava tudo em chamas. Após a revelação do sangue dracônico de Elian, o caos que tinha tomado os nobres do castelo se espalhou para toda a cidade de Belpaze, que estava em uma guerra civil.

Pessoas sem conexão com a batalha corriam pelos ruas em terror enquanto dois grupos claros lutavam, brandindo espadas contra aqueles que eram companheiros a alguns momentos. O caos daquela revelação resultou na gota d'água final para gerar um grande conflito, a guerra civil de Belpaze.

Varias facções diferentes se levantaram pela cidade. Algumas eram contra Kalmer Erberth e seu sangue maldito, outras apenas queriam uma revolução; mas independente de suas convicções, todas se uniram sob uma única horda de revoltosos imparáveis, com um único objetivo: invadir o Palácio de Belpaze e dizimar a família real.

A invasão acontecia enquanto outro grupo rapidamente se formava, conhecidos posteriormente como a Facção Lealista de Belpaze, liderados pelo Arauto de Albalor, Linnor Sherwood, em aliança com o grupo de aventureiro dos Exilados. Os outros Campeões Reais tomaram caminhos diferentes: o Arauto de Prasinui, Gilaen Halvenar, sumiu em toda aquela confusão e por isso foi dado como morto. Enquanto isso o Arauto de Atervos, Umbran Breunis formou um pequeno grupo para impedir que a Facção Lealista alcançasse os herdeiros de Kalmer Erberth.

Em meio ao caos e combate do castelo, os Exilados entraram em combate com soldados enquanto Linnor conseguiu chegar primeiro que todos os outros Campeões Reais na única sobrevivente dos Erberth: a caçula Lilien Erberth, já que o primogênito Elian foi morto e o irmão do meio Lancin sumiu completamente durante a guerra civil, outro que foi considerado morto.

Durante a fuga Linnor e os Exilados deram de cara com Onaqua Preyon, que portava em suas mãos seu cajado enquanto se preparava para o combate. Após a revelação do sangue dracônico no trono, Onaqua foi convencida por Umbran que o melhor a se fazer era apagar a linhagem deles e recomeçar de novo, com um novo líder e uma nova visão, uma verdadeira revolução das cinzas.

"Onaqua... Não faça algo que vai se arrepender." Diz Linnor.

"Digo o mesmo para você, senhor Linnor. Passe a garota pra cá."

Linnor olha para trás e vê a jovem Lilien escondida atrás da clériga Miria Arlet, enquanto os outros Exilados se preparam para a luta. O paladino os acalma, da um passo a frente e fixa seu olhar na companheira.

"Eu não sei todos os detalhes ainda, mas Onaqua... Essa criança já viu muito hoje... Ela não merece sofrer o que querem causar a ela. Esse caos todo deve terminar aqui e agora."

Onaqua se mantinha em silencio por um tempo. Ela havia sido convencida por Umbran, mas a cada segundo daquela guerra civil, a cada sangue derramado, mais ela sentia que tomou o lado errado. Os dois Campeões Reais ouvem passos no fundo do corredor, uma nova tropa estava para chegar, e pela direção do som eles cercariam Linnor, os Exilados e a garota. O paladino entretanto não olha para onde vinha o som, ele mantém seu foco na amiga.

"Onaqua. Um filho não é obrigado a tomar o caminho de seu pai."

Algo estala na mente de Onaqua, que então pressiona com força seu cajado enquanto olha para baixo, pensativa. Ela então respira fundo e olha para Linnor novamente.

"Certo. Vocês podem ir na frente. Eu cuido deles."

"Obrigado." Responde Linnor.

O paladino e seus aliados passam por Onaqua, que gira seu cajado e anda até a tropa que já virava o corredor. A ultima vez que Linnor viu sua amiga foi quando olhou para trás, enquanto ela protegia suas costas com uma grande bola de fogo que tomava o corredor e atingia os rebeldes.

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