Marcas do Passado

Capítulo 104

Nat: Definitivamente eu quero me casar num cartório e comer coxinha depois na padaria. Muita flor, muita luz. – ria.

Eu: Eu te disse. Minha mãe vai me entregar a conta disso e vai fugir do país, tenho certeza – rimos.

Nat: Mas ela estava tão feliz, ela se divertiu tanto né?

Eu: Sim. Foi a festa dos sonhos dela.

Nat: Foi realmente dos sonhos, a decoração, a comida, os vestidos... Nossa, cada um mais lindo que o outro.

Eu: Aquele curto ela não queria não. O que ela queria eu não deixei comprar.

Nat: Por que?

Eu: Por que ele custava mais que a minha Mercedes. Ela tem dinheiro pra isso, mas pra um vestido que seria usado um só vez, era exagero...

Nat: Que hipócrita... Quanto custou esse vestido seu Priscilla?

Eu: Nem se compara Natalie. – dei de ombros.

Nat: Priscilla?

Eu: 28 mil. Mas é de grife. O que ela queria era de uma estilista aqui do Rio e custava quase 200 mil, nem minha Mercedes custou tudo isso.

Nat: Pobre menina rica... – deu risada. Chegamos no prédio entramos no apartamento. Tirar o sapato foi a melhor sensação do mundo. A gente tirou a maquiagem, e foi tomar banho juntas. Trocamos mais carinho que tomamos banho e amanhecemos transando. A gente dormiu era quase 8 da manhã, tínhamos chegado as 4 em casa.

NATALIE NARRANDO...

Os últimos dois meses foram bem intensos. Organização do casamento, a morte do Tiago, a festa de 15 anos da Maya, eu ainda tinha um certo receio de me portar diante da família da Malena. Eu era muito bem tratada por todos, embora Mikaella e Jarod falassem pouco comigo. Naquelas ultimas semanas antes da festa eu vi o que era realmente o luxo do mundo dos bilionários. Anéis absurdos, roupas absurdas de caras, e a decoração da festa, meu Deus... O anel que os avós de Maya deram a ela, custava mais que o apartamento em São Conrado que eu morava. Literalmente 2 milhões de reais era troco de pinga pra eles. Eu nunca me senti tão pobre na vida, me chamaram de pobre em 10 línguas diferentes só com aquele luxo todo. Priscilla era tão acostumada com aquele glamour todo, mas ela ficou chocada com a decoração da festa da Maya.

Pri: Mãe... Se o Meio Ambiente ou a Policia Florestal entra aqui, a senhora vai presa por desmatamento que tanto de flor é essa? Eu disse que não era pra exagerar.

Patricia: Ah Priscilla, eu usei o mínimo que podia nessa decoração que a Maya escolheu.

Pri: Que a Maya escolheu... Sei... Daqui a pouco sai um unicórnio do meio dessas flores todas.

Patrícia: Exagerada... – a Pri saiu.

Eu: Ficou lindo Patrícia.

Patrícia: Aquela Mikaella vai ver só quem é a melhor avó.

Eu: Sabia que você estava competindo com ela.

Patrícia: Ela pode dar um anel de 2 milhões. Mas eu realizei o sonho da minha neta, da forma mais linda possível, e me custou 1 milhão e meio... Aliás, custou pra mãe dela que nem sabe disso...

Eu: Meu Deus do céu... A Priscilla vai ter um troço.

Patrícia: Minha filha é muito mão de vaca, ela é podre de rica, e a Maya também é podre de rica, isso não é nada para as duas. Mas que ela vai dar um ataque ela vai. Mas dane-se a festa já vai ter acontecido mesmo, então fica de boca fechada.- piscou e saiu andando. Eu estava preocupada no que ela faria para o meu casamento e olha que queríamos algo bem intimo e simples. A festa acabou por volta de 3:40 da manhã, no dia seguinte Patrícia se encarregaria de levar as doações para a casa dela, e os presentes para a casa da Priscilla, e as comidas que sobraram também, como doces e bolos. Eu e a Pri transamos até amanhecer e dormimos até 15 horas. Acordamos famintas, tomamos um banho e fomos pra casa dela. Esquentamos a comida da festa e comemos, ficamos vendo a Maya abrir os presentes, ela ganhou muita coisa. Pri não ia trabalhar aquela semana por conta do pessoal que estava no Brasil. Eu tinha reunião todos os dias então eu teria que trabalhar.