Capítulo 107

397 53 9
                                    

Comprei tudo que a lista pedia junto com ela. Ela estava muito desconfortável porque todo mundo estava olhando pra ela. Uma mulher toda grifada dos pés a cabeça, num supermercado, usando um Louboutin nos pés e uma bolsa da Louis Vuitton não era comum.

Pri: Era isso que eu queria evitar...

Eu: O que?

Pri: Todo mundo me olhando. – falava empurrando o carrinho até o carro.

Eu: Amor... Olha pra você um minuto. Você está grifada do óculos ao sapato, logico que ia chamar atenção.

Pri: Poderia ser falsificado.

Eu: Ah mas não poderia mesmo. Tem uma diferença gigantesca e até a moça que estava empacotando as coisas notou que seus óculos são da Michael Kors originais e nem são do Brasil porque o design daqui é diferente.

Pri: Nossa, mas o povo repara hein.

Eu: Quando tiver de ir ao mercado, a farmácia, lugares que todo mundo vai e que não tem bilhões na conta como você, seja menos formal em se vestir.

Pri: Eu estava trabalhando, eu não ia em casa me trocar e voltar pra ir ao mercado.

Eu: Ir ao trabalho menos formal não vai te tornar menos dona da empresa também Priscilla. Assim você evita ser o centro das atenções que você odeia ser. – guardamos tudo no carro, passamos na empresa eu tinha que trabalhar mais duas horas, tinha outra reunião. Sai da reunião no fim da tarde fui em casa tomei um banho, lavei o cabelo, arrumei umas coisas para levar e fui pra casa da Pri, minha futura casa. Eu me sentia um pouco mal de pensar que aquela casa seria minha também em alguns meses e depois do que a Mikaella falou eu fiquei mais desconfortável ainda. Cheguei lá, as meninas já estavam lá e estava uma loucura todo mundo falando inglês ao mesmo tempo. O forno de pizza da Pri assa 3 pizzas ao mesmo tempo, então a Marisa fez as pizzas para as meninas levarem para o cinema e fez pizzas para nós também e ficamos sentadas na varanda tomando vinho e comendo.

Pri: Natalie, aconteceu alguma coisa ontem aqui em casa?

Eu: Não porquê?

Pri: Eu vi você e a Mikaella entrando na outra sala e logo depois você foi embora. Eu ia falar com você, mas eu precisava atender um telefonema e quando sai você já tinha ido. Eu perguntei a ela e ela disse que não falou nada com você, mas eu vi vocês entrando no escritório. – eu suspirei.

Eu: Ai Pri...

Pri: O que vocês conversaram?

Eu: A Mikaella me questionou o que eu queria com você. O que eu pretendia me casando com você. Eu disse que eu te amo que a gente se gosta e ela começou a rir, disse que eu estava morando no seu apartamento, trabalhando na sua empresa e que ela não queria que eu tocasse em nada que é da neta dela... – contei tudo como aconteceu a ela.

Pri: E você achou mesmo que era uma boa ideia esconder isso de mim? - perguntou nervosa.

Eu: Eu não ia esconder, eu só não ia contar enquanto ela estivesse aqui. Não queria causar brigas, confusões, e a Maya está muito feliz, não queria estragar isso. Eu não fui a empresa assinar nada, eu fui pra casa da Rafa e fiquei lá o resto do dia com ela e o Theo, depois fui ao mercado e fui pra casa. Pronto foi isso... – suspirei largando os talheres.

Pri: Não deveria ter escondido isso de mim. Essa casa é minha, Mikaella não pode entrar aqui e dizer qualquer coisa que seja pra você, menos ainda insinuar qualquer coisa. A fortuna da Maya não está em perigo, nem a festa dela foi e vai ser paga com o dinheiro dela, vai ser com o meu. O dinheiro da Malena segue rendendo uma grana preta no banco. A partir do momento que nos casarmos, o que for meu será seu, e o que foi da Malena e é da minha filha, vai continuar sendo da minha filha. Aquela mulher não tem que vir com achismo dentro da minha casa. Eu vou até o hotel – se levantou.

Marcas do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora