55º Capítulo

1.6K 120 4
                                    

- Não da forma destruidora que ela disse, eu disse que eu e você já tinhamos dado o final de nós. - Voltou a jogar pedras na água e eu olhei as pedras caindo.

- Andressa é a garota que Peralta disse uma vez que eu estava com você, ele disse que ela tinha vontade de ficar com você.

- Essa garota tem me ajudado muito, ela me ajudou, ela quer que eu esqueça você, ela me faz ficar menos revoltado.

- Na certa ela gosta de você, é obvio que ela quer que você me esqueça.

- Não é bem por isso, acho que é porquê ela sabe que gostar de você só me fez cair. - Eu levantei e Ruan me fez sentar novamente. - Quando me deixou, eu passei muito tempo pra parar de pensar em você o tempo todo.

- Eu sei que não vai ter jeito, Ruan. Eu sei disso! Eu estou com os dias contados na cidade. - Ele apertou meu queixo com a mão.

- Que seja diferente do que foi aqui. - Eu toquei o rosto dele, sem querer, eu queria tocá-lo. - Por que insiste em me matar? Por que me faz te querer?

- Ruan... - Sussurrei alisando o rosto dele.

- Isso é perca de tempo. - Falou fechando os olhos enquanto alisava seu rosto.

- Nós dois nunca vamos ser perca de tempo... - Disse o olhando abrir os olhos.

- Vamos, acho que o racha terminou. - Ele levantou e caminhou.

- Ta. - Falei entristecida, o acompanhando.

Quando chegamos na pista, as motos estavam paradas e os motoqueiros comemoravam, Fabíola estava sentada longe deles me esperando e eu e Ruan não nos despedimos, apenas trocamos um olhar e ele como sempre soube ser o melhor. Eu e Fabíola andamos rápido para sair daquela vista:

- Garota, você hoje mostrou a sua raiva. - Disse me olhando e eu ri.

- Não sabe o quanto eu me irritei, acha que eu fui bem? Eu dei uma de vinda, uma de ida. Foi tudo uma loucura. - Ela riu.

- Eu te vi voando em cima daquela piranha, e foi muito hilário. - Nós duas rimos, e foi bom, rir de uma situação como aquela.

- Você infartou na corrida? - Ela me olhou.

- Jesus! Ele correu pra cacete, daí eu gritei e ele disse que eu poderia agarrar bem nele, que nada ia acontecer. - Retrucou e eu ri.

- Poxa, eu sei que é perigoso, mas é uma aventura. - Ela sorriu.

- Eu pensei que ia morrer. - Eu ri.

- A gente tem que conseguir um táxi. - Ela buscou nos contatos os números de um táxi.

Ruan narrando:

Eu segurei a barra para não atacá-la, para não começar a beijá-la e tirar sua roupa. Todos os motoqueiros estavam falando do que aconteceu, e eu não quis me importar com o que estavam a pensar porquê isso tudo é um problema meu, Peralta e eu ficamos sozinhos após todos irem pra um bar soberbo que tinha próximo ali:

- Deve estar com o nível de ego lá nos ares. - Disse me olhando e eu dei uma risada.

- Cara, eu não sei o que dizer. Estou pensando no que aquela ninfeta fez. - Ele me olhou sério.

- A amiga dela é muito boa. - O olhei.

- É? Mas não se engane, ela é da corte do mesmo jeito.

- Você mesmo pega uma riquinha, eu poderia me divertir também.

- Andressa foi embora?

- Acho que sim, e faz um bom tempo, ela ficou bem estressada com o que aconteceu, e acho que você tem que falar com ela.

- Sei disso, vou ver se encontro ela, tenho que conversar com ela.

- Isabelle faz alguma luta? - Eu ri com a pergunta dele.

- Ela apenas defendeu o que ela quer. Vou ver se falo com Andressa, nos vemos. - Subi na moto e me destinei a casa dela.

Ao chegar na casa dela, ela já estava sozinha, me atendeu com uma expressão de raiva:

- O que você quer, Ruan? - Perguntou escondendo o rosto com a mão.

- Eu quero saber como você está. - Adentrei sem convite mesmo.

- Não estou bem, apanhei de uma molequinha, é... Ela pode não estar com você, mas aquela pirralha é louca por você. - Eu a olhei tirando sua mão de seu rosto.

Por que você? (EM REVISÃO E EDIÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora