Capítulo 101-"O homem que vai derrota-lo"

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"Ah... Tentando se esconder atrás de muralha? Tá com tanto medo assim?" Pergunta Linnor, enquanto sai das chamas.

"Não, não, não. Não se preocupe, eu não tenho o costume de fugir de merdinhas como você."

Lúcifer avança mais uma vez, mirando o pescoço de Linnor, que empurra sua mão com o Escudo da Alvorada. Mesmo assim o avanço de Lúcifer não para e ele da uma garrada no paladino, que se mantém na defensiva, mas se vê sem espaço para desviar, já que atrás de suas costas está a muralha de fogo ainda conjurada.

Um ferrão cruza o ar e quase rasga o olho direito de Linnor, que se esquiva no ultimo segundo. Após um desvio, Linnor sabe que não conseguirá uma segunda vez, por isso levanta seu Escudo da Alvorada, defendendo outro golpe de mãos nuas de Lúcifer, que começa a ficar extremamente irritado, já que ele mal acerta seu adversário. O paladino é pressionado para baixo pela força brutal do demônio, mas se mantém vivo na disputa e deixa que o Escudo da Alvorada acumule todo o impacto o do golpe.

"Você vai ficar se escondendo nesse seu escudinho?!" Grita Lúcifer.

"Não." Linnor se desvencilha do demônio. "Vou te mostrar um pouco de minhas habilidades!"

Com a abertura em sua defesa, Linnor aproveita a chance e da um estocada com toda sua força na barriga de Lúcifer, atravessando-a quase totalmente. Linnor pressiona mais o golpe, colocando mais energia divina na Lâmina da Ordem Absoluta, o que obriga Lúcifer, pela primeira vez no combate, a recuar alguns metros, se desvencilhando do golpe. O demônio olha para seu ferimento, seu estomago começa a se regenerar lentamente, e depois olha para sua mão.

"Que engraçado, eu voltei de novo só com uma parcela do meu poder." Lúcifer redireciona sua atenção para Linnor. "Olha, qual era o seu nome mesmo?"

"Eu sou Linnor Sherwood, o Arauto da Ordem e da Luz, e também o homem que vai derrota-lo."

Lúcifer olha para aquele pequenino homem e uma serie de memorias tomam conta de sua mente. Palavras semelhantes aquelas já foram ditas para ele uma vez, por um outro homem, aparentemente relacionado ao próprio que estava em sua frente. Ou alguém planejou isso, ou era uma clara obra do destino.

"Você é o filho do que eu lutei aquela vez. Que engraçado. Isso é coisa de Prasinui ou foi arranjado por vocês mortais?" Lúcifer olha em volta. "Quem me conjurou aqui... Foi o garoto? Ele me parecia fraco demais para isso."

"Não o subestime." Responde Linnor.

"Um moleque como aquele? Me poupe, ele não é capaz de fazer nada. Aceitou por desespero minha proposta. Inclusive, você parece gostar dele, então vou te contar uma coisa." Lúcifer aponta para Linnor com uma de suas unhas pontudas. "Se está planejando me matar, é melhor tomar cuidado, pois o moleque vai junto comigo."

"A morte é algo que você não merece."

De novo, a mesma confiança que um dia surpreendeu o demônio. Ele sabe exatamente o que o paladino planeja fazer.

"Hm, interessante. Você está bem orgulhoso de suas habilidades. Mas vamos ver o que você faz com isso."

Lúcifer da um chute, mas antes que acerte o alvo seu pé se transforma em uma grande clava que colide com o Escudo da Alvorada. Ele avança com mais uma garrada, acumulada pelo escudo como sempre. Mesmo defendendo, Linnor é jogado alguns metros pra trás e bate na muralha de fogo, que se dissipa com o impacto.

Linnor se prepara para um avanço, mas é surpreendido ao ver Lúcifer fazer sinais de mão bem característicos. Surgindo de sua boca, uma grande bola de fogo vai na direção de Linnor, que tem tempo de reagir se abaixando e colocando o Escudo da Alvorada em sua frente, limpando quase todas as chamas do caminho.

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