Capítulo 161-"Por meus amigos"

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As saunas do maior coliseu de Dominicia se esquentam enquanto um furacão de chamas e brasas se juntam em um único ser. Com seus braços, Azon afasta as chamas e revela uma aparência moldada pelo calor que seu corpo emana. Suas veias se destacavam do corpo, brilhando num vermelho alaranjado efervecente, enquanto parte de seu corpo, especialmente a ponta dos dedos, escurecia e lentamente crescia, mostrando que ele estava em combustão.

"Mas que diabos... É isso?" Pergunta Lansios, surpreso.

"Você me obrigou a usar essa habilidade." Diz Azon, com um sorriso. "Essa luta acaba aqui."

As chamas continuam lá, mas são chutadas para trás pela impulsão de Azon, que emana fogo de seu movimento e o chuta na direção de Lansios. O clérigo não tem tempo de reação e é parcialmente atingido, para logo depois voltar a se focar naquela ameaça que se colocava no ambiente.

Azon se movia rapidamente e desferia dezenas de socos em Lansios em alta velocidade, mas o clérigo rapidamente se dissipava enquanto um novo Lansios aparecia atrás do antigo, e então lança quatro raios radiantes em Azon. O monge apenas avança contra os raios, que o acertam mas não parecem causar dano considerável, e então ele desfere um chute poderoso na barriga de Lansios, lançando-o contra a parede.

O aspecto preto do corpo de Azon já tinha tomado todos os seus dedos e começava a crescer até as mãos, o que anunciava a combustão imediata. Azon não se preocupa, na realidade ele pula para trás e lança dezenas de raios radiantes onde Lansios estava. O clérigo desvia de alguns, quando é acertado se dissipa em ilusão e aparece em outra posição, mas mesmo assim ainda é queimado por vários deles.

Aquela técnica, a Coroa Estelar, era basicamente uma bomba relógio suicida. Azon estava sacrificando, gastando sua energia vital e a transformando em chamas e chi para poder atacar. Lansios julgava que, baseado na combustão rápida do corpo de Azon, aquela técnica durava apenas 30 segundos. Era basicamente uma luta entre um ser com grande poder de fogo mas pouco tempo e um ser que apenas tinha que continuar vivo a tempo.

Lansios saca sua espada e se prepara para resistir ao avanço de Azon, mas o monge aparece na frente dele e desfere um chute flamejante, que Lansios desvia ao se abaixar por pouco. Logo após o clérigo pula para o lado e dispara mais raios radiantes, mas Azon dispara os seus e eles colidem no meio do ar formando um pequeno impacto de energia. Antes que Lansios pudesse conjurar outra magia, Azon acertava um soco em seu estomago e logo depois um gancho, e então juntava suas mãos na frente do rosto dele.

A energia e o fogo de Azon se juntam nas palmas de sua mão em uma pequena esfera de chamas e chi condensado, e então ele a dissipa em forma de uma onda de fogo que cobre metade da sala. Lansios teve tempo de conjurar a magia que o faz desaparecer e reaparecer logo depois, mas isso faz com que Azon possa planejar seu próximo passo.

Após o fogo parar Lansios reaparece, e já ergue seu único braço para se proteger do chute lateral de Azon, sendo lançado em uma das saunas, que borbulhavam pelo calor. Lansios se levanta rapidamente enquanto olha seu braço, que apesar de não parecer, ele tinha certeza que tinha se quebrado com o impacto do chute.

"O que foi, Lansios Highal?!" Grita Azon. "Não gosta do calor?!"

"Aberrações como você me irritam." Responde Lansios, que aponta na direção do monge.

Uma energia esquisita sobe pelo corpo de Azon, que então sente seu corpo falhando. Lansios já tinha percebido que o corpo de Azon estava queimando por conta própria, então enfraquece-lo seria a melhor opção para segurar aquela luta até o final. Os Suplícios do Silêncio cobrem a arena e enlaçam Azon, que não se importa, pois aquelas correntes não serviam para restringir movimento nenhum.

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