Capítulo 24

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Pedi que a deixasse subir e logo ela estava no meu quarto. Meu quarto tinha uma antessala, então eu a receberia ali. – O que deseja Mikaella?

Mikaella: Conviver com a minha neta. Soube que ela está com a Mariela e não deixou que ela saísse comigo e o avô dela isso é absurdo Priscilla. – falou irritada.

Eu: Mikaella não tem direitos sobre minha filha.

Mikaella: Tenho mais que você. Ela é minha neta, ela é filha da minha filha e do Keaton. – eu não ouvia aquele nome a mais de 12 anos. – Eu sei que o pai da Maya é o Keaton e ele está muito vivo Priscilla e se eu quiser, eu faço ele saber que tem uma filha e sua brincadeira de casinha acaba.

Eu: Eu adotei a Maya assim que me casei com a Malena, ela é minha filha legalmente e você e seu marido não tem poder algum sobre ela. Você pode me chantagear, você pode fazer o diabo Mikaella, que eu vou com tudo pra cima de você. Perto da minha filha ele não chega. E eu vou providenciar uma medida protetiva contra vocês se continuar com essa conversa besta, porque você está nos ameaçando. Você está ameaçando a minha filha à presença de um pai que ela desconhece e que espancava a mãe dela gravida dela e você e seu marido não faziam nada. – falei com ódio e ela retraiu o corpo.

Mikaella: Não pode nos afastar da nossa neta.

Eu: Posso e vou... Vocês nunca procuraram a neta que você enche a boca pra falar que é sua. Essa conversa ridícula aqui nem precisaria acontecer, se você tivesse sido presente na vida dela, se você ligasse pra ela e você e seu marido nunca fizeram questão dela e agora estão querendo bancar os avós presentes? Me poupe Mikaella. Essa conversa está sendo registrada. Não pode forçar Maya a conviver com você se não liga pra ela uma só vez, se não a procura nunca. Ela está com a Mariela, se divertindo, está feliz. A Mariela liga pra ela toda semana, manda mensagem, se preocupa com ela, faz questão de fazer parte da vida dela mesmo morando tão longe. Eu vou passar 2 meses aqui daqui um tempo, para fazer minhas cirurgias e ela virá comigo vai ficar um tempo, não muito por causa das aulas dela e ela vai pra casa da tia dela, conviver com as primas dela. Você nunca foi avó, não pode reivindicar um direito que você não tem, um carinho que você nunca deu. Se quiser o carinho dela, vá atrás, mas busque isso de verdade Mikaella se você a ama se é que você sabe o que é amor. Caso contrário não se aproxime da minha filha.

Mikaella: Você matou a minha filha. – ela não perdia a oportunidade de jogar isso na minha cara.

Eu: Sai daqui, antes que eu chame a policia para te tirar daqui. Está me acusando de uma coisa que eu fui inocentada. Não vou ouvir você me culpando de nada. Você não tem nem moral pra isso. Estou aqui tentando conversar com você e você não muda, você não melhora, então seja um caso perdido longe de mim e da minha filha. Nunca mais chegue perto dela ou eu passo por cima de você cheia de liminares e proibições judiciais.

Mikaella: Não pode fazer isso. – falou com raiva.

Eu: Posso. Agora sai daqui... – ela ficou me encarando. - SAI DAQUI MIKAELLA... – gritei com a porta já aberta. Ela saiu rapidamente. Quando ia fechar a porta Natalie apareceu.

Nat: Está tudo bem? – ela parecia preocupada e assustada.

Eu: Não senhorita Smith, não está nada bem. Mais alguma pergunta? – falei irritada. Ela entrou no quarto e fechou a porta a trancando.

Nat: Vamos conversar.

Eu: Sai daqui.

Nat: Não eu não vou sair. – falou brava. – Por que foi ao médico sem me esperar? Por que essa mulher estava aqui?

Eu: Atrevida. Eu não te devo explicações. – falei com raiva.

Nat: Você me trás até aqui, e me trata diante da sua família esnobe como se eu fosse sua noiva, e agora me maltrata de novo? Qual é o seu problema Priscilla? Eu já falei com a Rafaela, eu não vou ficar nesse emprego, ela já deve estar procurando outra idiota pra assumir esse rabo de foguete que é trabalhar pra você e aguentar sua grosseria. Eu gosto de você e eu quero te ajudar, mas se você não quer, ok. Por mim está tudo bem. Eu vou arrumar minhas coisas e pegar o primeiro voo para o Brasil. – saiu.

Eu: Natalie... Natalie... – ela bateu a porta. – Merda... – falei socando a cama. Enchi a banheira e entrei. Eu comecei a chorar eu estava angustiada, cheia de sentimentos em mim. Eu não sabia direito o que eu sentia pela Smith, a família da Malena me trazia muitos sentimentos e a maioria eram ruins além da lembrança dela. Depois de um tempo sai do banho, me troquei, pedi meu jantar no quarto eu não queria mais sair. Minha filha chegou, já tinha jantado com a tia, ficou me contando como foi o passeio, disse que vai sair com a tia e a prima no dia seguinte para comprar um violão novo que ela quer muito. Eu jantei, ela foi para o quarto dela e não vi mais Natalie e nem Alberto. Dormi muito mal a noite toda. 

Marcas do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora