Boa tarde pessoal... Obrigada pelos 2,9 K...
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PRISCILLA NARRANDO...
Ela voltou a trabalhar lá em casa. Eu estava tão confusa, me sentindo tão perdida. Eu gosto dela, eu gosto muito dela eu nunca pensei que voltaria a me apaixonar, e eu posso dizer com certeza que eu estou apaixonada por ela. Mas eu não posso fazer isso com a Malena. Ela morreu por minha culpa. Eu não posso fazer isso... Ela aceitou voltar, mas desde que fossemos profissionais já que eu não conseguia me abrir pra ela e desde que a Natalie voltou lá pra casa, cumpríamos esse profissionalismo, por mais que eu quisesse beijá-la, amá-la, me perder no sorriso e nos beijos dela, no corpo dela. Ela me enxergava além das minhas cicatrizes. Eu era uma bagunça, eu sou uma bagunça. Houve uma confusão com a troca de contas e eu não pagava o colégio da minha filha a seis meses. Não consegui um boleto para pagar online então pedi a Natalie que fosse até o colégio pagar e pedir para colocarem em debito automático novamente na minha conta. Nesse meio tempo eu sai do meu quarto e quando cheguei na escada tinham pessoas estranhas na minha casa filmando tirando fotos. Eu me assustei com aquilo. Eles não me viram e estavam saindo quando viram movimentação na casa. Meu coração estava muito acelerado, aquilo não poderia ter acontecido, eu me senti violada de todas as maneiras possíveis. Aquilo me fez muito mal e toda a equipe de segurança e a empresa que cuida da minha segurança foi acionada. Eu chorei muito trancada no meu quarto, eu sentia que meu peito explodiria, eu estava tendo um ataque de pânico, mas não podia deixar ninguém saber. Depois de um bom tempo a Natalie chegou com um chá e bolo pra mim. Explicou a situação e me deixou sozinha. Eu tomei o chá, comi o bolo e fui tomar um banho e quando sai, a bandeja já não estava mais ali. Ela estava cuidando de mim, mesmo a mantendo a distância, ela estava cuidando de mim. Eu fiquei muito mal por tudo aquilo, eu estava arrasada com aquela invasão a minha casa, me sentia acuada, me sentia esquisita e cada vez mais distante de todo mundo novamente. Ali era meu refugio, meu lugar seguro nos últimos três anos e por esses dias eu não sentia mais que era seguro. Maya após a semana de provas foi pra casa e ela dormia comigo todas as noites. Eu passava horas vendo-a dormir. Ela se parecia tanto com a Malena exceto pelo cabelo azul e roxo né. Minha viagem estava chegando, eu falava com a minha cunhada todos os dias, ela estava cuidando da mobília do apartamento e me enviava fotos e vídeos de tudo. Eu comecei a fazer minhas malas, não levaria muita coisa e se eu precisasse de algo eu compraria lá. Minha viagem acontece no dia seguinte ao dia das mães, minha cirurgia é no dia 15 de maio então tenho que me internar no dia 14. O dia das mães teria um almoço lá em casa, a Smith saiu muito cedo foi ver a mãe no Sul e voltaria a noite. Eu nem a vi sair. Eu almocei com meus pais, meu irmão, minha avó, meus tios e primos e minha filha. Aquela casa nunca esteve tão movimentada. Foram embora no meio da tarde, e meus pais foram no começo da noite. Minha filha me acordou com uma bandeja de café da manhã linda, e de presente ela me deu um par de brincos bem delicado de diamantes, eram lindos com um cartão apaixonante. Como eu amo essa menina. Entrei no meu escritório já era noite e tinha uma caixinha preta com um laço branco. Tinha um pequeno cartão e era da Natalie.
Tenha um lindo dia com as mães da sua vida. E saiba que você é uma ótima mãe e faz tudo que pode. Sua filha te ama muito. Receba todo esse amor dela sempre...
Com amor... Natalie.
Abri a caixinha e era uma correntinha com uma pequena estrela, bem fininha e delicada. Eu sorri com aquele gesto com aquele presente. O tirei da caixinha e coloquei no pescoço e olhei no espelho. Por um momento minhas cicatrizes deixaram de existir. Eu assustei quando a Maya apareceu.
Maya: Que linda e que sorriso bobo mamãe. – eu dei um pulo.
Eu: Ai Maya que susto garota. – ri de nervoso.
Maya: Quem te deu? – pegou o cartão. – Senhorita Smith mandou bem. – sorriu maliciosa.
Eu: É só um gesto de carinho.
Maya: Eu amei o gesto. – sorriu.
Eu: Eu também achei lindo.
Maya: Dei valor...
Eu: Boa noite Maya...
Maya: Boa noite dona Priscilla... – falou maliciosa e saiu rapidamente.
Eu: Garota abusada. – ri. Quando Natalie chegou fui falar com ela. Conversamos um pouco, e ela perguntou se eu queria que ela fosse. Era obvio que eu queria, mas eu não podia obriga-la. Queria que ela insistisse, porque eu estava a um fio de gritar que sim que eu queria que ela fosse, mas não podia arrastá-la para o meu caos. Eu fui dormir e não dormi quase nada. Tomei banho chequei minhas malas e desci para tomar café com a minha filha antes dela ir para o colégio e meus pais chegaram para tomar café comigo. Meu pai ia me levar ao aeroporto e o Paulo ia levar minha filha para escola e depois voltaria para buscar minha mãe já que meu pai também ia viajar e o voo dele sairia pouco depois do meu e ele pegaria um voo comercial. – Filha se comporta. Obedece a vovó e o vovô, e quando vir pra cá, não deixe a senhorita Smith maluca e nem os seguranças ok?
Maya: Eu já estou com saudades mãe. – me abraçou chorando.
Eu: Eu também filha. Mas logo a gente vai se ver. No meio do mês que vem você vai pra lá, você vai fazer as provas antes pra poder entrar de férias mais cedo já conversamos na escola. Vai ficar tudo bem, a gente vai conversar todos os dias ok? Eu te amo, você é minha, você é minha vida. – a beijei e a abracei forte.
Maya: Eu te amo, mais que tudo. Se cuida.
Eu: Você também, se cuida minha boneca. – ela foi para o colégio chorando e aquilo partiu meu coração.
Mãe: Ela vai ficar bem.
Eu:Espero que sim mãe. –suspirei. Pouco depois, meu pai colocou minhas malas no carro dele, me despedida mamãe, ela ia usar meu escritório para trabalhar um pouco e depois o Paulo a levaria pra casa.
Mãe: Eu te amo, e a gente se vê em alguns dias ok?
Eu:Ok. Eu te amo. –a abracei. Quando entrava no carro vi a Natalie de longe e ela estava com carade choro. Eu deixei uma lágrima cair e acenei para ela e ela retribuiu, quesaudade eu ia sentir dela. Fui para o aeroporto me despedi do meu pai. Ele iapara Londres, mas na minha cirurgia ele estaria presente, e depois voltariapara o Brasil e minha mãe iria. A Maya não podia ficar sozinha sem um dos dois.
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Marcas do Passado
FanfictionNatalie Kate Smith, 34 anos uma mulher que perdeu tudo por causa de um casamento fracassado e cheio de brigas com Tiago Deam que tem sua idade e hoje está preso por tráfico de drogas. Ela não imaginava que seu marido era um dos maiores traficantes d...