Peguei-a no braço e a levei para meu rancho, a coloquei em cima de minha cama e ela só estava de sutiã e parte de sua saia rasgada. Quando a deitei ela abriu os olhos e uma lágrima escorreu em seu rosto:
— Como você está? - Perguntei a olhando.
— Quero morrer, MORRER! - Disse aos sussurros.
— Ele conseguiu ir além? - Ela deixou outra lágrima cair.
— Não. - Ela virou o rosto e tinham várias marcas de mordidas, chupadas, aquilo me fez enraivecer até o ultimo fio de cabelo.
— Como veio parar aqui? - Perguntei com o sangue quente, com dor no coração.
— Eu procurei você, não te achei. Quando ia para casa, eu fui pega. - Eu baixei a cabeça e deixei uma lágrima escorrer, é culpa minha.
— Não devia ter vindo, Isabelle. - Sussurrei e ela me olhou.
— Eu sei, mas não quis aceitar. Eu perdi muita coisa, não queria perder você. - Eu beijei o rosto dela.
— Eu quero o seu bem, isso é a única coisa que me importa. - Ela me olhava.
— Obrigada. - Disse.
— Descansa, vou procurar uma pessoa. - Ela fechou os olhos e eu sai.
Novamente pelas ruas da cidade, fui ao beco e ele ainda estava deitado, acordando:
— Comprou sua morte. - Disse alto.
— O que é? Eu só quis me divertir, ela é bonita e... - Eu dei outro chute nele.
— SE DIVERTIR? AQUELA É A MINHA GAROTA! A MINHA GAROTA! Ia ficar com ela a força? - Ele me olhou se encolhendo com a dor.
— Eu não sabia, Franck. Não faz nada comigo. - Dei outro chute. - Para, cara... Para!
— Deixou ela toda marcada. Imbecil. - Chutei novamente, agora seu rosto.
— Para... Por favor! Para! - Disse sussurrando.
— É isso que eu faço com quem mexe com o que é meu. - Chutei o rosto dele novamente e ele desmaiou, sangrava. O deixei ali.
Voltei para o rancho e Isabelle dormia, eu não pude deixar de lamentar, era duas da manhã e eu estava sentado ao seu lado. Ela acordou:
— Ruan? - A olhei.
— Estou aqui. - Ela me olhou.
— Já é que hora? - Eu não lhe disse a hora, não queria preocupá-la.
— Vou fazer um café pra você. - Quando me levantava, ela sentou na cama e tocou meu braço. - Sim?
— Eu te amo, muito. - Me abraçou com toda sua alma, e eu senti novamente o seu perfume.
— Vai ficar tudo bem. Isso vai passar. - Sussurrei enquanto sentia seu doce perfume.
— Eu sei que queria que eu não te ligasse mais, mas eu no momento só consegui pensar em você... - Coloquei meu polegar em sua boca, contornando-a e fazendo-a silenciar.
— Não tem que me explicar nada. Vou fazer um café, se quiser, pega uma camisa no meu armário e veste, está frio. - Fui até a pequena cozinha.
Isabelle narrando:
Neste momento, se não fosse por Ruan, eu teria ficado com um trauma intenso, mas ele me ajudou. Eu me senti acolhida e protegida, eu o amei mais ainda, vesti uma camisa dele. E ele tinha feito café:
— Toma. - Ele me entregou a xícara e tomei um pouco.
— Bem amargo. - Comente e ele me olhou.
— Irônico demais não é? - Sorri de lado, tomando mais um pouco.
— O que tudo isso significa? - Tive medo da resposta, temi.
— Significa que há um fio de sentimentos ligando eu e você.
— Isso é bom ou ruim? - Ele olhou pro vazio, colocando whisky em um copo.
— Meio termo, bom e ruim. Odeio ver essas marcas no seu pescoço. - Marcas? Fui até o espelho e tinham várias marcas em meu pescoço.
— Aquele cara fez isso em mim. - Que horrível aquelas marcas, Ruan ficou atrás de mim, olhei pra nossos reflexos no espelho.
— Em algum lugar tem alguém com os ossos queimados. - Não entendi a frase.
— Que? - Ele riu.
— Não é nada. Pensei muito alto. Vai dormir aqui? - Eu virei, deixando nossos rostos bem próximos.
— O dono da casa se importa? - Ele me olhou.
— Pra ele tanto faz, só não encoste muito em mim, isso pode ser tentador demais. - Ele ficou apenas de cueca, e se deitou.
Lavei meu rosto e meu pescoço, sentia nojo daquelas marcas. Deitei na beira da cama dele para não encostar em seu corpo, mas ele encostou em mim, ou melhor se agarrou em meu corpo. Dormi depois, acordei naturalmente, pela primeira vez nos ultimos dias isso aconteceu:
— Ruan? - Ele não estava.
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Por que você? (EM REVISÃO E EDIÇÃO)
RomanceAs diferenças gritavam entre os dois, enquanto ela era o acerto dele, ele seguia sendo o erro dela. Ruan é um motoqueiro acostumado com as ruas e os desafios duros da vida, conseguindo tudo com muito esforço. Enquanto Isabelle é a primogênita com um...