Capítulo 3-"O chamado de Mímir"

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"Onde!?" Diz Nym e Rhastiel em uníssono.

Linnor leva a mão ao seu rosto, incrédulo que seus acompanhantes de viagem não sabem onde fica a Ilha de Flávia.

"Ela é uma ilha distante de Helísia, ao extremo leste daqui." Explica o paladino. "Ficou famosa pelos combates de coliseus e pelos bravos guerreiros que não pensam em nada além de barbárie e sangue."

Rhastiel e Nym não a conheciam, mas claramente não parece ser um lugar amigável. Linnor pede que eles se aprontem e se certifiquem que estão com tudo pois já irão partir. Enquanto os três descem as escadas Nym questiona quais serão seus próximos passos.

"Ainda não sei ao certo, mas não iremos direto para Flávia. Ainda temos duas semanas e precisamos de quatro membros, portanto ainda nós falta um." Linnor se lembra de uma de suas visões, um monastério imponente sobre o sol. "Acho que tenho uma ideia de onde podemos ir."

Enquanto isso, um pouco distante dali, mas ainda em Helísia, um anão se senta na ponta de uma montanha. Seu aprendiz olha para ele, esperando que termine sua apreciação da natureza diária, mas ao que parece esse ritual diário está demorando um pouco mais que o normal. As perninhas do anão balançam no ar enquanto ele fuma em seu charuto, após alguns minutos parado ele se levanta e olha para seu aprendiz.

"Otan, temos coisas a fazer." Diz o anão com a voz imponente.

Finalmente Otan ouve a voz de seu mestre e automaticamente se levanta, esperando que ele diga o que seria. Naturalmente seu mestre não responde e cabe a Otan perguntar o porquê.

"E o que seria?" Pergunta Otan.

"Conhece a Ilha de Flávia, não?" Questiona o anão, que vê seu aprendiz olhando para cima, tentando se lembrar de algo.

"Onde fica isso?" Pergunta Otan.

O anão suspira. É claro que os dois viveram isolados por muito tempo, mas não custa nada seu aprendiz nefilin estudar um pouco as culturas de fora.

"É uma ilha de batalhas. Prasinui quer que lutemos lá."

Quando o nome de Prasinui é citado Otan se surpreende. O deus Prasinui não é nada mais nada menos que um dos cinco deuses primários, ou seja, cinco dos mais poderosos e relevantes deuses que existem, além de ser aquele pelo qual Otan reza.

"Então devemos rumar imediatamente!" Diz Otan, já se preparando.

O anão confirma e diz que eles ainda devem recrutar mais duas pessoas para seu time, por sorte ele tem uma boa ideia de onde acha-las. Otan vê seu mestre se aproximando da borda da montanha e já reconhece o que ele quer fazer, então se prepara para pular.

"O de sempre Otan!" Grita o anão enquanto pula. Otan pula logo em sequência.

O clérigo muitas vezes se esquece que Mímir, querendo ou não, ainda não abandonou totalmente seu lado aventureiro, principalmente quando o ponto é adrenalina. Rapidamente o corpo de Otan começa a cair e as nuvens começam a tomar sua visão até ele não conseguir ver um palmo a sua frente. Subitamente Otan é segurado por cima.

Acima de Otan, afastando as nuvens com o bater de suas asas, está um grande dragão adulto. Sua aparência lembra levemente a de sua forma original, um par de chifres de madeira e uma linha desenhada em verde nos seus olhos, o que parece ser uma coroa de grama em sua cabeça e uma grande e longa cauda. Otan já pegou carona algumas vezes com seu mestre, Mímir Martelongo, portanto sabe que eles vão chegar rapidamente até onde ele quer chegar.

Old Dragon: Torneio da Conquista Onde histórias criam vida. Descubra agora