Capítulo 83

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Elas desceram do carro, Paulo desceu um mundo de malas. Elas logo entraram.

Maya: Mãe? – eu sai do escritório.

Eu: Oi filha – sorri de leve e a abracei - Como foi de viagem?

Maya: Muito bem.

Eu: Mikaella.

Mikaella: Priscilla...

Eu: Que surpresa, não esperava você aqui.

Mikaella: Eu resolvi trazê-la, depois do que ela aprontou numa loja em Nova York.

Eu: O gasto milionário que ela teve? Eu abri a fatura hoje e só não cai dura no chão porque eu estava sentada.

Mikaella: Maya derrubou uma escultura de cristal no valor de 220 mil dólares que virou caquinhos. Saiu até no jornal de NY. Era uma arte em exposição.

Eu: Meu Deus.

Mikaella: O avô dela ia pagar, mas ela quis pagar e pediria a você para tirar da herança dela.

Eu: É isso mesmo que eu vou fazer. Nem eu e a Malena juntas gastávamos isso em um mês em NY que dirá duas semanas. Você é muito desastrada minha filha, imagina se fosse algo absurdamente mais caro? Eu teria que vender seus órgãos.

Maya: Foi sem querer mãe, não vai mais acontecer.

Eu: Maya você quase botou fogo no seu colégio, eu tive um prejuízo de 30 mil reais, e agora vamos pagar 220 mil dólares, numa escultura. Pelo amor de Deus.

Maya: Desculpa mãe, não vai mais acontecer.

Eu: Sobe com essas malas, toma um banho. Sobe a mala da sua avó e coloca no quarto de hospedes.

Mikaella: Oh não precisa eu fico num hotel.

Eu: Imagina Mikaella, essa casa é enorme, fique aqui.

Mikaella: Obrigada. – Maya subiu.

Eu: E como foram essas duas semanas? – ela sorriu.

Mikaella: Foram ótimas. A gente saiu bastante, fizemos muitas compras, fomos ao parque de diversões, fomos ao salão, fomos ao cinema, fizemos muitos passeios. Jarod está no céu. Não pode vir porque não podia adiar algumas reuniões. Ele tirou essas duas semanas para se dedicar a ela. Mas foi incrível. Foi muito bom conhece-la melhor. – sorriu um tanto sem graça.

Eu: Fico feliz que tenha sido legal para vocês. Poderia ter acontecido a mais tempo não é Mikaella? Sem necessidade daquele processo, de colocar aquele homem no meio que ao sair da clinica pode muito bem querer se aproximar dela enquanto ela não quer isso.

Mikaella: Eu sei que eu errei Priscilla, eu me lembro disso todos os dias. E eu peço desculpas por isso. Esses dias com a minha neta foram impagáveis e eu quero muito ter mais dias assim com ela. Ela disse que tem férias em dezembro e em janeiro não é?

Eu: Sim. O ano letivo aqui é diferente dos Estados Unidos. Ela entra de férias no começo de dezembro e as aulas retornam na primeira semana de fevereiro.

Mikaella: Você pode nos conceder alguns dias dessas férias dela com a gente? – perguntou sem graça.

Eu: Se ela quiser ir, não vejo problema. Ela passa o natal e o ano novo comigo, e o meu aniversário em janeiro. Depois ela tem mais uns 20 dias de férias, se ela quiser ir para NY ficar com vocês, com a Mariela, eu não vejo problemas.

Mikaella: Obrigada. Isso é muito importante para nós. A gente quer viajar com ela pra algum lugar.

Eu: Vai precisar de uma autorização minha por escrito, a gente providencia. Agora sobe vai tomar um banho, descansar. Vou te levar até seu quarto.

Mikaella: Obrigada. – subimos e eu a deixei no quarto dela.

Eu: Tem tudo que precisa aqui, tem um roupão também, tem toalhas, se precisar de alguma coisa só chamar.

Mikaella: Obrigada. – eu fui para o meu quarto, liguei pra minha sogra pra saber da Natalie, ela disse que ela estava fazendo exames a uma hora já, para fazer avaliação e ver se já podia ir para o quarto. Pedi que me ligasse quando pudesse falar. Acabei fazendo sala o dia todo pra Mikaella. Ela iria embora na segunda a noite. A noite após o jantar eu me fechei no quarto e liguei pra Natalie, ela já tinha ido para o quarto.

Chamada de Video...

Eu: Oi baby...

Nat: Oi... – sorriu de leve. Seu rosto ainda bastante inchado e roxo.

Eu: Como passou o dia?

Nat: Com dor, cansada. – suspirou – E com saudade.

Eu: Eu morri de saudade o dia todo. Mas já pedi para agilizarem sua transferência pra cá, vou pedir para prepararem um quarto para seus pais aqui em casa e na Gávea também. Ou se eles preferirem mais privacidade, podem ficar no apartamento.

Nat: Acho melhor o apartamento amor. Eles vão ficar mais a vontade. Eles podem usar meu carro, ele está na minha tia.

Eu: Ok, vou providenciar tudo.

Nat: A Maya chegou?

Eu: Sim... – contei tudo a ela e da Mikaella. Logo a gente desligou. Dois dias depois Mikaella foi embora e eu finalmente me senti a vontade dentro da minha casa de novo. Falei com a tia da Natalie, ela deixou o carro dela na garagem do prédio. Pedi a Joana para fazer supermercado e abastecer o apartamento. Natalie chega na terça feira. Eu ia levar Maya para o colégio e ia espera-la no hospital. Ela chegaria de UTI aérea e seria levada para o Copa Star de helicóptero. Eu não podia ouvir barulho de helicóptero que já me dava um negocio ruim. Ouvi o som do helicóptero chegando e em seguida meu motorista chegou com os pais dela. – Fizeram boa viagem?

Debora: Sim. Ela ficou um pouco agitada, chorou, tiveram que dar um remédio pra ela dormir.

Eu: O que houve?

Debora: Ela estava ansiosa. Queria te ver logo.

Eu: Vamos entrar. – Entramos falamos com os médicos que cuidariam dela. Ela estava num apartamento bem amplo, assim poderíamos ficar com ela 24 horas. Ela teria o melhor atendimento do país. – Debora, o apartamento que a Natalie estava morando é meu, ele é bem confortável, é mobiliado. Eu pedi a minha governanta para abastecer despensa, a geladeira, o carro da Natalie está na garagem a Helen já o levou para lá, aqui estão as chaves, vocês podem ficar lá. – expliquei tudo pra eles. Meu motorista os levou pra lá, eles estavam exaustos das ultimas horas então iam descansar. A Natalie acordou eu estava do lado dela. – Oi amor. – sorri.

Nat: Oi. Que saudade, me abraça. – começou a chorar.

Eu: Eu estou aqui está tudo bem com você amor fica tranquila.

Nat: Não me deixa sozinha nunca. Promete pra mim?

Eu: Eu não vou deixar, eu te prometo... – dei um selinho nela. Ela estava muito fragilizada, teríamos que ver com um psiquiatra e um psicólogo, já que a recuperação dela vai ser um pouco demorada.

Marcas do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora