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Provar do sabor que por muitas vezes imaginei como seria, me fez perceber o quanto estava sedenta por isso, saborear intensamente e não desejar deixá-lo ir embora por tão cedo, quebrou todo meu orgulho. Acabei por admitir para mim mesma que o queria mais do que imaginava.

A agilidade com que sua mão possuía meu corpo, desmontava que estava tão desejoso quanto eu, os arrepios que outrora eram pelo frio, agora o motivo deles se tornou a pele fria de Jungkook, que lia a minha.

Firmemente agarro seus ombros, enquanto uma das mãos do rapaz segura minha nunca e minha cintura num toque cheio de vontade, porém cuidadoso. Aproveitei cada segundo do encontro prazeroso entre nossos lábios. Um estalo e a conexão foi desfeita.

— Tudo bem? — Baixinho ele pergunta, alisando meus fios.

— Eu queria, eu queria muito. — Tomo seus lábios por poucos segundos apenas para desfazer a tensão que ele parecia está sentindo.

— Se soubesse o quanto esse seu querer fica pequeno diante da vontade absurda que tive de segura-lá em meus braços, assim. — Jeon passa o braço por trás da minha cintura com uma pegada firme que nos deixava ainda mais próximos, sustentando o meu olhar para o seu, sinto sua outra mão também se firmar por trás da minha cabeça agarrando meu cabelo, não permitindo que esse contato acabe. — Desde a primeira vez que te vi.

Amoleci em seus braços, sendo conduzida pelo ritmo delicioso de seus lábios habilidosos, o beijo foi ainda mais intenso que o anterior, beijávamos com uma vontade que nem sequer parecia ser nossa, como se algo além de nós nos conduzisse. Seu beijo voraz estava me levando para outra dimensão.

E eu queria mesmo que levasse. Estávamos descontando nesses toques, cada vez que estivemos juntos e lutávamos contra a forte onda que invadia nossos corpos, nos fazendo querer uma proximidade impossível.

Pela razão, eu não deveria está fazendo o que estou fazendo agora, porque não sei ao certo o que é isso que me faz querê-lo tão profundamente, e tenho medo de tudo causar confusão nele, como causa em mim.

Pela atração indecifrável que tenho por cada parte desse homem, me deixo levar nem que seja por hoje, não quero usá-lo, não estou. Mas caso seja a última vez, caso às circunstâncias no separe, vou ter tido o prazer de desfrutar do paraíso sem sequer ter atravessado seus portões.

Não sou capaz de descrever o que meu corpo está sentindo, a muito tempo não me sinto dessa forma, ou talvez nunca tenha me sentido mesmo.

— Obrigada por vir. — Agradeci encostando minha cabeça em seu obro, encaixando meu rosto em seu pescoço, onde sinto seu perfume e deposito um beijo. Ele sorri com meu toque e com os olhos fechados levanta a cabeça deixando a pele ainda mais amostra.

— Como agradecimento aceito mais alguns desses. — Dou uma risada baixa e começo a distribuir selares pelo pescoço exposto e convidativo. Jungkook ria, e pela primeira vez conheci sua risada sincera. Até que um som conhecido por mim interrompe nossos risos.

— É o meu celular. — Coloco a mão no bolso, mas iria pegar só para saber do que se tratava, não tinha a intenção de atender ninguém.

O nome que tem meu repúdio brilhou na tela.

— É ele. — Sem olhar para o homem a minha frente, falo.

— Não precisa atender se não quiser.

— Não vou. Acontece que... — Começo a sentir o nervoso que os toques do Jungkook levaram, se agitarem em mim de novo. — Tenho medo dele ligar para os meus pais, eu não quero que eles saibam de nada por enquanto. — Coloco meu cabelo por trás da orelha, sentido tensão.

— Quer ir para o meu apartamento? — Pergunta despreocupado.

— O que?

— Aonde vai passar a noite?

— Eu, bom, eu vou arranjar um lugar, não é como se noite passada eu não tivesse dormido num hotel.

— Vou deixar você escolher, como se sentir melhor, mas ofereço meu canto, caso não queira voltar para sua casa ou para a casa do seus pais tão cedo, ou caso queira um lugar menos público. As portas estarão abertas.

— Obrigada Jungkook, mas não quero incomodar, e não pretendendo ficar assim por muito tempo, nem por dois dias se possível.

— Se quiser ir descansar agora, eu e ela. — Aponta para a moto estacionada com um mínimo sorriso. — Levamos você para onde quer que pretenda ir. — Balanço a cabeça confirmando.

Antes de se afastar, Jeon segura uma de minhas mãos apertando com certa força, me olha e mordisca o lábio como um ato involuntário. Sobe na moto aguardando eu me ajeitar dentro do carro.

Consegui dirigir perfeitamente bem, antes minhas pernas tremiam e eu transpirava compulsivamente, não estava em condições de pegar trânsito.

Mas agora, sentia leveza, deixando meu eu adolescente agir por esse momento, soltando sorriso bobo como quem acaba de dar o primeiro beijo. E a cada minuto que olhava para o retrovisor e via a imagem dele tão atraente em cima do seu veículo, meu corpo parecia produzir endorfina loucamente.

MAGNETISM. jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora