Capítulo 128

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Vou postar agora, acho que não vou aguentar esperar dar meia noite, estou cansada. Amanhã posto o final da história... 

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Mikaella e eu nesses anos desenvolvemos uma boa amizade. Ela pediu perdão a Natalie pelo que fez na nossa casa e conseguimos aparar as arestas que haviam entre nós. Os filhos fizeram as pazes com ela e com Jarod, e os dois pareciam outras pessoas. Estavam tristes pela partida de Maya, mas entendiam a situação, estavam dando todo suporte a família do Otavio, o que eu achei muito nobre da parte deles, porque embora tenham uma boa condição financeira, eles teriam uma certa dificuldade de mandar o corpo para o Brasil e meu ex sogro facilitou tudo para eles. O enterro aconteceu no dia anterior, Maya ficou muito mal o dia todo. Eu só queria ir pra casa, ficar com a nossa família e cuidar dela e do meu neto. Fomos para o aeroporto era 19:30. Todos nos acompanharam para despedir. Tudo foi colocado no jatinho, nos despedimos novamente e as 20:30 decolamos para o Brasil. Maya estava com sono por causa dos remédios então ela dormiu meia hora depois. Perguntei se o wifi do avião estava funcionando e finalmente arrumaram isso, porque nunca funcionava. Então mandei mensagem para a Natalie com uma foto nossa no avião.

Estamos no ar. Logo não conseguirei falar com você porque em algumas localizações fica sem sinal.

Ela logo respondeu...

Estou ansiosa para que cheguem logo. Mandei limpar o quarto da Maya, a Celeste vai fazer um bolo bem gostoso pra ela quando chegar e tudo que ela gosta de café da manhã. Que horas desembarcam?

Eu respondi...

As 08:30 amor. Vamos ter que fazer uma parada por causa de uma papelada que ficou pendente senão não poderemos sair do espaço aéreo dos EUA, e deve demorar cerca de 2 horas.

Trocamos mensagens até meia e meia mais ou menos quando perdi o sinal de vez. Eu acabei dormindo. Maya acordou assustada quando pousamos. Eu a tranquilizei, desci do avião fui com o piloto assinar os papeis que eu precisava assinar e voltei para o avião para esperar liberarem nossa decolagem. Atrasou um pouco e logo voamos. Chegamos de fato no Brasil as 9 da manhã. Paulo nos esperava no aeroporto, logo vieram ajudar com as malas, colocaram tudo no carro, ele estava na caminhonete porque era muita mala. Entramos no carro e fomos pra casa. Finalmente estávamos na nossa terra. Chegamos em casa as 10 horas mais ou menos, a mesa do café estava posta, com tudo que Maya mais gostava. Ela deu um leve sorriso e quando viu a Natalie, começou a chorar. Elas se abraçaram, Natalie chorou com ela. Sentamos para tomar o delicioso café da manhã, ela foi tomar banho e deitou para descansar. Eu tomei banho também, falei com a minha mãe e com meu pai que estava lucido o que era bem raro ultimamente. Eu passei o dia desfazendo mala, guardando as coisas da Maya tambem enquanto ela dormia. Paulo foi buscar as crianças na escola, e quando me viram vieram correndo me abraçar. Brinquei um pouco com eles, expliquei sobre a Maya, embora fosse um pouco abstrato pra eles tudo isso. A noite jantamos, Maya jantou no quarto, estava exausta. Eu dei os remédios a ela coloquei as crianças na cama e fui para o meu quarto. Escovei os dentes coloquei um pijama e me sentei na cama.

Nat: Quer conversar? – eu comecei a chorar. Era só isso que eu queria, chorar. Eu estava com esse choro contido a dias. Eu chorava com a minha filha, mas não expressava toda a dor que eu estava sentindo vendo-a tão mal.

Eu: Eu não sei o que fazer. Eu não sei. Dói demais vê-la assim.

Nat: Eu te entendo amor. Mas vamos viver um dia de cada vez. Ela já está aqui, vamos cuidar de perto – dois dias depois fomos ao cemitério, levamos flores, o padre da paroquia que ela participava foi até lá, fez uma oração com a gente. Fomos no tumulo da Malena colocamos flores também, e fomos embora. Os meses foram passando, a missão Disney foi abortada por mim. Eu não ia deixar minha filha com depressão, gravida em casa. Maya não saia de casa pra nada a não ser ir ao médico. Ela estava muito deprimida. Fiz Natalie viajar com as crianças, os pais dela foram também. Maya estava com 20 semanas, ela não quis fazer chá revelação, não queria festa em cima dela. Estávamos fazendo uma mala, era dia 21 de julho, vamos para Miami fazer o enxoval do bebê. Era cedo ainda, e ela tinha medico a tarde, e vamos viajar a noite. Ela fez sexagem fetal e ia fazer ultra também para confirmar. Fomos para ultrassonografia, estava tudo bem com ela e o bebê.

XX: Olha só, quis mesmo mostrar o que é... – riu. E eu estava vendo muito bem. Deixei cair uma lágrima. Ela olhou pra tela e começou a chorar.

Maya: Oi filho... Oi João Otávio... – eu até arrepiei. Ela vai dar a ele o nome do avô paterno e do pai. Era a primeira vez que eu via minha filha dar um sorriso de verdade desde que saímos de NY. A Catarina, mãe do Otávio estava com uma depressão severa. Não saia de casa, não saia da cama pra nada. Maya quis passar na casa dela mesmo assim e ainda convencê-la a viajar com a gente a noite, já que vamos de jatinho e ainda dava tempo de mandar a permissão dela. Tocamos a campainha e João Marcelo atendeu.

João: Oi... que surpresa – abraçou Maya. – Como você está? E meu netinho ou netinha?

Maya: Estamos bem.

João: Priscilla... como vai?

Eu: Bem e você?

João: Bem na medida do possível...

Eu: E a Catarina?

João: Está na cozinha. A fiz levantar para comer na cozinha, sair daquele quarto um pouco. Temos um progresso. – fomos até lá.

Maya: Catarina?

Catarina: Maya? – Catarina envelheceu em meses, uns 10 anos.

Maya: Oi. – a abraçou.

Catarina: Como vocês dois estão? – passou a mão na barriga dela.

Maya: Estamos bem e você?

Catarina: Como pode ver... – sorriu triste.

Maya: Precisamos mudar isso não é? – colocou o cabelo dela atrás da orelha. – Você precisa fazer sua mala para viajarmos essa noite.

Catarina: Viajar? Pra onde?

Maya: Miami. Fazer o enxoval do seu neto.

Catarina: Mas você não ia só quando soubesse o sexo do bebê?

Maya: Sim – sorriu e ela arregalou os olhos.

Catarina: Espera... Fazer o enxoval do meu neto. Então é um menino?

Maya: Sim... – sorriu emocionada.

Catarina: Oh meu Deus. – abraçou Maya.

Eu: Um meninão por sinal. – peguei a foto da ultra e dei ao João Marcelo.

João: É... Ele está mostrando mesmo. – rimos.

Catarina: Não acredito. Me deixa ver – levantou e pegou da mão do marido – É... definitivamente está mostrando mesmo – rimos – E o nome você já pensou num nome?

Maya: João Otávio. Meu filho vai se chamar João Otávio. – sorriu. João Marcelo desabou em lágrimas e Catarina também. Ela parece que se iluminou naquele momento. – A gente embarca as 22 horas.

Eu: Preciso dos seus dados para passar para o aeroporto.

Catarina: Eu não sei se devo.

Maya: É seu neto. O Otávio ia querer isso. Faça isso por ele.

João: Vai querida. Eu fico com as meninas e cuido da empresa. Vai ser bom pra você e me manda foto de tudo.

Catarina: Tá bom eu vou.

Eu: Ótimo. Não precisa levar muita coisa, vamos ficar só 4 dias. – combinamos tudo, íamos pegá-la a as 20 horas. 

Marcas do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora