Capítulo 155-"Coroa Estelar"

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Lok'tar guarda sua espada e pega Nym, mas é interrompido por Miyahara.

"Não, não, não! Não precisa mexer, só traz ele aqui pra perto!" Diz Miyahara, preocupado.

Lok'tar olha para Nym desacordado no chão e depois olha para Miyahara.

"Tá... Então como que eu trago ele sem mexer?"

"Sem jogar ele no ombro, cuidado com a ferida." Explica o samurai. "Pega ele com cuidado e tals."

Lok'tar estranha, mas pega Nym com cuidado e o leva até o lado de Miyahara. Depois o orc olha para suas feridas, no caso as feitas pelas adagas envenenadas de Syllael, e tenta tirar o veneno delas chupando o ferimento. Obviamente isso não funciona.

Miyahara ignora o orc e se aproxima de Nym. O samurai já estava completamente exausto e tinha gastado basicamente todas as forças na luta, mas ainda tinha uns últimos resquícios de energia divina. Ele usa o resto que tem em uma cura simples, colocando sua mão no peito de Nym e o curando, e logo depois curando a si próprio.

Enquanto o samurai faz os procedimentos curativos necessários, Lok'tar olha o corpo de Syllael buscando espólios da batalha, especialmente aqueles chatos dardos anti magia. Syllael estava com sua armadura de couro batido, duas adagas, contando a que ele ainda tinha na mão e, estranhamente, sem nenhum dardo magico. Aparentemente ele usou seu último para impedir a cura de Miyahara durante a luta.

Apesar disso o orc estranha. Ele viu a primeira luta de Syllael e Miyahara e sabe que o meio elfo tinha mais dardos do que os que ele usou naquela luta. Talvez, enquanto o mercenário estava concentrado no confronto, alguém o roubou.

Lok'tar se levanta e olha em volta procurando um certo alguém, mas não o acha.

"Akash, seu filho da puta!" Grita o orc.

Enquanto isso, Miyahara termina a cura em Nym. O jovem já estava bem ferido antes mesmo de entrar no combate, e agora com os novos machucados e o veneno de Syllael, se mostrava improvável que poderia lutar mais. Na realidade mesmo com a cura ele continuava desacordado. Tentar acorda-lo e forçar mais seu corpo numa outra luta poderia trazer danos irreparáveis.

Lok'tar se aproxima da ponta do teto, olhando para baixo e vendo o chão a muitos, muitos metros de distancia, afinal eles estão no topo do lugar. Com a situação acalmada, Lok'tar e Miyahara olham em volta do coliseu. Eles veem alguma fumaça subindo da sacada do Imperador, mas não sabem dizer o que estava acontecendo exatamente. Do outro lado, ainda no topo do coliseu, eles viam a batalha entre Elerd Qinlar e Mímir Martelongo contra Lansios Highal, e uma batalha colossal envolvendo várias pessoas na arena.

Lok'tar pega sua espada e seu escudo, que ele também tinha para a surpresa de Miyahara, e então parte para a luta do telhado, onde Mímir e Elerd estavam.

"Eu já vou pra luta também!" Grita Miyahara, já se afastando. "Eu sou vou levar ele pra ala medica e ver se eu consigo me curar!"

Lok'tar faz um joinha com os dedos que sobram em sua mão.

"Beleza, se achar minha Lâmina Ancestral me traz!"

Os dois se separam, com Miyahara levando Nym ao norte do coliseu enquanto Lok'tar ruma para o sul, almejando lutar ao lado de Mímir e Elerd.

Enquanto isso, dentro de um dos cômodos do coliseu de Flávia, nas saunas de lá, Azon se aquecia, girando os braços enquanto olhava para Lansios se levantando em meio aos escombros da parede.

"Ora, ora... O monge sabe bater, isso tenho certeza."

"Bom, seu maior erro foi duvidar disso." Responde Azon. "Agora vamos acabar logo com essa luta."

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