45

370 37 2
                                    

Não me lembrava da última vez que fui acordada com tantos carinhos. Eu sentia os beijos molhados que Jeon deixava em minha pele, enquanto ainda acostumava minhas vistas com a luz da manhã que batia na janela.

Poderia permanecer por horas deitada de bruços recebendo selares nas minhas costas, mas não resisto e me viro me prendendo ainda mais em seus braços, e acredito que talvez flutuar seja ainda menos excitante do que isso.

Agora podendo olhar em seus olhos ele indica levemente com a cabeça para o lado vazio da cama onde estava uma bandeja de café da manhã perfeitamente enfeitada.
Entreabri os lábios um tanto quanto surpresa.

Nunca havia recebido um café na cama antes, exceto pela minha mãe quando eu ainda era uma criança. As vezes penso que tudo isso não passa de um sonho bom que acordarei em breve, Jeon parecia irreal as vezes.

— Eu coloquei cereja, porque percebi que não tinha morangos. Espero que não se importe. — Ele diz de maneira fofa e acabo não segurando o riso, gargalhando sobre o seu olhar.

— Acha mesmo que eu ia me dar conta disso? Acabou de fazer a coisa mais adorável do mundo, estou mais do que satisfeita. — Jeon sorri comigo.

— Mas ainda temos uva. — Sua mão vai até a fruta, e traz até a minha boca, repito o ato com ele, saboreamos juntos.

Não suportei mais vê-lo em frente a mim tão devastadoramente lindo, desejei tão intensamente os lábios rosados e convidativos que olhar não me bastou mais, tive que puxar seu corpo, rodeando meus braços em seus ombros largos.

A intensidade desse, me lembrou da vez que fomos ao parque, aquela sensação de estarmos desesperados um pelo outro. Me esvaziei de quaisquer pensamentos que pudesse impedir esse momento. Aproximo nossos corpos no momento em que sinto o frio na barriga por ter suas mãos em torno da minha cintura agarrando-a com tamanha possessão.

Minhas costas vão sendo dedilhadas na medida em que ele vai arrastando o tecido da minha blusa, subindo tudo, prestes a me descobrir. Meus arfares ficam mais livres quando nossos lábios são separados e seus beijos passam para meu pescoço.

— Tão cheirosa, porra. — O sussurro rouco devorou toda a minha sanidade. Agarro seus fios com firmeza, eu só sabia que eu queria aquele homem, queria intensamente.

— Jungkook...— Me faltava ar para dizer alguma coisa, somente sons de prazer saiam de mim.

— O que você quer? — Seus lábios vieram de novo para os meus. — O que você quer meu amor, hum? — Ele perguntava, mas em seguida devorava minha boca fazendo tudo ficar ainda mais excitante. Estava prestes a explodir.

— Só me beija. — Ofego tomando seu corpo para mim, o mais próximo que conseguimos estar, o beijo estava quente como o inferno, e no meio desse fogo a peça dele não se encontrava mais no meu corpo.

Sua mãos ágeis a arrancaram com desespero, ele me provava de tantas maneiras, e eu estou fascinada pela forma como meu corpo reage ao seus toques, ao seus beijos. Estou vivenciando arrepios novos, e embaixo dele a vulnerabilidade que sinto é gostosa, é viciante.

— O que fez comigo? — Jeon fala enquanto beijava minha barriga, alisando outras partes do meu corpo, sem tirar os olhos de mim. — Nunca desejei tanto alguém assim. — Sobe novamente olhando nos meus olhos por um tempo, e me surpreendendo avança em meu pescoço, me provando por inteira.

Dessa vez foi impossível prender minha garganta, libero todos os sons que carregam a mensagem que diz o quanto eu estava gostando e desejando-lhe mais do que tudo. Já estávamos a vontade com o corpo um do outro, íamos dar próximos passos, eu sei que íamos.

Sua mão estava diferente e eu também ia me preparar para fazê-lo sentir algo tão bom quanto o que ele estava me fazendo sentir. Mas meu aparelho toca, eu tinha colocado para carregar e ele achou ligando sozinho, já que no dia anterior eu tinha silenciado.

No primeiro instante eu quis ignorar e mudei de posição, tendo a visão de cima do homem tão sexy, tanto que chegava a ser perturbador olhá-lo, parecia uma miragem que me fazia questionar a minha lucidez. Desde ontem ele estava sem camisa, então só me restou provar da sua pele.

— Desculpa. — Paro o que estava fazendo e o olho, peço perdão por meu telefone tocar talvez pela terceira vez.

— Não é sua culpa, mas acho melhor atender. — Acaricia minha bochecha, compreensivo.

Um pouco sem vontade vou até a mesinha onde o aparelho estava, e atendo sem nem sequer olhar o número, estava tremendo dos pés a cabeça e tentando regular a minha respiração. Do outro lado da linha minha mãe fala desesperada sobre sua preocupação.

Como? — Arregalo meus olhos chamando a atenção de Jungkook com as próximas palavras que ouvi do outro lado.

MAGNETISM. jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora