Capítulo 77-"Sentença de morte"

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Tomoki olha para o corpo desmaiado de Miyahara no chão.

"Bom, acho que é esse o julgamento do Imperador." O Apresentador olha para o vencedor. "Você pode finaliza-lo agora."

Ele se afasta e deixa que Tomoki termine o serviço.

"O Tomoki ganhou né?" Vaeskia se aproxima ainda com a mão nos ferimentos. "Bom pra ele. Ah! Essa parte é massa, presta atenção."

"Isso! Isso! Entretenimento! É pra isso que eu vim aqui, porra!" Grita Mavmarir, empolgadíssimo com a execução publica.

"Bom, não a nada que eu possa fazer." Karna da de ombros. "É o julgamento do Imperador afinal. A decisão foi numa batalha, o samurai não conseguiu lidar com a Calamidade."

Uma parcela do povo de Flávia resiste a decisão do Imperador baixinho, afinal Miyahara, mesmo após uma performance fraca contra Tomoki, ainda é muito carismático e cativante.

Tomoki vai na direção do samurai, que recobra a consciência de leve. Sua cabeça gira e as feridas em seu corpo ainda doem bastante, inclusive ainda sangram consideravelmente, mas o que mais o preocupa é a Calamidade vindo em sua direção. A Kurokiba arranha de leve o rosto de Miyahara, que vê Tomoki se abaixar para falar com ele.

"Então, samurai. Eu realmente achei que alguém digno fosse me desafiar, afinal você deu trabalho praquele Syllael Qirona, mas que porra é essa? Nenhum desafio?!"

De fato, Tomoki nem estava machucado de verdade. Assim como a analise de Miz'ri constava, os golpes de Miyahara eram pouco efetivos na Calamidade, graças a sua resistência natural.

"Ultimas palavras antes de se juntar as terras de Rubruv."

Os Conquistadores de Albalor estavam em choque com a situação que viam na arena, especialmente Linnor, Rhastiel e Nym. É claro, alguns deles já tinham ouvido sobre execuções publicas, mas vê-las na sua frente e não ter o que fazer definitivamente é mais surpreendente do que ouvir da boca de um bebum numa taverna.

Lok'tar tenta pensar numa saída para salvar o samurai, mas ele está longe demais para que possa fazer algo. Otan segura sua alabarda e se levanta, mas Mímir o segura. O capitão não fala nada, apenas observa a arena. É evidente que sua intenção é deixar que o próprio Miyahara cuide das coisas, mas Otan nota que caso ele não consiga, Mímir pode, e vai, interferir na luta. Mesmo se for para comprar guerra com Flávia inteira.

Apesar de estar deitado no chão, com ferimentos mortais abertos e a lâmina amaldiçoada do deus da Raiva em seu pescoço, Miyahara franze os cenhos e olha no fundo dos olhos de Tomoki.

"Você não queria mais desafio? Porque não aguarda mais um pouco para a luta de grupo?"

Um silencio se instaura pela arena. Tomoki é o primeiro a agir.

"É uma promessa?"

"Pode preparar seu pescoço, da próxima vez não vai ser assim."

Tomoki respira fundo. Não custa nada deixa-lo vivo para ter um duelo melhor no futuro.

"Ai ai, sorte a sua que eu não fiquei furioso no meio da batalha, se não cê tava fudido."

Tomoki se levanta e ruma para a saída.

"Estou esperando ein, não vai inventar desculpa e deixar que o orczinho entre na luta comigo! Seu merda."

A plateia de Flávia, apesar de em choque, começa a vaiar e xingar Tomoki e Miyahara, que pouco se importam com seus xingamentos. Cícero também esboça uma cara de poucos amigos. Aquela era uma das poucas vezes que um gladiador recusava seguir o julgamento do Imperador, então uma reação como aquelas era totalmente previsível.

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