67º Capítulo

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Isabelle narrando:

Eu dormi na casa do meu pai, foi uma discussão bem forte, mas acho que já estava na hora de nós duas nos enfrentarmos e ser sinceras. Minha mãe morreu um pouco pra mim ao me dar aquela tapa, eu devolvi, mas não foi uma ação da qual eu me orgulho, só acho que ela não pode decidir nada mais, eu amo Ruan e eu não vou deixá-lo por nada no mundo. Acordei e meu pai não estava em casa, acho que estava trabalhando. Não era tão tarde, eu comecei a limpar um pouco a casa, era tão aconchegante! Ouvi toques na porta, fui abri-la:

— Gostosa! - Era Ruan, ele entrou me agarrando com força.

— Poxa... Não esperava! - Eu estava com um top, e um short muito curto, afinal era roupa para arrumar uma casa.

— Você está melhor? - Perguntou me olhando.

— Melhor, é. Agora eu me sinto bem. - Ele mordeu o lábio me olhando - Ai Ruan, que foi? - Ele olhou pro meu short.

— Sabe o que eu amo em você, ninfeta? - Eu o olhei - Amo quando é vadia de um jeito sútil, isso me mata. - Ao ouvi-lo, toquei seu rosto e ele colocou suas mãos em minha cintura.

— Cínico! - Disse mordendo o lábio.

— Minha vadia. Minha princesa. - Ele beijou minha testa, e apertou minha bunda.

— Me ajuda a arrumar isso tudo. - Disse sorrindo meigo.

— Se eu não te comer, enquanto isso. - Peguei um espanador e entreguei a ele.

— Ruan, ontem eu discuti feio com minha mãe. Foi muito louco, porque ela me deu um tapa no rosto e depois eu revidei. - Ele me olhou.

— A prática leva a perfeição, em pouco tempo você vai saber lutar como ninguém. - Foi irônico como sempre.

— Ruan eu tenho que tirar Anne de lá.

— Sua mãe vai transformar ela no bode espiratório, já que você não está mais lá. - Sentei no sofá.

— Como eu faço isso? Anne é criança. - Ele me olhou.

— Tem que haver um jeito, vocês tem que provar pra justiça que ela não é uma boa mãe, assim eles vão dar a guarda pro seu pai. E provar isso é fácil.

— É, tive uma ideia! Hoje mesmo eu vou dar um jeito de pegar uma prova contra ela.

Pietro narrando:

— Não Pietro, não vá hoje. - Falava a chata da mãe de Isabelle.

— Eu vou! Não vou esperar ela, ela não vai.

— Isabelle vai com você, ela disse que ia, só que ela precisa ficar mais uns dias aqui. - Isabelle é uma garota idiota, escolheu o lixo ao invés do luxo.

— Não quero esperar, ela vai na hora que ela quiser, Hellen. - Ela me puxou pela maldita cadeira de rodas, eu agora graças aos malditos motoqueiros sou um cadeirante, um inválido, um zé ninguém!

— Pietro eu te imploro que fique, minha filha vai com você. - Ela me chamou pra ir na casa dela somente pra me dizer isso?

— Não vai e eu não vou esperar por ela, já fiquei tempo demais aqui, e sua filha nunca quis nada comigo, ela sempre me viu como um amigo, e amigo eu não quero ser. - Gritei e ela me olhou.

— Mais meu querido, você e ela são feitos um pro outro! - Que lesa!

— Sai fora.

Isabelle narrando:

Contei pro papai a ideia que Ruan deu de nós nos juntarmos pra achar provas contra a minha mãe e dessa forma meu pega a guarda da Anne. Combinamos de ir a noite em casa e armar uma confusão, com um gravador no bolso da calça. Então no horário combinado fomos de táxi a casa e quando chegamos Marques abriu tranquilamente, quando entramos minha mãe estava sentada no sofá com várias bebidas jogadas no chão, chorando e completamente fora de si:

— Hellen? - Perguntou meu pai a olhando daquele jeito. Então eu liguei o gravador.

— O que faz aqui, seu pobretão?! - Ela estava bebada. Meu pai a olhou odioso, mas não se descontrolou.

— Hellen eu quero falar com a Anne, onde ela está? - Perguntou meu pai e ela veio até mim.

— Você é uma infame, garota! Estragou todos os planos que eu tinha, todos! TODOS! - Disse gritando e eu a olhei.

— Você também não fica atrás, acabou com minha ilusão de ter uma boa mãe. - Ela olhou pro meu pai.

— E você... seu pobretão, consegui arrancar tudo de você, tudo! - Deu uma risada e meu pai me olhou e eu fiz uma expressão de paciência.

— Hellen, eu perguntei onde está Anne! - Ela riu do que ele falou.

— Anne? Você não vai levar a Anne também, já basta você ter conseguido levar essa garota, a minha outra filha você não levar. - Então eu e meu pai vimos quando Anne desceu as escadas correndo, abraçando meu pai.

— Papai! Papai! - Gritou abraçando ele e minha mãe queria separá-los, mas eu não permiti.

— Sai! - Disse alto e ela me olhou.

— Você não é mais minha filha, você perdeu o melhor partido que você poderia ter, perdeu Pietro, sua menina idiota. - Disse alto e meu pai a olhou.

— Eu vou levar a Anne e a Isabelle, pode ficar com a casa e com o resto. - Disse meu pai pegando na mão da Anne e minha mãe.

Por que você? (EM REVISÃO E EDIÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora