Capítulo 145-"Arrebatamento"

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Miyahara observava com surpresa a chegada de Nym no campo de batalha. O meio elfo volta sua atenção para o samurai alado.

"Me permite te ajudar, samurai?"

"Ah, ruivinho, eu tinha assuntos a tratar com ele, mas parece que você também. Então vamos acabar com esses merdas!"

"Bom, você ganhou um reforço, mas acho que não vai ser o suficiente, não é?" Diz Akash para Miyahara. "Mesmo sendo um dois contra dois, nós ainda temos a vantagem, você está bem machucado."

Nesse momento uma grande pessoa irrompe por debaixo do chão, surgindo atrás do ladino. Sua Lâmina Ancestral quebra parte do telhado enquanto ele surge, já se preparando para a batalha.

Em condições normais, Lok'tar falaria alguma coisa para zoar Akash e Syllael, mas ele já estava cansado de falar muito e não fazer nada. Agora era hora de lutar.

Enquanto isso, em outra região do coliseu, o Lansios Highal que havia lutado contra Mímir e Linnor, e portanto vestindo seu traje de batalha, estava sentado no trono do Imperador, balançando sua taça de vinho enquanto olhava a arena e seu mais novo Devoto de Jivin.

"Ah, te achei, filho da puta."

Lansios olha para trás e vê o hobgoblin membro dos Conquistadores de Albalor, Azon, que acabara de chegar no local.

"Ah, monge. Vejo que deve ter recebido minha proposta antes. Então, o que você acha? Trair seus companheiros e me ajudar?" O clérigo se levanta do trono e se aproxima de Azon. "Você não sabe o que pode ganhar, mas não se preocupe. Como governante de todo esse mundo, garanto que vou te dar muita-"

Azon acerta a barriga de Lansios, interrompendo seu discurso e logo depois chutando-o contra a sacada do Imperador.

"Hmph, não preciso de acordos com filhos da puta como você. Eu só preciso de uma coisa: esmurrar a sua cara."

Nesse meio-tempo,  os Conquistadores de Rubruv, guiados por Mavmarir Skamenos, chegam no meio da arena do coliseu, dando de cara com Rhastiel, Salazar e Miz'ri, olhando para o Devoto de Jivin Ulbrok, gritando em fúria.

"Monstro grande!" Grita Vaeskia, sacando suas armas.

"Que porra é essa?!" Grita Mavmarir, que saca sua Batuta de Rubruv.

Karna, que entendeu o que aconteceu com o aprendiz de Elerd, desembainha sua montante numa solavanco furioso.

"Lansios Highal... Você é o próximo!"

Em outro plano, o do Tesouro Sagrado do Conquistador, Linnor e Mímir tinham mais uma vez suas mentes invadidas pelas vozes, ordenando que eles completassem a missão que foi dada a eles.

Dominic observa isso em silencio, esperando que as vozes se acalmem, e depois continua:

"E então, o que vocês vão querer fazer?"

"Bom, deixe eu ver se entendi: o alvo das cinco divindades era você esse tempo todo. Nossa missão é te eliminar. É isso?"

Ele da de ombros.

"É, acho que sim. Infelizmente."

"Hmph, é lamentável. Na minha opinião, Lansios é a verdadeira ameaça dessa historia, e você seria um bom aliado contra ele."

"Você também." Diz Dominic, que olha para Mímir depois. "Vocês dois."

O anão olha para seu companheiro com um semblante preocupado, como se dissesse: "você realmente vai fazer o que estou pensando?"

"Como falei antes, há um modo, uma maneira, que posso tentar para... Mover um individuo desse local para o outro." Linnor olha Mímir. "É só você não resistir e já vai estar lá, se meu plano estiver certo."

"Tem certeza que quer fazer isso? Você acha que..." Mímir olha para Dominic e depois olha para Linnor, especificamente para seus ferimentos. "Está querendo enfrentar ele sozinho, é isso?"

"É a missão que me deram. Vou ter que cumpri-la, ou morrer tentando. Mas você não precisa fazer parte disso, você tem que ir lá e parar o Lansios." Linnor se ajoelha, ficando na mesma altura que o anão, e coloca sua mão no ombro dele. "E por favor, Mímir, não seja tão descuidado. Quando você estava na forma de águia, abriu vários pontos pontos para ele te atingir. Trabalhe em equipe, e foco."

"Hm, alguém mais jovem que eu não deveria estar me dando sermão." Diz Mímir, emburrado. "Mas já que é você, eu vou aceitar."

O anão bate no ombro de Linnor também.

"Nós vamos nos encontrar do outro lado. Ok, garoto Sherwood?"

Linnor abre um sorriso triste.

"Até mais, Mímir."

O paladino toca na testa do anão, que é envolto de uma luz branca e some daquele plano, deixando Dominic sozinho com Linnor.

"É uma pena que a gente tenha que resolver isso dessa forma. Não entendo, porque tem que seguir esses deuses que vocês tanto gostam?"

Linnor parece sentir isso como uma pontada em seu coração. Suas ações já tinham se mostrado erradas no passado, e ele parecia continuar errando mesmo assim.

"É... As vezes parece que não temos controle das nossas ações. Somos levados pelas circunstancias do mundo, forças externas. Vou tentar mudar isso, mas por enquanto, você vai estar no meu caminho."

Linnor se levanta e saca sua Lâmina da Ordem Absoluta.

Dominic abre um leve sorriso.

"Bom... Vamos pelo menor fazer isso ser um pouquinho divertido."

Ele pega seu cetro de um pequeno portal que surge ao seu lado. Nele brilha a joia branca, e logo depois um outro portal, também branco, se forma, de onde ele guarda o cetro e saca o Tesouro Sagrado da Ordem, o Escudo da Alvorada.

"Não vai ficar bravo comigo, né?"

Old Dragon: Torneio da Conquista Onde histórias criam vida. Descubra agora