Capítulo 56

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6.4 k muito obrigada...

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Tinha algo errado. Ela estava com febre de novo. Consegui acordá-la e a abracei. Ela chorou muito falando sobre cadeia, sobre medo. Eu dei remédio de novo e fui fazer um chá, dei a ela aos poucos e ela dormiu. Eu não consegui dormir mais, tinha algo errado. Mandei mensagem pra Rafa contando o que estava acontecendo e ela me respondeu que poderia ser febre emocional, porque a Natalie esteve na advogada dela e parece que o ex marido dela pode receber o beneficio de ir para prisão domiciliar, o que era um completo absurdo e ela estava com muito medo. Estava explicado. Tomei meu café sozinha, fiz uma bandeja pra ela e ela estava no banho. – Bom dia... – falei quando ela saiu de roupão com uma toalha no cabelo.

Nat: Bom dia - falou baixo. E ela parecia ter chorado no banho.

Eu: Fiz pra você. Teve febre quase a noite toda.

Nat: Não precisava se preocupar, já estou melhor, eu ia fazer o café da manhã. Que horas chegou? – sentou na cadeira.

Eu: Era umas 22 horas mais ou menos, meu pai me trouxe, eu fui ver a Marina fiquei um bom tempo lá, depois fui ver meus pais e minha filha e acabei jantando com eles.

Nat: Ah tá. – ela estava triste de verdade.

Eu: Vamos conversar?

Nat: Sobre?

Eu: Sobre o que está acontecendo com você.

Nat: Eu estou bem.

Eu: Não está amor. Eu sei que existe uma possibilidade do seu ex marido ir para prisão domiciliar, e foi isso que desencadeou sua febre emocional, você ficar tão nervosa ontem. – ela suspirou. – Podia ter me contado, eu posso ajudar.

Nat: Não quero que você se envolva nisso Priscilla. Isso pode ficar muito maior do que você pensa.

Eu: Você está com medo Nat. Eu não posso fingir que não está acontecendo nada. Você é minha noiva, a gente vai dividir uma vida, não vou ignorar isso.

Nat: Existe essa possibilidade... – me explicou tudo.

Eu: Eu tenho um advogado criminalista excelente. Doutor Antônio Carlos Fonseca, ele é o melhor do Rio de Janeiro, vou coloca-lo no caso.

Nat: E o que vamos alegar Priscilla? Eu não posso alegar nada.

Eu:Medo... Você teme pela sua vida, sua segurança, seu bem estar, então vamosalegar sua apreensão dele se aproximar de você. Ele é traficante, e a justiça seachar um fio de cabelo fora do lugar que puder incriminá-lo para não dar essebeneficio absurdo que o advogado dele está pedindo, eles vão fazer. Mas elesprecisam de um motivo Natalie e alguém tem que dar. Você está acuada, você estácom medo e não pode ficar assim. Vou falar com ele e marcar um horário. – ela começou a chorar e eu a puxei para o meucolo. – Vai ficar tudo bem ok? Eu estoudo seu lado não vou deixar nada de mal te acontecer... – marquei com oadvogado e ele iria lá em casa na manhã seguinte. Natalie passou o dia todocalada e triste, e me doía vê-la daquele jeito. Eu tratei logo de dar muitoamor e carinho pra ela. Na manhã seguinte doutor Antônio Carlos chegou lá emcasa, conversamos com ele por três horas e ele disse que poderia apresentar umpedido de impedimento com uma medida protetiva e proteção policial para ela, eisso faria a justiça reavaliar o caso de prisão domiciliar dele. Natalie ficoumais tranquila com aquilo, até a carinha dela melhorou. 

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