Capítulo 8

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Oi pessoal tudo bem? Vamos para mais alguns capítulos. Mais tarde responderei os comentários. Obrigada por acompanharem mais uma história. Bjs

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PRISCILLA NARRANDO...

Eu fiquei muito mal com aquilo que a minha filha falou. Eu me senti uma merda com aquilo tudo. Eu me senti uma péssima mãe. Eu estava falhando tanto com ela. Eu não comi nada aquele dia, tomei meus remédios depois que sai da piscina, tomei banho e fui dormir. Quando acordei vi a senhorita Smith em cima de mim e aquilo me assustou muito. Ela me viu, ela viu meu rosto e eu estava apavorada com isso. Ela disse que eu não acordava, que minha glicemia estava baixa. Eu a mandei sair do quarto eu não queria que ela tivesse me visto. Eu me levantei estava tonta, me sentei na mesa do meu quarto e tomei o café da manhã que estava ali, a vitamina de banana. Logo me senti mais forte então fui tomar banho, lavei meu cabelo, coloquei uma roupa confortável e fiquei sentada vendo o mar da minha janela e pensando em tudo. Logo liguei na cozinha e pedi que a senhorita Smith subisse. Ela logo chegou.

Eu: Entra e sente-se por favor... – falei sem olhar pra ela.

Nat: Se sente melhor?

Eu: Sim, obrigada. – eu não a olhava. – O que aconteceu?

Nat: Maya gritou por socorro dizendo que a senhora não acordava – meu coração apertou – Celeste e eu subimos e a senhora estava gelada. Chequei sua pressão, sua glicemia e estavam baixas. Eu pedi a Celeste que preparasse uma bandeja de café da manhã e uma vitamina pra senhora, eu elevei suas pernas, abri o quarto para ventilar para ajudar a acordar.

Eu: Minha filha está ai?

Nat: Não. Eu a mandei para a escola. Mas já mandei mensagem pra ela avisando que está melhor.

Eu: Obrigada. Eu não comi nada ontem a tarde e nem a noite.

Nat: É, eu sei. – suspirou. – Eu... Eu ouvi a briga lá de baixo.

Eu: É... – deixei cair uma lágrima que sequei rapidamente.

Nat: Sua manicure e sua cabeleireira querem confirmar o horário para amanhã.

Eu: Pode confirmar, por favor.

Nat: Tá... Precisa de mais alguma coisa?

Eu: Ficou com medo?

Nat: Medo de que?

Eu: Disso? – apontei para o meu rosto a encarando.

Nat: De maneira alguma senhora. Mas eu entendo que evite que a gente te veja.

Eu: Minha filha, quando me viu pela primeira vez, ficou com medo e desde então eu evito aparecer pra todo mundo. Todos que trabalham pra mim aqui, meu braço direito o Rodrigo, minha cabeleireira, minha manicure, minha família já me viram, não tem medo de mim mais, minha filha se acostumou. Mas é pessoal, é intimo não aparecer. Eu me sinto um monstro.

Nat: Por favor senhora, não fale assim. A senhora não é um monstro. – uma lágrima caiu – Eu entendo seus receios e o seu trauma, mas não se chame assim. A auto estima de uma mulher quando se abala é bem complicado e imagino como tem sido difícil pra senhora, mas saiba que a senhora é uma mulher muito bonita e tudo isso é temporário, logo vai se recuperar e vai se sentir a vontade de se mostrar ao mundo de novo.

Eu: Puxa saco – dei uma leve risada e ela riu.

Nat: Não sou puxa saco de patrão. Estou sendo honesta. – ela tinha um sorriso lindo – E sua filha te ama muito.

Eu: Eu sou uma mãe horrível.

Nat: Não é. Ela sente sua falta, ela sente falta da senhora ser mais presente na vida dela. – parou de falar – Desculpa. Ela falou um pouco comigo ontem. Mas ela não pensa tudo aquilo da senhora, ela só sente sua falta. Ela tem um sarau no colégio amanhã. Ela vai se apresentar, é a tarde as 17:30. – tirou do bolso e me deu – Ela gostaria muito que fosse.

Eu: Como eu vou aparecer assim?

Nat: Se quiser, eu posso te ajudar com isso.

Eu: Pode ir senhorita Smith.

Nat: Ok. Se precisar de alguma coisa só me chamar.

Eu: Obrigada... Por tudo...

Nat: Por nada senhora. – pegou a bandeja e desceu. Fiquei olhando aquele folheto do sarau por um bom tempo. Minha filha ama a música e eu gostaria muito de vê-la se apresentar. Peguei meu celular e mandei mensagem para a Rafaela.

Eu: Oi Rafa, como está?

Rafa: Oi Pri, estou bem e você como está?

Eu: Não passei muito bem essa manhã, briguei com a minha filha ontem. Enfim... Agora estou bem.

Rafa: Me conta isso direito...

Eu: Gravando áudio... – mandei um áudio pra ela contando tudo.

Rafa: Nossa a Maya pegou pesado. Ao mesmo tempo que fico triste pela reação dela, fico triste por ela porque eu entendo que ela sinta sua falta, mas também entendo seus receios.

Eu: A senhorita Smith disse que pode me ajudar a sair de casa para ir ao sarau da Maya no colégio amanhã.

Rafa: Se ela disse que pode, é porque ela pode. Acredite.

Eu: De onde tirou essa mulher hein? Além do ex marido bandido que quase a fez apodrecer na prisão.

Rafa: Ela é minha amiga a muitos anos e é uma pessoa linda, por dentro e por fora.

Eu: Ela é uma boa pessoa. É difícil ficar armada na frente dela.

Rafa: Desarme... Não precisa ficar armada diante dela. Seja a Priscilla que eu conheço. Vai se encantar por ela.

Eu: Não quero me encantar por ninguém Rafaela. Até parece que está me jogando pra cima dela.

Rafa: Falo nada. – eu não mandei mais mensagem pra ela.

Eu almocei e depois fui para o escritório, tinhaque assinar alguns papeis que Rodrigo tinha pedido. Assinei tudo respondi todosos e-mails e subi para descansar, estava sentindo dor. Minha filha chegou docolégio com uma amiga, eu não sai do quarto mais. Liguei na cozinha e pergunteiquem era a menina e era uma amiga da escola. Elas iam ensaiar para o sarau,porque iam tocar e cantar e o motorista da menina a buscaria no inicio danoite. 

Marcas do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora