72º Capítulo

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Isabelle narrando:

Assim que chegou, meu pai me disse o que havia acontecido e eu lamentei muito, mas isso tudo ela própria que causou com a ambição e maldade. Explicamos pra Anne que voltaríamos a morar em casa e ela se animou, mas não deixou de perguntar se a nossa mãe iria e foi difícil dizer que ela não iria conosco. Acho que só agora caiu a ficha de que tudo conspirou a favor de mim e de Ruan, sabendo que voltariamos em um dia pra nossa casa, meu pai deixou o trabalho no café para que pudesse se organizar novamente. A tarde eu convidei Fabíola para tomar um sorvete e ela tinha que me contar algo que aconteceu ontem na festa:

— Ah então em conta o que aconteceu, eu te vi lá dançando com o Peralta na discoteca no começo da festa. - Ela sorriu meio envergonhada.

— Ai nossa que observadora você. Ele não quis continuar dançando, ele disse o mesmo que os caras falam "Ah... Eu não sei dançar", e depois fomos aos mariates. - Eu sei que não foi só isso, eu sei disso.

— Olha, eu posso até parecer bobinha, mas eu sei que você e ele tiveram alguma coisa, seus olhos brilham e você fica vermelha quando fala nisso. - Me olhou mais sem graça ainda.

— Eu e ele ficamos e foi ótimo, a gente ficou junto e depois fomos pra onde ele mora e ponto final é isso. - Nossa!

— Eu imaginei, mas eu não pensei que tinha sido intenso assim. Amiga, você não liga mais pro Renan ou nunca gostou dele? - Ela olhou nos meus olhos.

— Eu vi que não tem futuro isso, sabe, ele é muito moleque e não consegue ter uma namorada como eu, ele não é homem o bastante. - Fiquei feliz pelo que ela me disse, Renan nunca me fez mal, mas sempre achei que Fabíola era mulher demais pra ele.

— Você e Peralta foi sério? - Ela abriu um sorriso.

— É, ele me provocou diversas vezes e eu também fui provocante, chegou um momento que eu senti vontade de beijá-lo e senti-lo de verdade. - Eu ri com o que ela disse.

— Você é uma figura, amiga... Juro! - Ela deu outra risada.

— Você e Ruan, e ai?

— Acho que ele me pediu em namoro, foi um pedido que tem a cara dele.

— Ah! Que fofo! E sua mãe? - Eu olhei pra ela um pouco desanimada.

— Ah, várias coisas estão acontecendo e ela agora está no centro do nada, meu pai e ela se enfretaram hoje de manhã, tudo o que ela fez por nós, sempre foi com o intuito de ganhar dinheiro, de ter luxo e uma vida confortável.

— Não posso acreditar que isso tenha ido tão longe, certo que o interesse domina o mundo, mas não dessa forma. Então o que vai acontecer com vocês?

— Nós vamos pra casa e ela vai sair, ela perdeu as guardas e também não terá mais direito sobre nenhum bem do meu pai.

— Então, quem muito quer termina sem nada. Então Pietro sempre foi uma jogada de marketing de sua mãe?

— Aquele garoto é um idiota e a única coisa que ele queria, era me colocar na estante e falar que me ganhou.

— Que babaca! Ele está de cadeira de rodas... perdeu as pernas, e ai? Será que continua leso? - A olhei.

— Não sei, a vida não tem sido fácil pra ele, mas ele continuou sendo do jeito que era.

Ruan narrando:

— E vocês conseguiram de volta? Ela deve estar com uma faca próxima do peito. - Ironizei para Marechal.

— Não é bem isso, mas acho que a real vai cair e ela vai perceber que não tem ninguém mais e o dinheiro também foi embora. Definitivamente só. - Concluiu Marechal.

Por que você? (EM REVISÃO E EDIÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora