Capítulo 104-"Linnor Vs Lúcifer"

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Linnor se levanta do ultimo golpe de Lúcifer enquanto seu sangue pinga no chão vulcânico dos Planos Rubros. Graças a seus ferimentos no torso, em especial o da barriga, ele mal consegue respirar, ainda mais com todo o calor que a arena emana.

"Bom... Você pode... Trazer as coisas pra te lembrar um pouco de casa... Vou trazer um convidado pra me deixar mais confortável também."

Linnor se levanta e começa a conjurar energia divina atrás de Lúcifer, abrindo um portal para os planos radiantes de Albalor. Miyahara e Otan sentem uma estranha sensação familiar e reconfortante vindo de lá.

"Erga-se, defensor celestial, e ataque o demônio em minha frente!"

Um ser divino aparece do portal. Ele veste uma armadura dourada e exibe asas brancas cintilantes. O defensor celestial segura em sua mão uma maça dourada e sua pele, brilhosa como o sol, chega a machucar um pouco Lúcifer. As duas criaturas se olham, ambas tem a mesma altura e parecem ser quase que opostas uma da outra.

"Ah, que bonitinho, chamou um ajudante?" Lúcifer olha para o celestial. "Não se preocupe, deixa que eu cuido dele rapidinho."

Com um simples movimento de suas mão, a cabeça do celestial defensor cai no chão e ele se dissipa em poeira cósmica.

"Parabéns, ganhou alguns segundos. E o que você vai fazer com isso?"

Linnor avança mirado no peito de Lúcifer, que percebe e se defende colocando a mão esquerda na frente. O impacto corta o membro e quebra a defesa do demônio. Linnor pula e imbui energia divina em sua espada.

"Albalor, guie o fio dessa lamina no coração desse monstro!"

Sem conseguir se defender, a Lâmina da Ordem Absoluta atravessa o peito de Lúcifer por onde seria seu coração. O demônio quase cai enquanto Linnor se mantém de pé em sua frente. A fumaça desse ferimento mostra o quão forte foi o golpe, que deixa até mesmo o Príncipe Demônio tonto pelo impacto.

Linnor estava próximo de Lúcifer, numa distancia de menos de um metro. Sua espada fincada no peito do inimigo. Linnor olha para cima e da de cara com os vórtices vermelhos do demônio, que grunhe em dor, mas esboça uma satisfação tremenda.

"Não deveria ter se aproximado."

Linnor tenta tirar a Lâmina da Ordem Absoluta, mas Lúcifer a segura pelo cabo, quase esmagando as mão do paladino e impedindo-o de sair de lá. Incapaz de se defender, Lúcifer desfere varias cortes com sua mão direita, que estava livre, e começa a destruir Linnor com seus golpes.

O sangue se espalha pela arena e é rapidamente ebulido pelo calor dos Planos Rubros. Linnor, incapaz de se defender, só tem uma opção: resistir até o demônio se cansar.

"Morra! Morra! Morra! Morra! Morra!" Os gritos do demônio ecoam em uníssono com os sons de seus golpes.

Essa cena deixa a arena inteira em silencio. Aquilo deixou de ser uma luta e passou a ser uma tortura. Linnor não tinha nenhuma chance de desviar de golpes à queima roupa, e Lúcifer nunca se cansaria enquanto Linnor não morresse.

Depois de apenas seis segundos que se pareceram longas horas de golpes brutais, Lúcifer percebe Linnor inconsciente e larga sua espada.

"Viram?! Isso que acontece quand-"

O braço esquerdo de Lúcifer voa pela arena e cai no chão. Linnor, que caia enquanto o demônio cantava vitória, se ergue antes de suas costas tocarem o chão. Em suas mão a Lâmina da Ordem Absoluta, brilhando triunfante.

"Ele se fingiu de morto pra achar uma abertura!" Grita Akash. "Isso! É assim que se faz, velhote!"

"Ele não se fingiu de morto." Responde Lansios. "Ele desmaiou e logo depois recobrou a consciência."

A arena grita o nome de Linnor, como se ele tivesse saído do próprio inferno e voltado ainda com vida. Lúcifer olha para seu braço arrancado e lembra-se de sua luta contra Austin Sherwood, aquele homem teimoso que mesmo semimorto se manteve de pé para atrapalha-lo.

"Vocês....! Essa família insistente!" Lúcifer olha com ódio para Linnor. "Malditos! Morram logo! Morram!"

Linnor pula com toda sua força e alcança o rosto de Lúcifer, que entra em defensiva total ao ver a Lâmina da Ordem Absoluta aumentar sua energia divina. Mais rápido do que nunca, o braço esquerdo de Lúcifer se regenera e se junta com o direito, formando um grande escudo demoníaco que é prontamente cortado ao meio pelo golpe de Linnor.

Lúcifer olha seus braços sendo jogado para longe, mas ao invés de ficar furioso ele fica aliviado, afinal de contas se não fosse seus braços, seria sua cabeça quem seria arrancada. Seu pescoço regenera do corte abrupto da arma magica.

Linnor alivia o impacto da queda e olha para Lúcifer, que continua regenerando seu membros perdidos.

"Ah, gostou do escudo agora?"

"Você fala demais para alguém que é tão fraco."

Otan olha o estado dos dois. Todos os ferimentos do demônio, em especial seus braços ainda parcialmente cortados, exalam uma fumaça negra. Além disso, é notável um certo desespero em suas falas, mesmo que sua expressão imutável não demonstre isso.

De outro lado, Linnor também não estava nada bem. Sua armadura, antes cintilante e brilhosa, agora estava coberta de sangue. Linnor respirava profundamente e lutava com basicamente um olho, já que outro estava encharcado de sangue graças a ferida que se abriu das garras de Lúcifer no momento em que ele ficou preso em sua frente.

"Mestre." Otan olha para Mímir. "Se for para agir, tem que ser agora."

Mímir não responde, apenas se mantém calmo e continua a acreditar em seu amigo.

Lúcifer avança mais uma vez na direção de Linnor, que faz o seu melhor para tentar acompanhar seus golpes. Mudando de padrão, o primeiro golpe é o ferrão, que avança até o rosto de Linnor, que desvia. No meio do caminho os braços do Príncipe Demônio se regeneram quase que completamente.

Dois golpes próximos das garras de lúcifer vem em sequencia, o primeiro Linnor deflete com sua Lâmina da Ordem Absoluta, mas o segundo acerta bem eu seu peito.

Os joelhos do paladino cedem e ele quase cai. Lúcifer aproveita e foca toda sua regeneração em seu braço direito, transformando-o em uma alabarda que colide com a arma de Linnor de cima para baixo, pressionando-o no chão mais uma vez. Linnor coloca toda sua força nas pernas para tentar segurar a pressão do golpe.

"Quem fala demais é você." Linnor alivia a força em suas mãos e joga a alabarda de Lúcifer para o lado. "Eu vou resolver isso agora."

Num golpe lateral perfeito, a Lâmina da Ordem Absoluta cruza o ar em um clarão, cortando a cabeça de Lúcifer com o golpe. Ela gira pelo ar e cai ao lado do paladino.

"Isso!!!!" Mímir pula da cadeira. "Vitória!!!"

O corpo de Lúcifer cai enquanto Linnor alivia a tensão de seu corpo, mas numa pequena fração de segundos ele percebe a mão do demônio se mexendo. Infelizmente, Linnor não teve tempo de reagir.

A arena fica em silencio total enquanto o corpo de Lúcifer se levantava, mesmo sem a cabeça. Entretanto, o mais impactante não era isso, e sim o estado de Linnor, que olha para baixo e vê as garras de Lúcifer atravessarem sua barriga.

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