38º Capítulo

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— Eu vou torcer por você, minha filha. Tenho que desligar, vou ligar diariamente. Um beijo, amo você. - Amo você, eu queria tanto ouvir aquilo.

— Eu também te amo, e vou lutar por você. - Afirmei com uma emoção interior me deixando ainda mais sentimental.

— E eu também, vou lutar por vocês. Um beijo. - Ele desligou.

— Anne, já foi para aquela casa! Deve estar sofrendo nas mãos dela, vamos, eu tenho que salvar a Anne dela. - Levantei e Fabíola deixou de lado o suco que tomava, fomos embora.

Ruan:

— Fim de papo, tempo é dinheiro. - Coloquei minha jaqueta e Derick apenas sentou na minha cama.

— Não vai se importar se eu ficar por aqui... - Fui irônico.

— Se for alérgico, vai apagar, aqui tem poeira. - Ele riu.

— Você se revelou ou mudou? - Sorri irônico e sai deixando-o lá. Derick é um merda.

Isabelle:

Logo cheguei em casa e quando entrei o silêncio era absurdo. Não havia ninguém, acredito eu. Apenas Marcília e Marques, mudando os móveis do escritório do meu pai, com certeza minha mãe ia mudar tudo, afinal aquelas coisas eram todas dele. Tomei um pouco de água e fui para o meu quarto, onde fiquei deitada por alguns minutos. Começou a chover forte e a tensão aumentou, Ruan me ligou e disse que queria me ver, eu aceitei, apesar de toda a chuva eu precisava muito falar com ele. O esperei ao lado de minha casa, em uma árvore, assim que ele parou a moto, subi. Chegamos ensopados, tão ensopados que achamos melhor não ir a nenhum lugar que tivesse muitas pessoas, pois parecíamos dois cachorrinhos pegos pela enchente. Nos sentamos na mesma praça em que havíamos nos encontrado ontem, e parecia mais um deserto, porque nenhum ser humano estava. Nos sentamos em um banco, em meio a chuva:

— Isso é o que chamo de privacidade. - Falei rindo, me encolhendo no banco, afinal o frio começava a atormentar.

— Tem uma coisa engasgada em minha garganta. - Disse me olhando, bom, eu levantei a cabeça.

— É? O que?

— Ontem. Quando jogou na cara da sua mãe tudo o que você estava sentindo. - Ele tocou meu rosto.

— Claro que, eu nunca faria isso se você não estivesse comigo. - Eu sorri e ele tirou a jaqueta.

— Não tente me engrandecer. - Lembrei que precisava falar que pedi informações dele a Peralta, afinal, queria que tudo entre nós fosse sincero, mas não sei como ele vai reagir.

— Também tenho uma coisa pra contar. - Disse mais Ruan levantou e tirou a camisa.

— O que é isso? Vai me seduzir aqui?

— Não, esse papel é seu. Menina! - Levantei e alisei sua barriga.

— Eu não sei seduzir, lamento. - Ele riu.

— Me deixa de excitado quando diz até o meu nome, o que será isso? - Isso me fez corar as bochechas, ele claro que ria, como sempre.

— Então se eu fizer mais que isso... O que aconteceria? - Eu optei por ser desafiadora. Levantei um pouco minha blusa.

— Não posso acreditar que você, ninfetinha, que você vá me fazer ir além... Você? - Isso me deixou irritada, como assim? Ele acha que eu não sou de nada. Devagar levantei minha blusa e sem pensar no que poderia acontecer, a tirei.

— Então? - Ele mordeu o lábio e sorriu, tocou meus lábios e apertou minha cintura.

— Você quer mesmo que eu te coma na praça? - Perguntou e eu ri.

— Foi para te provar que eu vou além do que você pensa. - Já ia colocar a blusa quando ele a pegou de minhas mãos. - Me dá! Tenho que vesti-la.

— Fica melhor assim, acredite. - Peguei sua jaqueta em cima do banco e coloquei.

— Se alguém passar nós vamos responder na polícia, porque em meio a um temporal, estávamos desnudos.

— Deliciosa. - Ele me puxou pela cintura e iniciou um beijo cheio de vontade.

Ruan:

Não pude me conter, ela abusou de minha capacidade de controle, a beijei com muita vontade, e para ser mais preciso, para não correr o risco de encontrar Derick no meu rancho. A levei para a casa abandonada da costeira, a mesma que a levei da outra vez. Um lugar que para que se chegue leva mais de 30 min. superamos o limite e chegamos em 15 min. Fui a beijando até o colchão, a empurrei e ela caiu sobre ele, fui por cima dela e tirei a minha jaqueta que estava vestida nela. Ela tirou minha camisa e estava cego de vontade. Beijava seu pescoço, sentia seu perfume, ouvia sua respiração aumentar:

— Você é o primeiro. - Falou sussurrando e eu já sabia que sim.

— Se mantém firme? - Perguntei a olhando.

— Tanto quanto você. - A ouvi falar isso e sussurrei em seu ouvido.

— Eu te amo. - Era a primeira vez que eu falava aquilo a alguém. A primeira.

E eu fui o seu primeiro, e quanta honra me dava tê-la para mim pela primeira vez, tomamos um banho na ducha velha que ali havia e Isabelle acabou dormindo, e eu fiquei apenas a observando. Alguns minutos depois fui até a porta dos fundos, que tinha como vista um belo lago extenso e escuro, ainda chuviscava e o céu estava fechado. Eu olhava para o lago, quando ouvi um barulho de carro, como assim? Ninguém sabe que aquele lugar existe. Fui até a porta de entrada e apenas vi o carro dando ré até a estrada e só deu tempo de subir na moto e ir atrás do tal carro, que não sei, se apavorou e começou a correr, então fui atrás. Eu não poderia deixar Isabelle só por muito tempo, então só pude ver que era um cara dentro do carro. Voltei para o velho casarão, quando cheguei pude ver que ela já havia acordado e estava olhando o lago:

— É um dos lugares mais bonitos que já vi. - Afirmei e ela me olhou.

— Sim, é divino. - As bochechas dela ficaram rosadas.

— Você é realmente foda. - Disse afim de fazê-la não ficar envergonhada e ela me abraçou.

— Acho que ficar assim é super normal, né?

— Suponho que seja. - Ela me encarou.

— Posso te pedir uma coisa? - A encarei.

— O que quer pedir? - Ela olhou pros lados e voltou a me encarar.

— Eu quero que um dia, eu e você... Venhamos a morar nessa casa. - Eu reagi com um sorriso - A gente vai acordar e ver uma vista bonita todos os dias, e esse lugar é muito nós dois.

— Com o motoqueiro que te ameaçou de morte? - Fui irônico.

— Tenho uma coisa pra te contar. - Ela ficou séria.

— Conte.

— Ruan, antes que isso fique velho, eu quero te contar que enquanto estava viajando, eu pedi informações... Eu falei com o Peralta pra pedir informações suas. - Como é a história?

Por que você? (EM REVISÃO E EDIÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora