Capítulo 47-"Banimento"

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Uma grande águia pousa no chão. Mímir volta a sua forma normal e olha para frente.

"Nym Glynrae! Eu vim te caçar!" Diz Mímir.

O anão só tem tempo de ver o ultimo faixo de energia do teleporte de Nym para fora da arena.

"Oh... Ok." Mímir se transforma em águia novamente e voa pelos céus.

Enquanto isso, Lansios Highal faz mais alguns símbolos com a mão e a fecha. Ao abri-la de novo, um pó negro vai na direção de Vaeskia, que não tem a mínima chance de desviar e apenas vê seu peito ficando necrosado. O homem lagarto cospe sangue e vomita enquanto vê Lansios Highal caminhando lentamente pelo corredor.

A batalha entre Lok'tar e Linnor continua. O bárbaro se sente desafiado e avança com toda sua força contra Linnor Sherwood. A Lâmina Ancestral reage a força de vontade e a emoção do orc e parece aumentar ainda mais seu espiro de luta, assim chegando em um estagio de sincronia com o protetor de Terokkar que ainda não havia chegado.

O golpe de Lok'tar vem de cima para baixo e desloca o ar em volta de tão massivamente forte que é. Aquele golpe comporta toda a força de Lok'tar, na realidade, com toda certeza aquele golpe é o mais forte que ele já deu em toda sua vida. A Lâmina Ancestral acerta o Escudo da Alvorada com tudo, mas algo parece errado.

A força de Lok'tar se dissipa com o toque da Lâmina Ancestral no centro do Escudo da Alvorada. A joia no centro do escudo de Linnor, antes numa cor vermelha alaranjada, começa a brilhar mais intensamente até chegar numa cor amarela radiante. Lok'tar não entende o que é isso, mas seus instintos apitam que nem louco dizendo que algo está errado.

Linnor da uma jogada para cima com seu escudo e e Lok'tar recua. O orc olha para sua Lâmina Ancestral. Com toda certeza ela estava diferente, ele conseguia sentir isso, mas mesmo assim parece que todo o esforço de arma e orc foram em vão contra a defesa de Linnor Sherwood.

O barulho da colisão dos dois ecoa pelo labirinto, chamando atenção de Otan.

"Fada." Otan olha para o sprite. "Me segue."

O nefilin cruza a esquina e da de cara com o corpo desmaiado de Salazar no chão. A sua frente está Linnor Sherwood, que enfrenta seu companheiro Lok'tar. Agora o Herói de Helísia está cercado.

"Flecha. Nele." Diz Otan para o sprite.

"Sim, senhor, senhor!"

O sprite atira a flecha na direção de Linnor. A flecha acerta as costas de Linnor, que percebe a presença de Otan no local. Linnor está cercado. Por mais que sua superioridade em relação a Lok'tar seja clara, a dupla orc-nefilin já se provou extremamente competente, e além disso tem a vantagem numérica e o fator de estarem menos cansados ao seu lado.

Enquanto isso, a Esfera de Tempestade de Elerd persegue Karna Arvana, que se afasta enquanto repele parte dos raios com sua Língua Flamejante. A esfera vai tomando parte do campo de batalha e alcança Vaeskia, que sente apenas um pouco dos choques, mas está tão imerso em raiva contra Lansios que nem sente o golpe direito. Os raios acertam em cheio Karna, que mal consegue andar enquanto está dentro do alcance da magia, cercada pelos raios.

Karna tenta se desvencilhar do golpe mas apenas tem tempo de ver Elerd Qinlar surgindo a sua frente. Na mão do mago está a varinha azul que ele usou anteriormente na sacada de Albalor. Ele aponta a varinha para Karna.

Vaeskia finalmente tem sua concentração cortada ao ver um fio azul percorrendo o ar e indo até sua capitã. O raio azul ultrapassa a Língua Flamejante, mas Karna tem tempo de desviar do raio antes e acertar seu corpo. Ela não sabe o que aquilo faz, mas definitivamente não é bom.

Tomoki consegue ouvir os barulhos da batalha e, após ter certeza que Akash não vai se levantar, vai correndo até o barulho.

Miyahara olha em volta. A pouco uma águia pousou e voou a alguns metros dele, mas por sorte ela não parece tê-lo visto como ameaça. Sem Naqrin e com a orbe, o samurai decide continuar seu caminho seguindo até o norte.

As atenções de Vaeskia, antes em Lansios, agora estão em Elerd Qinlar. Assim como Karna, ele não sabe dizer o que aquele raio fazia, mas definitivamente não é bom.

O peito de Vaeskia começa a mudar um pouco de cor, indo do preto necrótico de Lansios até um vermelho forte. O efeito da magia ainda estava lá, mas o homem lagarto não sentia mais os danos graças a adrenalina que começava a percorrer seu corpo. Ele começa a tremer de leve enquanto os batimentos de seu coração começam a ficar mais e mais altos, Suas veias saltam e o olhar de Vaeskia se centra em Elerd. Um alvo. Uma presa.

Elerd levanta sua guarda, mas não tem tempo pois seus reflexos não superam a velocidade de Vaeskia. As duas espadas raspam na parede do labirinto e cortam horizontalmente Elerd, um corte um pouco abaixo do pescoço e outro um pouco em cima da cintura.

Elerd vê o sangue espirrar no ar e aponta sua varinha em Vaeskia, mas o homem lagarto corta seu ombro e faz Elerd errar o golpe. A besta continua a labareda de ataques e finca uma de suas laminas no peito de Elerd. A lamina não atravessa, mas entra bem fundo e faz o mago cuspir bastante sangue.

A espada de Vaeskia se move dentro do peito de Elerd, que se ajoelha com o impacto. Além dos ferimentos abertos, Elerd não tem como fugir.

Enquanto isso, Miyahara encontra Akash no chão. Ele corre até o companheiro e usa uma parte considerável de suas forças para curar os machucados do aliado. Após alguns segundos desacordado, Akash se levanta, limpa o sangue de seu queixo e aponta para o norte.

"Ele foi pra lá."

Akash saca sua rapieira e corre até a direção que apontou.

"Cacete, Akash!" Miyahara saca sua uchigatana e segue o companheiro. "Vamo junto, ô seu animal!"

Miz'ri corre até alcançar o núcleo da batalha e ficar a pouco mais de três metros de Vaeskia, e então passa a orbe para Elerd e faz alguns sinais de mão. De seus pés saem faixas negras que vão na direção do homem lagarto. Elas entram no corpo do alvo e começam a dissipar seu efeito necrótico de dentro pra fora. Vaeskia rosna em direção da elfa negra enquanto expele as faixas negras no puro ódio.

"Bem..." Linnor olha para Lok'tar e depois para Otan. "Parece que vocês me encurralaram."

"Em minha defesa eu também tava encurralado entre vocês dois e só matei um." Diz Lok'tar.

"Eu não queria tá fazendo isso. Você é amigo do mestre Mímir." Comenta Otan.

"Oi?" Retruca Linnor.

"É. Você é amigo do mestre Mímir, não?"

"Ele não está aqui?"

"Ah, você sabe. Mímir, né."

"Bom, eu vou procura-lo." Linnor desmonta sua postura de batalha. "Infelizmente vou ter que me despedir de vocês."

"Não ouse fugir dessa luta!" Branda Lok'tar, com a Lâmina Ancestral em mãos.

"Não sou eu que vou correr da luta." Linnor olha para os dois. "Vou ter que me despedir."

Linnor finca o Escudo da Alvorada no chão e segura a Lâmina da Ordem Absoluta.

"Albalor! Bana esses inimigos!"

Ele finca sua lâmina no chão e uma onda de energia radiante se espalha pela área. Quando a aura divina encosta Otan e Lok'tar eles são expelidos desse plano dimensional. Enquanto Otan é banido, a orbe se desprende do colar dele e vai para o aliado mais próximo, pois ela não pode ser isolada para outro dimensão.

Após alguns segundos de silencio, Linnor está sozinho. A poeira se alastra pelo lugar. Na realidade, ele repara uma pequena presença voando no ar, a fada de Otan.

"Buu"

O sprite grita em medo e sai voando para longe. Linnor olha em volta. É melhor achar um outro local para se recuperar.

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