No fim de novembro eu já não estava mais roxa, já tinha tirado o gesso do braço, mas ainda usava um tipoia. Minha mãe já tinha ido embora, e eu já ia voltar para o meu emprego na empresa da Priscilla. Eu dormia lá todo final de semana. Priscilla andava nervosa, porque Maya estava rebelde ultimamente. Não se sabe se foi a decepção amorosa dela, ou o que está acontecendo, mas isso está tirando o sossego da Pri. Cheguei na casa dela na sexta a noite, ela discutia com a Maya.
Maya: Eu não vou entregar.
Pri: Me dá o telefone Maya, eu não vou falar de novo.
Eu: O que foi?
Maya: Minha mãe quer tomar meu telefone.
Eu: Priscilla?
Pri: Eu a peguei mandando nudes, com os peitos de fora. – eu arregalei os olhos.
Eu: Maya, isso é sério?
Maya: Isso é exagero dela – falou com raiva.
Eu: Meu Deus... Olha só... Maya entrega o telefone pra ela, depois vocês conversam.
Maya: Estava demorando você ficar do lado dela – jogou o telefone no chão.
Eu: Maya... – ela subiu as escadas e bateu a porta. A Pri pegou o telefone e foi olhar as fotos dela.
Pri: Olha isso Natalie – me deu o telefone.
Eu: Meu Deus... Tem fotos aqui que nem eu teria coragem de tirar.
Pri: Eu vou matar essa menina.
Eu: Amor calma... Primeiro precisa identificar o que está acontecendo com ela. Porque ela está agindo assim. Se tem a ver com a decepção dela com o garoto, se tem alguma amizade que está a influenciando de alguma coisa.
Pri: Natalie tem algo a mais nisso. Eu conheço a minha filha, ela não é assim. Ela está num grupo da igreja, ela ajuda crianças carentes em acampamentos, ela está num grupo de bons amigos. Eu sinto que tem algo a mais de errado nisso.
Eu: Eu vou tentar falar com ela depois ok, vamos deixar a poeira baixar. – dei um selinho nela. – Eu te amo. Fica calma, vai passar minha vida. – nos beijamos.
Pri: Eu te amo... – me abraçou forte. A cozinheira terminou o jantar, eu chamei a Maya e sentamos para jantar. Quando fomos para cama ela resolveu puxar o assunto de casamento. – Amor?
Eu: Oi?
Pri: Quando a gente vai casar?
Eu: Você quer casar?
Pri: Quero. Acho que já podemos pensar nisso. Não precisamos casar mês que vem, mas podemos começar a organizar. Maya faz a festa dia 1 de abril podemos marcar pra depois disso, porque essa festa de 15 anos provavelmente vai me enlouquecer, embora a minha mãe esteja cuidando de tudo com o buffet dela.
Eu: O que acha de julho?
Pri: Boa ideia, mas não vai estar um pouco frio?
Eu: É verdade. – pensei um pouco. – Outubro?
Pri: É... Eu gosto... Maya vai para os Estados Unidos pra casa da tia ou dos avós e a gente viaja de lua de mel.
Eu: Então vamos nos casar. – sorri e a beijei.
Pri: Vamos nos casar. – passamos um tempo na cama conversando, eu ainda não podia transar embora estivesse subindo pelas paredes já. Eu sentia muitas dores no corpo ainda então eu ainda tinha uma certa restrição. Na manhã seguinte Maya estava na piscina sozinha, eu desci com a Pri para tomar café, Maya já tinha tomado. Depois que terminei de comer fui até a piscina, ela estava tomando sol.
Eu: Bom dia.
Maya: Bom dia.
Eu: Vamos conversar?
Maya: Sobre?
Eu: Sobre os nudes que você tem mandado. – ela suspirou. – Maya, isso é muito sério. Já pensou alguém espalha isso? – ela começou a chorar. – Você não está fazendo isso porque você quer. Tem alguma coisa errada então por favor, me diz o que está acontecendo? Sua mãe pode resolver, eu posso ajudar.
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Marcas do Passado
FanfictionNatalie Kate Smith, 34 anos uma mulher que perdeu tudo por causa de um casamento fracassado e cheio de brigas com Tiago Deam que tem sua idade e hoje está preso por tráfico de drogas. Ela não imaginava que seu marido era um dos maiores traficantes d...