Capítulo 41-"Conquistadores de Albalor Vs Conquistadores de Prasinui"

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Syllael continua seu avanço em Azon dando um corte com sua cimitarra no rosto do monge que não consegue se defender a tempo. Azon tenta contra atacar, mas Syllael da um passo para trás e então se segura na parede do lado deles, pulando para o outro lado da muralha.

Um pouco antes, o meio-elfo havia ouvido um barulho familiar do outro lado da muralha e decidiu que teria que averiguar o que era. Quando ele cai no chão percebe um pouco a sua direita que o barulho era de seus companheiros Otan e Lok'tar, e seu alvo Mímir. Apesar de ter confiança que pode lidar com Azon sem problemas, os Conquistadores de Albalor estavam próximos dele e, mesmo que se ocupassem com o lunático Salazar Preyon, ele ainda teria problemas se lutasse contra Linnor Sherwood, por isso é bom ter algumas iscas por perto.

Rhastiel segura sua Vorka e entra em posição de batalha.

"Ajuda o Azon a cuidar daquele lá." Diz Rhastiel para Nym, enquanto olha de relance para Syllael.

"Pode deixar que eu lido com ele!" Grita Nym, que avança em Syllael.

Rhastiel saca sua Vorka e ataca Salazar de baixo para cima, que é defendido pelo cabo do tridente do adversário. Salazar fica irado ao perceber que Rhastiel planeja intervir em seu duelo com Linnor Sherwood e se prepara para acabar com o meio-orc de uma só vez, mas Rhastiel percebe uma abertura e da uma estocada com tudo na armadura de Salazar. O golpe é tão forte que parte da armadura dele, forjada com suas mãos experientes de artífice, racha e mostra parte da cota de malha que ele veste por baixo.

Rhastiel sorri, mas a força de seu golpe acabou tirando parte de seu balanço, o que da a Salazar a chance perfeita para um estocada na coxa de Rhastiel. Por pouco que o tridente não finca com tudo, mas mesmo assim foi o bastante para Rhastiel perceber que o artífice não é tão fraco assim. Salazar consegue sentir que, de alguma forma, a arma de Rhastiel tentou colocar algum efeito nele, mas sua raiva o blindou de qualquer malefício.

A alguns metros, Nym aparece na frente de Syllael e dá um corte rápido e mortal. Os reflexos de Syllael foram superados pela velocidade de Nym, o que faz com que o mercenário recebe um corte em seu pescoço. Por sorte seu instinto o fez recuar a tempo do corte não ser profundo o suficiente.

"Azon!" Grita Linnor. "Ajude o Nym!"

"Não enche o saco, eu já ia fazer isso!" Diz Azon.

Linnor julga que não precisa se preocupar e volta suas atenções para Salazar Preyon, se colocando entre ele e Rhastiel.

"Licença meu jovem, essa batalha é minha."

Rhastiel da alguns passos pra trás e deixa que Linnor lide com essa situação.

Os olhos de Linnor fitam Salazar.

"Era isso que você queria, jovem?"

Salazar abre um sorriso orgulhoso, gira seu tridente e se prepara para o combate que esperou por tanto tempo.

"Bom, é hora de esclarecer isso aqui." Diz Linnor.

O paladino faz um gesto com a mão e abre um pequeno campo de força de uma fina camada de energia divina. Aquela era a Zona da Verdade de Linnor, que obriga a uma pessoa em seu campo apenas falar a verdade. Linnor sabe que Salazar é um estudioso em magias, visto sua natureza artífice, então crê que ele entenderá que Linnor, o alvo da magia, não poderá contar nada mais que a verdade.

"Agora você vai poder tirar suas duvidas sem nenhuma controvérsia. Vai ver que estou falando a verdade."

Um pouco mais atrás, Azon faz o mesmo movimento que Syllael faz para pular a mureta. Azon cai ao lado de Nym, e um pouco a frente de Otan e Lok'tar, que viravam a esquina naquele momento. Azon amaldiçoa seu azar de estar cercado e se prepara para a luta.

"Vai se fuder!" Grita Salazar. "Você só sabe mentir!"

O artífice avança com seu tridente mirando na cabeça de Linnor, que facilmente desvia sem se mexer muito. De relance, Linnor percebe que uma inevitável colisão entre os Conquistadores de Prasinui e Albalor a poucos metros e decide que tem que resolver logo a situação de Salazar para ajudar seus companheiros.

Enquanto isso, um único time não se metia em perigos. Lansios, Miyahara e Naqrin andam pelo labirinto em silencio, exceto pelas falas de nervosismo do garoto meio-dragão.

"Aonde a gente tá? O que a gente faz? Vamos perder se ficar assim..." Diz Naqrin, nervoso.

"Calma." Lansios continua andando pra frente confiante. "Enquanto estiverem comigo vai ficar tudo sobre contro-"

Lansios pisa em uma armadilha arcana e some da vista de Miyahara e Naqrin, deixando os dois sozinhos no corredor escuro e frio do labirinto.

Lok'tar avança até Azon, mas antes que o golpeie ele toma uma posição melhor na batalha, se colocando entre o corredor do labirinto. Agora Lok'tar separa Linnor e Rhastiel, que estão atrás dele, de Azon e Nym, logo a sua frente.

A Lâmina Ancestral vai tomando velocidade enquanto Lok'tar a arrasta no chão, criando algumas faíscas que desconcentram Azon, e então acerta uma machadada de baixo para cima. Azon tem tempo de colocar seus braços na frente para proteger seu rosto, mas seu braço é parcialmente cortado. Logo depois Lok'tar avança no hobgoblin e quebra sua defesa, dando uma cabeçada em Azon e quebrando totalmente sua defesa. Como retaliação final, um outro corte mira na cabeça de Azon, que só tem tempo de desviar o bastante para não ter sua cabeça arrancada. A Lâmina Ancestral rasga o rosto do monge indo do seu lábio, na parte direita do rosto, até próximo da testa.

Com o impacto dos golpes, Azon é lançado e só não vai para longe porque atrás dele tem uma grande parede, que é aonde ele bate suas costas. Assustado, Nym percebe que Azon já esta pressionado e bem machucado, mesmo tendo lutado por pouco tempo com Syllael e Lok'tar.

O orc gira seu machado e percebe que ele já está no estado espiritual que atingira antes, só que dessa vez foi ainda mais rápido. Pouco a pouco, Lok'tar e a Lâmina Ancestral vão se entendendo melhor.

Otan é o próximo a chegar no campo de batalha, que já está uma confusão. Ele olha para os dois anéis que estão em seu dedo, um o que sua mãe o deu, e o outro o tal anel magico que ele e sua equipe recebeu da Fase Zero. Ele ainda não se acostumou com isso, mas decide que agora é o melhor momento pra ver do que aquele anel é capaz.

Ele se abaixa e olha para o chão. Ele é feito de varias pedras pesadas e, embaixo dele e em algumas frestas entre as rochas, está um pouco de terra, justamente o que Otan precisa. Ainda meio ressentido, Otan finca a ponta do anel na terra.

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