47º Capítulo

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Ruan narrando:

Eu a deixei em casa e ela estava irritada comigo, talvez pelo que Peralta disse, não sei. O certo é que eu gosto muito dela, ela é a parte de mim que eu mais gosto. Cheguei no meu rancho e tinha um cara pegando alguma coisa na porta, não sei o que era, o surpreendi:

- O que está pegando? - Perguntei e ele fez um olhar de desconfiança, ele próprio entregou que estava fazendo merda.

- Eu? Nada... - Ele colocou alguma coisa no bolso.

- Se não me disser eu vou enfiar esse canivete em seu peito, e vai doer muito pra que tire. - Tirei o canivete do bolso da jaqueta.

- Não, não... Fica tranquilo, eu não estava pegando nada. - Eu o empurrei de leve.

- Se não disser eu vou fazer o que disse. - Afirmei e Peralta chegou, pra má sorte do sujeito.

- O que esse mane ta fazendo? - Perguntou Peralta tirando do bolso um revólver, o cara ficou pálido na hora.

- Não me matem, eu imploro, não me matem. - Disse o cara.

- Você pegou alguma coisa, e foi na porta da minha casa, eu vou estourar seus neurônios se não disser. - Ele tirou do bolso o que pegou, era um gravador bem pequeno, não entendi o que aquilo significava.

- O que é isso? - Perguntou Peralta.

- Um gravador. Deixem que eu explique o que está acontecendo. - Disse o cara.

- Já era pra ter começado. - Afirmei e ele ficou nervoso.

- Eu... Sou Oliver, eu sou investigador pessoal, eu fui contratado e estou fazendo o meu trabalho. - Eu ri com aquela leseira.

- Você está me vigiando, filho da puta?

- O filho da puta está sendo pago pra isso. - Disse Peralta.

- Mas eu fiz o meu trabalho, entendem? Eu tenho filhos e preciso sustentá-los.

- Quem te mandou fazer isso? - Perguntei, era nisso que eu estava interessado, será que foi a mãe de Isabelle?

- Não me façam dizer isso... - Peralta puxou o revólver do bolso e ele não pensou duas vezes. - Pietro Petrovick.

- Pietro? - Perguntou Peralta, é... o riquinho acha que sou palio pra ele.

- É Peralta, o que atropelou Léo. - Ele ficou surpreso.

- Velho, que porra é essa? - Perguntou Peralta.

- Você não vai sair ileso. - Dei um soco na boca do investigador de merda, ele ficou assustado e saiu correndo pro carro, pensou que eu ia atrás, mas não fiz nada.

- Estou pensando no que vou fazer. - Falei pensativo.

- Voltou com Isabelle?

- Vou pedir ela em namoro, hoje a noite. - Eu decidi naquele instante.

- Quem te entende? - Entrei no meu rancho, não me importei com o que ele disse.

Isabelle narrando:

Fabíola me abordou daquela forma e eu lhe contei o porquê de estar triste e ela ficou surpresa, porém ela já havia suspeitado. Eu me despedi e fui pra casa, ela insistiu pra ir comigo, mas a única coisa que eu precisava era ficar sozinha. Ao chegar em casa eu fui diretamente pro meu quarto, não me importei com nada, fechei a porta e comecei a chorar, ele tentou matar o Pietro duas vezes, e isso é decepcionante, eu amo um inconsequente, e ainda por cima soltou uma ironia quando eu estava com ele. Decidi que quando falasse com Ruan ia ser curta e grossa, não vou mais me importar tanto com ele! Isto é uma promessa pra mim mesma. Fiquei durante horas trancada a lamentar a minha decepção surpresa, não era fácil! A tarde passou e a noite se apresentou com um céu estrelado e iluminado, a cidade estava muito frio.


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