MAGNETISM. jjk

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Mesmo insistindo, Jungkook não me deu ouvidos, falei que poderia voltar para o hotel de táxi. Mas o rapaz me disse que se me trouxe acha válido que também me pegue de volta, ainda mais quando já está tarde.

Estava sozinha no trabalho, enquanto esperava Jeon que a pouco tempo mandou mensagem dizendo que estava quase fechando o studio, pediu para que em hipótese alguma eu saísse daqui. Ele sabe que eu jamais faria isso, todas as vezes que sabia que o veria me enchia de ansiedade.

— Iae gostosa, pronta? Já estou aqui embaixo. — Ouço sua voz do outro lado da linha.

— Tô indo. — Quase não consigo dizer nada, sorrindo da forma como me chamou.

Desço e vejo ele mais bonito do que nunca, ou talvez do mesmo jeito de sempre, mas fico encantada com sua beleza todas as vezes como se fosse a primeira vez. Novamente como uma adolescente encantada com o primeiro amor.

Me recebe já colocando o capacete em mim, Jeon me dar apoio para subir na moto, e seguimos para o hotel. Hoje será minha última noite lá, afinal, pretendo explicar tudo para minha mãe e ficar com eles até me acertar com o Kim.

Meus pés falharam quando desci do automóvel, uma imagem simples que ao meu ver se tornou a coisa mais assustadora, Kim estava lá, em frente ao local. Como um animal prestes a atracar a presa. Não vendo saída tive que me aproximar, Jungkook estava vindo atrás, mas só percebeu a presença do homem quando sua voz ecoa.

— Até que fim você apareceu, sua maldita.

— Não tem o direito de falar assim comigo!

— Ah, não tenho? Se não sabe, ainda carrega meu sobrenome. Me fez de culpado esse tempo todo não é sua vadia? Mas na primeira oportunidade aparece na garupa de outro. Você é mesmo uma vagabunda de quinta. — Seu jeito arrogante me paralisou, achei que ele fosse me tocar enquanto dizia todas essas coisas caminhando em minha direção, porém Jeon entrou em minha frente.

— Como é seu filho da puta? Repete o que você disse para eu quebrar essa tua cara. — Kim sorri afrontoso.

— Cara, da pra você comer mulher casada sem se intrometer no casamento dela?

— Kim vai embora daqui, o nosso casamento já acabou a muito tempo. — Volto a ficar na frente do Jeon com medo do pior acontecer.

— NÃO ESTÁ NO DIREITO DE EXIGIR NADA! Sai feito uma louca como se não tivesse um compromisso comigo, nem me dando o direito de me explicar.

— Explicar o que? Eu vi muito bem cada maldita atitude de perto! 

— Fale o que quiser, mas eu não vou sair como o errado sozinho, olha só para você, acha comum um marido encontrar a esposa acompanhada de outro? Você é uma desgraçada hipócrita. — Percebo um movimento, certamente Jungkook pretendia avançar de novo, mas impedi, agarrando seu braço.

— Deixa eu te explicar uma coisinha, somos casados agora somente no papel, para mim você morreu, e não considero mais que estou em um relacionamento com você. A sua traição para mim é imperdoável. — Mesmo não dizendo absolutamente nada, seu rosto demonstrava cada vez mais sua raiva, mas não tive medo de continuar. — E no meu lugar você também escolheria ele, porque ele é muito melhor do que você, em todos os sentidos. — Digo lentamente, observando sua reação.

— Cala essa boca. — Ordena aos gritos.

— Inclusive, em algo que percebi que você é muito falho, acho que foi até por isso que te encontrei com uma estranha e não com sua secretáriazinha, ela também deve ter se cansado do seu baixo desempenho, já que nem para satisfazer uma mulher na cama você serve. — Não que eu tenha dormido com o Jeon, mas Kim sabia que ele foi meu único, deixaria ele pensar que conheci algo novo.

Pareceu que meu pescoço foi arrancado do meu corpo quando recebi a mão dele no meu rosto, a ardência foi imediata, impossível controlar o olhar lagrimejado. Quando me virei novamente para ele só consegui ver as costas do Jungkook no momento em que acertou um soco no rosto do outro.

Eu não estava cem por cento lúcida, uma confusão se instaurou, e só se ouvia sons de pancadas, os dois estavam entrelaçados numa violência que me fazia apenas gritar para pararem, apavorada peço ajuda de alguns homens distantes, que ao se aproximarem agradeço por serem os seguranças do hotel.

— JEON! POR FAVOR, CHEGA.

Jungkook estava por cima dessa vez, depositando um golpe atrás do outro, as gotas de sangue de ambos que estavam no chão, me deixando ainda mais apavorada, trêmula e chorosa. Só sabia pedir desesperadamente para acabarem com isso. Minhas pernas ainda estavam bambas do susto pelo tapa que levei, não consegui me mover ainda.

Os seguranças chegaram e finalmente conseguem afastar os dois, mas ainda assim eles insistiam em continuar, tentavam se desvencilhar dos homens e avançarem um no outro de novo.

— Seu desgraçado, filho da puta, se encostar nela de novo eu mato você, ta escutando caralho? Eu mato você.