MAGNETISM. jjk

23

—O que... — O empurro um pouco para ficarmos mais distantes das vistas das pessoas. — O que está fazendo aqui?

— Tentando ver você.

— Ficou maluco? Vai embora. — Me encontro no mesmo desespero da primeira vez que fiz o mesmo pedido para ele.

— Para de me pedir isso, não gosto de receber ordens. — Ele passa a mão no cabelo frustrado, me sentindo vulnerável me afasto.

— Como me encontrou?

— Já vi você entrando aqui, e sei que é a empresa do seu marido.

Seis dias depois, Jeon aparece na empresa, eu estava de saída quando o vi sentando na moto um pouco afastado de tudo, foi um choque, me enchi de medo, pois poderia ter sido o Kim.

— O que quer comigo? — Pergunto cruzando braços.

— Como assim o que eu quero? Não vi mais você depois daquela noite, fiquei preocupado, caralho.

— Não precisava, eu estou bem, não precisava vir atrás de mim, não temos nada um com o outro. — Não quis ser rude, sinto que fui, mas talvez seja o certo a se fazer.

— Não temos, mas fala isso porque não viu você mesma no estado que eu vi. Mas tudo bem, se quer que eu vá, já estou indo. — Ergue as mãos em rendimento se afastando, meu rosto quase se atreve a formar uma expressão de tristeza, ao vê-lo fazer isso, mas relaxei para não demonstrar.

Ele não entende o que se passa comigo nesse momento, eu realmente gostaria de ser gentil e agradecê-lo, mas em meio a tudo isso eu só conseguia girar meu pescoço a cada minuto para trás, me certificando que ninguém observava nós dois.

— Agradeço pela ajuda, mas não precisa se envolver mais nisso. — Peço olhando para o lado, não querendo me render mais para aqueles olhos profundos.

— Eu já entendi. E quer saber? Eu nem sou assim. — Solta um riso irônico. — Mas como todo mundo, tive meu deslize, realmente um verdadeiro idiota achando que seria bem recebido por você, uma...

Ele sai resmungando se ajeitando na sua moto fiel, travo meu maxilar subindo as sobrancelhas ao ouvir sua quase ofensa contra mim, entretanto a minha espera para ouvir o resto não valeu a pena, pois ele apenas deu partida.

A culpa já começa a me dominar quando lembro das coisas que disse, acho que fui dura demais, porém espero que tenha valido a pena, a última coisa que desejo é envolver um inocente no inferno da minha relação.

Acreditando que ninguém viu a cena, saio dali, sendo meu destino a minha empresa, todas as meninas que trabalham comigo me receberam bem, elas tomavam café e interagiam. Passo por elas desejando parar e fazer o mesmo.

— Aceita um café senhora? — Parece que alguém leu minha mente.

— Por favor Sun. — Dei quatro passos à frente, e parei. — Acho que vou tomar com vocês hoje, se importam?

Elas estão surpresas, mesmo com a tentativa de não me deixar perceber suas caras, é inevitável. Acabo colocando minha bolsa numa cadeira e indo até a máquina de café.

— Alguma novidade meninas? — Questiono colocando a bebida.

— Estou terminado o planejamento do novo projeto, em breve entrego. — Um delas responde.

Retorno e me sento com as cinco na mesa, é um clima diferente, eu não diria estranho, porque nos vemos todo dia, mas é um clima diferente, já que sinto que se preocupam com o que irão conversar em minha frente, tento quebrar o gelo.

— Deu certo o encontro aquele dia? O do feriado. Se divertiram? — Beberico ouvindo as respostas, e pelo visto ocorreu tudo como elas haviam planejado.

Vejo elas se entreolharem antes de surgir uma nova pergunta.

— E o bar? A senhora foi? É um dos meus preferidos.

— Sim. Me agradou sim, obrigada.

— Que tal irmos um dia todas juntas? — Eubin sugere.

— Seria interessante. — Sorri sem jeito, não tenho boas lembranças daquela noite, mas ninguém precisa saber.

— As pessoas que frequentam lá, me agradam demais, muitos rapazes bonitos. — Dispara uma risada tímida para mim e as amigas, Sun logo a repreende, me fazendo sorri.

— É verdade Eubin. — Abaixo a cabeça e em seguida dou mais um gole no café me lembrando do protagonista daquela noite.

— Eubin por Deus, nossa chefe é casada. — Dispara Areum.

Eu me senti mal, não devia, eu realmente era, mas confesso que agora desejo não ser, meu sonho de esposa perfeita desmoronou lindamente sobre meus ombros.

— Mas eu estava falando por mim. — Se defende Eubin.

— Tudo bem meninas, não há mal nenhum em achar outras pessoas bonitas, ou sim?— Dou uma risada para não confundirem com uma repreensão, elas ainda sentem receio de mim.

Vejo Eubin olhar debochada para as outras colegas, nos fazendo sorri, o que falo me causa um pouco de medo, já que me referia à Jungkook, e para mim ele não era apenas bonito, o que de fato não seria um problema pensar dessa maneira.

O problema é que ele mexe em partes de mim que percebo ser zona de perigo, me sinto atraída mais do que gostaria.