Capítulo 36

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Obrigada pelos 3.1 K...

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De manhã coloquei a mesa pra Maya e logo ela desceu.

Eu: Bom dia.

Maya: Bom dia – sorriu.

Eu: Está melhor?

Maya: Sim obrigada – me abraçou.

Eu: Que bom. Fez sua mala?

Maya: Sim. Natalie, você gosta da minha mãe não gosta?

Eu: Claro, ela é uma ótima chefe.

Maya: Não foi nesse sentido que perguntei. E você entendeu.

Eu: Ah Maya... É complicado.

Maya: Senta... Vamos conversar. – me sentei com ela. – Minha mãe depois que a minha outra mãe morreu criou um muro entre ela e qualquer pessoa, até mesmo comigo. Ela é uma pessoa adorável, uma pessoa amorosa, carinhosa, que ama presentear, que ama oferecer o mundo a todo mundo, generosa. Mas a morte da mamãe da forma que aconteceu tem sido o monstro do armário na vida dela. Ela se culpa tanto Natalie, tanto que chega a doer na gente. – falou triste.

Eu: E você Maya, você culpa sua mãe pela morte da sua mãe?

Maya: Não. Eu tinha 10 anos quando aconteceu, e quando eu soube do acidente eu fiquei com muito medo, eu lembro de ficar desesperada e foi ai que desencadeou minhas crises de ansiedade. Quando soube que minha mãe tinha morrido, eu achei que não fosse conseguir viver sem ela. Meus avós, meus tios fizeram e fazem tudo por mim. Quando vi minha mãe a primeira vez, eu me assustei e falei que ela parecia um monstro. Mas não foi por maldade foi de susto que levei e eu só tinha dez anos, ela estava toda inchada, toda ferida, ela não parecia nada com a mãe que eu conhecia, eu cheguei a perguntar pra minha avó se era a minha mãe mesmo de tão diferente que ela tinha ficado. – pesado. – E eu olhava pra ela, e minha mãe não estava ali. Minha mãe ficou em pedaços por dentro, a alma dela não existia mais. Ela não pôde ir ao enterro da mamãe por mais que tenha acontecido uma semana depois por causa da família americana, por causa da autopsia, mas ela estava toda operada, costurada, quebrada, enfim...

Eu: Parte disso pode ser porque ela não tenha vivido a despedida também né?

Maya: Eu acho que sim. A mamãe merece ser feliz Nat, e eu sei que está rolando algo entre vocês. Então se você gosta dela como eu sinto que ela gosta de você, vivam isso...

Eu: Ficaria feliz se eu me envolvesse com a sua mãe?

Maya: Sim. – sorriu. – Eu gosto da sua energia. Eu gosto de você. A vovó e o vovô também. A gente tá quase fazendo uma equipe de torcida para vocês ficarem juntas... – demos risada.

Eu: É... A sua avó é bem persuasiva.

Maya: Ela é... Tipo... Muito...

Eu: Eu vou pra NY dia 15. Sua mãe não sabe, eu não quero que ela fique nervosa pra cirurgia, eu vou bem cedo e chego lá no fim do dia.

Maya: Que bom. Me manda noticias tá?

Eu: Tá... Agora toma seu café senão vai se atrasar e o Paulo já deve estar chegando. – eu fui cuidar de algumas coisas. Priscilla deixou alguns envelopes com alguns cheques para cada funcionário. Todos entrariam de férias e uma equipe de segurança extra cuidaria da casa nesse período. Ela deu as férias de 30 dias e deu mais 30 dias de férias bônus para todos com pagamento extra e deixou um envelope para cada um com um cartão e um cheque. Inclusive tinha um para mim. Eu abri peguei o cartão era de estrela, lembrei do pingente...

Senhorita Smith... Obrigada por toda dedicação e cuidado com a minha casa, e por manter tudo funcionando corretamente. Obrigada pela paciência comigo e com as minhas manias... Com amor... Pri...

Ela desenhou um coração do lado. Em parte era a minha chefe e em parte era a minha Priscilla. Eu ri. Quando abri o cheque era de 5 mil. Nossa... Essa mulher é a patroa dos sonhos de qualquer um. Entreguei os envelopes para todos da limpeza, da jardinagem, da piscina, da segurança, da cozinha, da lavanderia que já estavam ali, e a noite entregaria o restante. A Celeste chorou horrores o cartão dela era lindo. O desenho era de um bolo com uma xícara de café e a mensagem foi muito carinhosa.

Querida Celeste, Obrigada por cuidar tão bem de mim e da minha filha e de todos que fazem minha casa e minha vida funcionarem. Saiba que sentirei falta da sua comida maravilhosa, e dos seus bolos... Ah como eu amo bolo... Obrigada por colocar tanto amor em tudo que você faz, espero um dia poder retribuir todo o bem que faz a mim. Ótimas férias... Deus abençoe... Até a volta... Priscilla Pugliese.

No dia 14 no fim da tarde fui pra casa da minha tia, ela vai me levar ao aeroporto. E quando cheguei lá o meu celular vibrou mensagem, era do Tales, o Theo estava nascendo. Eu falei com a minha tia e corri para o hospital. Quando cheguei, a família do Tales estava lá e os pais da Rafa também. O parto era cesárea porque ele estava atravessado e não viraria. Depois de uns 30 minutos ali o Tales apareceu chorando e sorrindo.

Tales: Ele é lindo é a cara da Rafa.

XX: Como minha filha está?

Tales: Ela está muito bem, está cansada acabou pegando no sono, mas já pegou ele no colo, já beijou bastante. Ele está muito saudável, a Rafa também está bem. A pressão dela que era preocupação está boa. Ele pesa 3,700 e mede 52 centímetros.

Eu: Meu Deus ele é enorme. – ri.

Tales: Sim, ele é. Daqui a pouco poderão vê-lo no berçário. – Rafa chegou as 39 semanas de gestação. Logo fomos ver o pequeno e eu entrei pra ver a Rafa.

Eu: Oi...

Rafa: Oi... – falou baixo e sorriu.

Eu: Ele é lindo.

Rafa: Meu filho é perfeito. – sorriu.

Eu: Muito. Graças a Deus... Estou muito feliz por você e pelo Tales. Agora aproveita seu momento com seu pequeno.

Tales: Oi mamãe... – o Tales entrou e uma enfermeira veio empurrando um pequeno bercinho com ele.

Enfermeira: Ele está comendo a mãozinha vamos tentar dar de mama você consegue?

Rafa:Sim... –ela a ajudou eu tirei fotos, a Rafa queria que eu mandasse pra Priscilla. Entãocontei a ela que eu estava indo pra lá e ela não sabia. Rafa ficou feliz, elaera uma das que torcia para ficarmos juntas. Fui embora tomei um banho janteicom a minha tia, chequei minhas malas de novo e deixei tudo na sala. Eu quasenão dormi, estava ansiosa.

Marcas do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora