Capítulo 26

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 Desfiz minhas malas, depois fui tomar um banho, lavei meu cabelo, o sequei com o secador e desci, estava com fome. Minha cozinheira de fim de semana tinha deixado comida pronta, era só colocar no forno. Ela deixou uma lasanha. Eu coloquei no forno, abri um vinho. Maya desceu pra jantar já de banho tomado e pijama. A gente comeu falando da semana que ela vai ter algumas provas então passaria o domingo estudando e ia ficar a semana toda na Gavea pra ficar mais perto do colégio e meus pais a levariam para o colégio. Natalie já tinha ido para a casa da tia dela ou do namoradinho. O domingo foi terrível pra mim, muitas dores, muita irritação, a Maya mesmo falou que eu estava insuportável. Na segunda de manhã ela foi pra escola, o Paulo a levou e ia deixar a mala dela na casa dos meus pais. Eu estava sozinha novamente. Ou quase...

Nat: Podemos conversar?

Eu: O que faz aqui? - perguntei séria. – Está de folga esqueceu? – falei subindo as escadas e ela veio atrás.

Nat: Não esqueci. A gente pode conversar como duas adultas civilizadas que somos?

Eu: O que você tem para falar senhorita Smith? – cruzei os braços. Ela fechou a porta e trancou.

Nat: É Natalie... Estou de folga, não sou a senhorita Smith aqui. Aqui é a mulher que transa com você.

Eu: E com meu advogado.

Nat: Ah você está com raiva porque eu sou solteira e transei com um homem divorciado? – falou com tom de ironia.

Eu: Está quebrando muitas barreiras éticas aqui senhorita Smith. Melhor parar.

Nat: Admite que você sente ciúmes de mim... Dona Priscilla... – se aproximou.

Eu: Não sinto ciúmes de você. Não seja emocionada. – ri debochada. Sentia sim...

Nat: Sua cara te entrega muito, não seja durona e arrogante. A sua arrogância como escudo não te ajuda muito Priscilla. Vai viver como fera pra sempre? Se escondendo? Não deixando ninguém amar você? Não deixando ninguém se aproximar de você porque a qualquer momento você as trata feito lixo? Você está sempre armada, você está sempre pronta pra atacar alguém parece uma cobra, sempre a espera de dar o bote.

Eu: Quantas metáforas. Está convivendo muito com meu advogado.

Nat: Para de falar assim, eu não estou convivendo com ele. Eu sai com ele, a gente se divertiu e a gente transou. Eu não vou namorar com ele e nem me casar com ele não sua estupida ciumenta. Quer exclusividade? Fala o que a gente tem e aprende a me tratar como gente, caso contrário você não pode mandar em absolutamente nada na minha vida e muito menos na minha boceta. – que abusada - Eu trabalho temporariamente pra você, fora do meu horário de trabalho eu não te devo satisfação da minha vida.

Eu: Está demitida. – falei com raiva.

Nat: Ótimo. Adeus senhora Pugliese.

Eu:Adeus senhorita Smith. –ela saiu do meu quarto. Que ódio... Eu detestava ela... Mentira... Eu não adetestava, eu não sabia porque eu estava a afastando tanto de mim. Droga... Avi pela janela colocando as coisas dela no carro uma hora depois, ela tinhaesvaziado o quarto. 

Marcas do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora